Os candidatos Rosinha (PMDB) e Arnaldo Vianna (PDT) participaram ontem do segundo e último debate realizado no segundo turno das eleições para prefeito de Campos, com posicionamentos distintos.
Rosinha explorou a questão do registro indeferido de Arnaldo pela Justiça Eleitoral e se mostrou voltada a levar vantagem na apresentação de suas propostas. Arnaldo se mostrou, desde o início, disposto a apresentar predicados negativos da concorrente e do seu marido.
O debate foi divido em cinco blocos, e apenas no último não prevaleceu a troca de farpas. No primeiro bloco o sorteio feito pelo moderador César Tralli indicou Rosinha para iniciar a pergunta, com tema livre. A candidata disse que se entristece pela quantidade de crianças nas ruas e perguntou o que Arnaldo pensa e o que faria se fosse prefeito. Arnaldo lembrou que colocou crianças em novas escolas e desenvolveu programas importantes, como o que participava ex-atletas para a iniciação esportiva.
Na réplica, Rosinha lembrou que Arnaldo acabou com programas para a infância, criados na gestão de Garotinho, a exemplo da Guarda Mirim e alfinetou: “O senhor se arrepende de ter acabado com o programa?” Arnaldo respondeu que ampliou os programas e mencionou o programa Meninos do Amanhã. Na tréplica, Rosinha disse que foi criado na gestão de Garotinho, quando prefeito de Campos.
O lançamento de farpas ficaram mais contundentes: Arnaldo perguntou se Rosinha sabia quanto custa uma passagem de Campos para o Rio, para criticar sua gestão no item transportes. Rosinha respondeu que custa em torno de R$ 54. Ao replicar, Vianna destacou que entre Cachoeiro do Itapemirim e Rio custa R$ 56 e que no governo Rosinha o valor do preço por quilômetro era muito elevado. Rosinha devolveu: “Se for comparar quilômetro por quilômetro, quem mora no distrito de Santo Eduardo e trabalha em Campos, desde o seu governo paga muito mais caro pelo quilômetro, e é por isso que vou implantar a passagem a R$ 1,00”.
Sobre corrupção, em pergunta de Arnaldo, Rosinha disse que os culpados serão punidos. “Mas o candidato não deve estar a vontade para falar sobre isso. No seu governo, Alex, o procurador que o senhor trouxe de Minas para Campos, está preso em Bangu. O senhor mentiu nos outros debates dizendo que não é testemunha de defesa dele”.
Sobre o metrô de superfície, Rosinha perguntou se ele sabe quanto custa. Arnaldo respondeu: “Não vai custar nada, será terceirizado”. Ela rebateu: “Ele não sabe quanto custa”. Já pedi levantamento técnico do projeto e custa R$ 34 milhões por quilômetro. Pela distância que ele diz que vai percorrer a cidade, o custo será de R$ 1 bilhão. Se transportar 30 mil passageiros/dia o investidor levará 200 anos para ter lucro. Eu gostaria de saber qual empresário que vai fazer este investimento”.
FONTE- O DIÁRIO.
Um comentário:
Prezado Cláudio Andrade :
Assisti ao debate e na minha modesta opinião ficou muito aquém da expectativa, sendo portanto inferior ao realizado pela Record, no último domingo.
Talvez a produção da Inter TV tenha colaborado para que temas relevantes deixassem de ser enfocados pelos candidatos.
O que foi discutido, por exemplo, sobre saúde - em especial o relacionamento com os parceiros institucionais - meio ambiente e cultura ( com exceção do patrimônio histórico) ?
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