sábado, 23 de abril de 2016

Só não me retire o teu riso

Por José Carlos Cruz
Advogado

 Já dizia Cristovão Buarque que no momento da política brasileira, existem duas línguas no país: PeTês e PSDBês. Dificultoso engolir, mas serve-nos a contrapor a ideia onde só prediz a palavra impeachment e o outro golpe. No entanto, nossa língua é o português, aliás ampla o suficiente pra se restringir a duas gírias dialéticas tão diminutas em si. Nesse esfaqueamento de ideais, uma esquerda que não consegue mais se erguer, reerguer, soerguer, e uma direita eternizada numa crise, reacionária muitas vezes. 

O povo que não tem nada com isso, ora se esmurra na esquerda e direita, debatendo "idéias ou ideais". Nisso a crise se perpetua. No clamor do fervor, se escuta o borbulhar de racismos, nazismos, fascismos, golpismos, ditarismos, tantos outros "ismos" que dever-se-ia esconder no mais profundo arcabouço, mas que se aflora em muitos loucos ou pelo poder ou pela ganância ou pela temor do futuro. A população das ruas exalam a seiva da justiça por dias melhores, mas como uma plantação de vontades, para germinarem necessitam de fertilizantes venenosos, muitas vezes, fazendo crescer transgênicos organismos sociais, que aproveitam momentos como tais, para impor devaneios mil. Entremeio a internet que se ampliou, através de smartphones, sem controle algum à veiculação (respeitando princípio de expressão do artigo 5* CF/88), 

Todavia sem legislação específica capaz de demonstrar que os excessos dever-se-ão ser alijados em vossa raiz. Nosso país necessita urgentemente de uma reforma maior que a simples troca de presidente. Esse talvez seja o primeiro e essencial passo, mas que deverá imediatamente haver uma nova ruptura -eleição, junção, sem os caciques da falsa moral brasileira, ou pelo menos diminuta dos maus feitores nacionais, que estão diluídos entre os múltiplos partidos. No entanto, uma nova conjuntura social arraigada numa educação ética e valorativa moral, capaz de implementar nos brasileiros a ideia de justeza entre nosso povo, faz-se mister. Esse país vive uma crise ética inigualável. 

Do Oiapoque ao Chuí, pra não dizer dos mais humildes econômicos ao alto escalão de poder e dinheiro deverá ser dissuadido desse emblema do jeitinho brasileiro e vontade exacerbada em se dar bem sempre. Declaro no sentido de que os erros menores como gato de energia, é crime tal como se desviar recursos públicos - resguardadas as proporções.

 O país está viciado, não falo do narcotráfico, mas do vício aético, amoral, alucinado, que macula nossa sociedade. Cada um deve se vigiar, se retrair nessa nefasta e difundida ideia. Mas não podemos fechar os olhos para os escândalos de corrupção que deterioram o poder, aparelham o Estado, num peso tão grande que não conseguem sequer deixar Brasilia levantar vôo - simbolizado na simbologia Niemayer. Adoro o relato de Nelson Rodrigues, quando aduz que "só o canalha precisa de uma ideologia que o justifique e o absolva". Não precisamos de ideologias baratas, na denominação filosófica de "pseudoideias", suplicamos por motivação séria. Não queremos migalhas sociais, precisamos de políticas consistentes. Entretanto, precisamos ser éticos nas famílias, no trabalho, na coisa pública, no geral. 

O ditado onde "faça o que mando, não o que faço", já está em desuso, obsoleto. Hoje deve-se haver exemplo nas ações para que os hipócritas existentes na política, deixem de aclamar que somos iguais. Que rufem os canhões da moral e se derramem as lágrimas dos mau feitores, como diz o Salmista em 30:5, "o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã." Que estejamos mergulhados nesse choro lamentoso, mas que o amanhã nos emerja nos mais jocosos risos sinfônicos. Como Pablo Neruda descreve em vossa afeição poética no poema "O teu Riso": Tira-me o pão, se quiseres, tira-me o ar, mas não me tires o teu riso".

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Pré-candidatos a prefeito de Campos se encontrarão no Eucarístico


A Diocese de Campos irá realizar, amanhã (sábado, dia 23 de abril), encontro com pré-candidatos à Prefeitura de Campos. Será um espaço aberto para a apresentação de ideias das propostas e o perfil do próprio pré-candidato.

O encontro acontecerá no Colégio Eucarístico.

Presenças confirmadas.

– Alexandre Tadeu (PRB)

– Arnaldo Viana (PEN)

– Auxiliadora Freitas (PHS)

– Caio Viana (PDT)

– Dr. Edson Batista (PTB)

– Fábio Ribeiro (PR)

– Gil Viana (PSB)

– João Peixoto (PSDC)

– Mauro Silva (PSDB)

– Nildo Cardoso (DEM)

– Rafael Diniz (PPS)

– Rogério Matoso (PPL)

– Lembrando

Horário: 9h

Local: Colégio Eucarístico – Rua Tenente Coronel Cardoso, 595

Intermediador: Edilson Alvarenga – membro da Pastoral da Cidadania e do Conselho Diocesano de Leigos.

Fonte: Folha da Manhã.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Cláudio Andrade entrevista o novo desembargador do TJ/RJ



1- Qual a sensação de receber a notícia de sua escolha? 

FP. Foi gratificante o reconhecimento de uma vida de trabalho. Fui o mais votado na OAB, meu órgão de classe e o mais votado no Tribunal onde eu militei com maior freqüência.
Isso me mostrou que fui aceito pelos meus colegas de profissão e pelos desembargadores que conhecem o meu trabalho.

2-Seu pai já foi desembargador, mas você pela jovialidade terá um tempo maior. O TJ/RJ é considerado um dos mais lentos tribunais como tentar mudar isso?

FP. Não concordo com a afirmativa. O TJ/RJ é um dos tribunais mais rápidos do país. Os recursos em média, são julgados em menos de 100 dias. Pretendo não poupar esforços para diminuir essa excelente média.

3-Como foi a disputa dentro da OAB? Temeu por não ser indicado?

FP. A disputa foi muito boa, bastante difícil. Foi a eleição com maior número de candidatos na história da Ordem, fomos 39 postulantes. Não temi, pois quando me candidatei sabia que havia duas alternativas: ganhar ou perder, como em toda a eleição. O alto nível dos candidatos valorizou a minha vitória.

4-Como você vê o processo de Impeachment? Concorda com a saída de Dilma ou prefere novas eleições?

FP. Para o impedimento excepcional e deve haver crime de responsabilidade. Não conheço o processo para saber se as chamas pedaladas se encaixam nessa exceção. A decisão de afastamento de um chefe de executivo eleito deve ser bastante cuidadosa. Respondo sem levar em conta a minha opinião sobre o governo da atual Presidente, apenas observo o aspecto técnico.

5-Em que pese a sua indiscutível competência, sua escolha se deve ao Quinto Constitucional. Qual a leitura que você faz desse instituto?

Essencial a Justiça. Todo colegiado, penso eu, deve ser formado de forma heterogênea com representatividade de vários seguimentos para que a maioria se forme de maneira democrática. A visão do advogado em qualquer julgamento só o engrandece, emprestando a ele a grande chance de distribuir bem a justiça.

6-A reforma política é uma necessidade. Como colocá-la em prática diante desse caos por que passa o país?

Penso que o problema do país não é arcabouço legal, mas sim a forma como ele é aplicado. Além disso, a solução passa pela questão cultural do brasileiro. Esse assunto daria um tratado, é uma discussão que demandaria uma demorada análise.

7-Sua linha enquanto desembargador será conservadora ou liberal?

Depende do caso concreto, não dá para generalizar na resposta. O novo CPC se norteia pelo desapego ao formalismo exarcebado, mas há a casos que o conservadorismo de prevalecer.

8-Você imaginava ser desembargador tão jovem? Essa jovialidade poderá influenciar em certos julgamentos?

FP. Não. A vida é cheia de surpresas, ainda bem que é assim. Serei o segundo mais jovem dos 180, isso é um grande motivo de orgulho para mim. Tenho a experiência de 16 anos de efetiva militância na advocacia, fui procurador geral de um município do porte de Campos dos Goytacazes, sou auditor do STJD do futebol há quase oito anos e sou Presidente do STJD do basquete há um ano. Essa bagagem certamente me ajudará.

8- Prefere uma Câmara Cível ou Criminal?

FP. Prefiro cível, mas estou pronto para atuar onde o tribunal precisar.

9-Qual a sua opinião sobre a Ficha Limpa e a Lei de Acesso a Informação?

FP. Ambas são essenciais ao bom desenvolvimento de uma sólida democracia. Apenas penso que os excessos devem ser rechaçados

10- Qual a sua leitura acerca da crise estadual que afeta o pagamento dos serventuários?

FP. A crise estadual é reflexo da nacional, mas, como tudo na vida, é passageiro

11-Como ficará a advocacia eleitoral? Sentirá saudades?

FP. Certamente sentirei muita saudade. São quase vinte anos somando o tempo de estágio militando na justiça eleitoral, fui muito feliz enquanto advogado.

12-Os campistas sentirão orgulho de mais um desembargador de nossa terra goitacá?

FP. Espero que sim, me esforçarei para isso.

13-Dizem que os desembargadores oriundos do Quinto Constitucional são vistos com certo desdém. Como pretende enfrentar isso?

FP. Com naturalidade respeitando meus colegas e julgando de acordo com minhas convicções e minha consciência. O resto o tempo se encarrega de resolver.

Deixe uma mensagem para os estudantes de Direito que desejam chegar a patamares similares ao seu.

FP. Estudo, humildade, foco no objetivo e um pouco mais de humildade.

O cantor Prince é encontrado morto na manhã desta quinta-feira


As primeiras notícias da imprensa internacional diziam que um corpo havia sido encontrado em Paisley Park, seu estúdio em Minnesota, nesta manhã.

Poucas horas depois, o “TMZ” afirma que fontes ligadas ao cantor confirmaram que o corpo é mesmo de Prince.

O lendário artista havia sido hospitalizado na última sexta-feira (15) após passar mal dentro de seu jatinho particular. O avião do cantor fez um pouso não programado em Quad City International Airport na madrugada e Prince foi imediatamente levado para o hospital.

O motivo do mal-estar, segundo os representantes do artista, seria uma forte gripe que ele está enfrentando há algumas semanas.

Prince já tinha cancelado dois shows no início de abril mas fez a apresentação de quinta-feira em Atlanta, mesmo não se sentindo bem.

Uol.


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Traíra no grupo de Rosinha libera fitas.


Realmente a política para alguns é sinônimo de oportunismo. Só isso para explicar a reunião ocorrida ontem, no fim da Pelinca entre um íntimo vereador do grupo de Rosinha e um dos expoentes da Oposição.

A conversa começou ríspida, mas foi se tornando amena após algumas intervenções pontuais daquele que promoveu o encontro.

Um dos temas é um acordo para troca de favores. O vereador fornece dados necessários para incinerar a administração de Rosinha e o oposicionista tira do páreo o adversário do edil em determinada localidade.

Os dados requeridos são referentes a licitações de obras públicas, principalmente referentes a um determinado empresário.

Vale dizer que esse oposicionista já possui algumas fitas um pouco antigas, mas que são nitroglicerina pura e que pode, em tempos de inconformismo com a corrupção, ser uma bomba com efeitos desastrosos na planície goytacá.

Lupi desmente marido de Rosinha

Folha da Manhã

terça-feira, 19 de abril de 2016

ALERJ aprova socorro de 15 milhões a programas do Estado



Em reunião na manhã desta terça-feira (19/04), a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou um socorro no valor de R$ 15 milhões para diferentes áreas do estado. O dinheiro sairá do orçamento da Casa, que, desde o início do ano passado, tem cortado despesas no seu custeio, o que representou uma economia de mais de R$ 169 milhões em 2015.O Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), que chegou a paralisar os serviços de coleta de sangue por falta de insumos e medicamentos, vai ganhar um reforço de R$ 2 milhões do caixa da Alerj.

A Fundação da Infância e Adolescência (FIA) e o Programa Rio Sem Homofobia, ambos ligados à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, vão receber, cada um, R$ 2 milhões. No ano passado, essa pasta só teve liberados R$ 2 milhões de um total de R$ 14 milhões previstos no seu orçamento.

A Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje) também receberá R$ 2 milhões para realizar os Jogos Estudantis Estaduais que mobilizam, todos os anos, mais de mil escolas de todos os 92 municípios. Em pleno ano de Olimpíadas, a Seelje corria o risco de não fazer este evento por falta de recursos.

A Mesa também decidiu doar R$ 2 milhões para o Programa de Prevenção à Dependência Química, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Prevenção à Dependência Química (Sepredeq).SegurançaAlém disso, a Alerj vai doar outros R$ 4 milhões à Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), a pedido do GAESP (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública), órgão do Ministério Público Estadual (MP-RJ). 

A verba vai custear a alimentação de alunos e professores do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PMERJ (CFAP), que teve sua carga horária reduzida em 50% devido à redução na alimentação, o que poderia atrasar a formação de novos policiais - efetivo necessário para atuar nos Jogos Olímpicos.

O valor vai ajudar no cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre Governo do Estado e MP, em que o Executivo se comprometeu a melhorar as condições de trabalho dos policiais.Direitos da mulherO Conselho Estadual de Direitos da Mulher (Cedim), ligado à Subsecretaria de Políticas para Mulheres, também receberá da Alerj reforço de R$ 1 milhão. Representantes do órgão relataram que a falta de recursos está levando várias unidades de atendimento na Região Metropolitana a funcionar apenas alguns dias na semana, em sistema de rodízio. 

Apenas a Casa Abrigo, que acolhe mulheres vítimas de maus tratos, continua funcionando, com o apoio da ONG Rio Solidário.O Cedim pediu, ainda, a compra de passagens aéreas para que as 188 delegadas (das quais 120 representantes da sociedade civil) participem, dia 10 de maio, da Conferência Nacional das Mulheres, em Brasília. 

Segundo as representantes do Conselho, as propostas que serão levadas pelo Rio são fruto de meses de trabalho, resultado de conferências municipais realizadas em 53 cidades, envolvendo mais de seis mil mulheres, e de uma conferência estadual.Alimentação e hospedagem são custeadas pelo Governo Federal, mas as passagens são sempre responsabilidade do estado. Mas, por falta de recursos, o estado do Rio corria o risco de ficar sem representação no encontro, que vai elaborar políticas públicas nacionais voltadas para as mulheres.

Estadão

Amantes e sogras ignoradas


Os brasileiros acompanharam no domingo a sessão que autorizou a abertura do processo de Impeachment contra a Presidente da República Dilma Roussef.

Não restam dúvidas de que foi um espetáculo patético, pois a cada voto computado era possível constatar as limitações de nossos representantes. Muita gente ruim com procuração para resolver as mazelas que afligem a União, os estados e municípios.

Centenas de parlamentares viraram chacota nas redes sociais pelos erros de português e pela ojeriza ao ‘S’. Isso mesmo, a letra S sofreu um Impeachment a parte.

Além disso, a sessão se transformou no ‘dia da família’. Quase todos, antes de proferirem seus votos elogiaram pais, mães, esposas e filhos. Somente as amantes e as sogras não foram mencionadas.

Como se não bastasse à parte cômica, os eleitores brasileiros ainda tiveram que aturar o cinismo de alguns parlamentares que sem o menor crédito ético e moral contribuíram para a admissibilidade do processo.

Vale dizer, que os Parlamentares réus em ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) votaram em peso a favor da abertura do processo de impeachment. Segundo o site Congresso em Foco, entre os 48 deputados que respondem a ações penais, 40 votaram a favor do processo que pode resultar na saída da petista da Presidência da República. Apenas oito registraram voto contrário.

Os delitos imputados a essa corja votante varia de crime de responsabilidade – como o atribuído a Dilma – a corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e desvio de verba pública.

Impressionante que ao optarem pelos beijos e menções honrosas aos familiares, os parlamentares se esqueceram de noticiar os motivos pelos quais votaram a favor ou contra o Impeachment de Dilma, em uma clara prova de que poucos sabiam o que estavam fazendo ali.

Alguns momentos foram merecedores de registro. Primeiro, a vaia geral conferida à deputada Clarissa que foi uma das poucas autoridades que resolveu não votar, se diga de passagem, a pedido de seu líder político.

Os brasileiros também tiveram que ‘engolir a seco’ os votos de Paulo Maluf, figurinha fácil na lista de procurados da Inperpol e Eduardo Cunha, cria do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho.

O voto responsável ficou para o deputado e palhaço Tiririca que obedeceu ao tempo acordado e não usou de brincadeiras quando se expressou e disse ‘Sim’. Também tivemos o cantor Sérgio Reis (panela velha é que faz comida boa). Vale registrar também o eterno embate- não tão sério- entre Bolsonaro e Jean Willis.

Agora o processo segue para o Senado e esperamos que os brasileiros possam ser presenteados com tramitações céleres, com contraditório salvaguardado e que até julho, possamos ter uma definição acerca de qual será o destino político de nossa nação.

Enquanto isso cabe aos deputados convencerem as sogras e as amantes acerca dos motivos pelos quais seus nomes não foram citados nesse histórico Domingo.

Aguardemos.

Cláudio Andrade