Nas últimas semanas assistimos vários exemplos de degradação humana. Diversos anjos, recém chegados ao mundo estão sendo dispensados por suas mães em latas de lixo ou deixados nas calçadas, a própria sorte.
A primeira questão a ser levantada refere-se ao significado cada vez mais ínfimo da gestação. Leva-se até nove meses para conceber um anjo para depois, de forma intencional e maquiavélica, despejá-lo como se aquilo fosse um mero dejeto.
A mente de uma mãe que toma uma decisão desta é passível de uma análise rigorosa, afinal não há motivo que possa justificar um ato insano e covarde dessa estirpe. Os demagogos de plantão começam a apresentar suas teses de doutorado ou mestrado levando a questão para o lado simplista da pobreza.
Ora. Até quando iremos difamar a imagem dos menos favorecidos de nosso país? A ausência do mínimo existencial é um problema gritante que precisa ser equacionado o quanto antes, todavia ser o mesmo, ‘mola propulsora’, para ações covardes de eliminação de crianças vai uma distancia abismal.
Por outro lado, algumas mães utilizam seus filhos como ‘cartões de crédito’. Os mesmos servem como ‘moeda de troca’ para reconciliações, chantagens emocionais, bem como todas as formas passíveis de serem enquadradas no fenômeno da Síndrome de Alienação Parental.
Outra questão que deve ser abordada com nitidez é a atual conjuntura familiar. Desde já quero deixar claro que sou a favor de todas as entidades familiares existentes, sejam elas previstas ou não no tecido constitucional. Entretanto, a ‘fábrica’ de maus exemplos éticos e morais despejados na relação, faz com que uma nova vida que chega, passe a ser um muro instransponível e não uma ponte de ligação entre os pais.
Não podemos mais achar que todas as ações destemperadas de mães pseudo-sofredoras sejam passíveis de um perdão pautado na desigualdade social, na falta de bens essenciais ou mesmo na total ausência de amor ao próximo.
As exceções devem ser protegidas, todavia o macabro modus operandi de jogar fora um anjo indefeso deve ser severamente punido, afinal mais vale um anjo salvo do que uma insana absolvida.
Cláudio Andrade
2 comentários:
Excelente texto, oportuno diante de tantas situações drásticas envolvendo mães desnaturadas e filhos abandonados.Presenciei uma cena que muito me chocou num dos hospitais de nossa cidade.Uma mãe, de aproximadamente 15 anos, com uma criança chorando compulsivamente. Na hora certa foi convidada a entrar no consultório médico. Simplesmente, essa criança chorava de FOME e a mãe se recusava a dar o peito para não "deformar" a mama no futuro. O relacionamento, consequência daquele filho, já havia desaparecido da vida dela há pelo menos 3 meses.E são mil outros casos que existem por aí enquadrados no perfil :"anjos descartáveis", como bem escreveu Dr.Claudio. É o fim do mundo...
A vida humana está virando algo descartável.
Falta de DEUS nas famílias!!!!
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