quinta-feira, 25 de setembro de 2008

AS MOSCAS E A ÁGUIA.

Não restam dúvidas de que nós devíamos nascer para sermos Águia. Possuímos características próprias; morais, éticas e de conduta. Assim nossa formação nos destinou.
Partindo dessa premissa, na maioria das vezes, seguimos nossas vidas pautados no que achamos que seja mais correto para o desenvolvimento de nossa trajetória terrena.
Porém, é claro que a vida não é feita somente de vitórias. Os dissabores são inúmeros, mas o que nos entristece é que a maioria deles são causados pelos próprios seres humanos, travestidos de moscas parasitárias e de cunho retrógado.
Isso tem uma explicação lógica. As características essenciais ao convívio social e laborativo vêm se extinguindo em muitas pessoas, fazendo com que a relações invejosas e sem cunho coletivo façam as moscas proliferarem.
Hoje, dizer que uma pessoa vale pelo que tem é relativo, pois dependendo de com quem se relaciona, às vezes você se torna uma pessoa ‘interessante’ somente se não possuir atributos, qualidades e muito dinamismo.
Os homens-moscas possuem uma grande dificuldade em aceitar o sucesso e o progresso alheios (das Águias), como se isso fosse um afronto a sua dignidade ou a sua própria capacidade parasitária de evoluir.
Um grande exemplo disso é quando nos acontece algo de ruim. Nesse momento, não precisamos esperar muito para que os telefonemas, e-mails e cartas nos cheguem dando pêsames ou um cínico: valeu, você tentou!
Já se você obtém êxito profissional, familiar ou financeiro, as moscas começam a ‘caça às bruxas’ para saber se o acontecido tem alguma relação com o sobrenatural ou com algum apadrinhamento.
Na vida, não há nada mais forte do que o desejo. Os desejos passam pela dedicação, pelo trabalho e amor ao que se faz. Quando nos deparamos com as moscas de plantão, não devemos exterminá-las e sim, dar-lhes o que elas mais odeiam: o simples prazer de viver e laborar.
Essas moscas têm como cotidiano natural a desinformação, a mesquinharia e a desqualificação. Quando alguma Águia alcança um diferencial profissional, surge a clássica pergunta: como ela conseguiu?
Caras moscas, isso ocorre por um simples motivo: enquanto vocês, ínfimos insetos, estavam posando nos bares, nas boites, nas rodas de intrigas e nas tocas, esperando um reconhecimento divino, a Águia estava em seu ninho, tomando conta de suas idéias, de sua cultura e aprimorando a sua laboração.
Artigo de minha autoria publicado no Jornal O Diário (dia 25 de Setembro)
Cláudio Andrade.

2 comentários:

Anônimo disse...

belo artigo........
gostei.

Anônimo disse...

Existem pessoas que nascem para serem eternas moscas e vivem se preocupando em murchar a bola dos outros.
A diferença é que enquanto eles, sempre serão moscas, eis que ao invés de encher suas bolas, elas (as moscas) vem preocupadas em murchar as das águias.
Você sabe bem o que é ser águia envolto por moscas.
Parábéns, não só pela águia que é, mas também pelas moscas que ensinou a ser águias.