quinta-feira, 18 de setembro de 2008

CORPOS NO ASFALTO.

Inúmeros os casos de pessoas que perderam as suas vidas nas ruas e avenidas de nosso município. Acidentes de carro, de moto, de bicicleta; sem contar os vários atropelamentos, fazendo as estatísticas de óbito no trânsito de Campos atingirem patamares jamais vistos. Não podemos negar que o fluxo de automóveis em nossas vias aumentou muito. Alguns creditam o maior fluxo à facilidade que o consumidor possui atualmente para adquirir um carro ou uma moto; outros advogam sob a tese de que não há qualquer organização no trânsito de Campos, havendo uma desordem que redunda em muitas lesões e mortes.Pactuo com a última hipótese, pois o município de Campos é o responsável pela administração do trânsito. No entanto, nosso trânsito está caótico. A Guarda Municipal não tem conseguido organizá-lo, fazendo com que muitos acidentes sejam ocasionados pela falta de uma melhor atuação de seus integrantes. Óbvio que eximir alguns motoristas de ‘culpa’ seria injusto com a Guarda Municipal. Mesmo assim, creditar os óbitos diários dos munícipes apenas à imprudência e negligência é elidir um ente federativo de suas responsabilidades. No caso em questão, a proteção à integridade física de seus contribuintes. Fiscalização do trânsito, aplicação de multas e vigília rígida aos transportes clandestinos são algumas ações de competência da Guarda Municipal que deveriam ser intensificadas. Em minha opinião, são muito ‘tímidas’ na atual conjuntura.Os pais também não podem afastar de si a responsabilidade. São detentores do poder familiar e por isso, são também responsáveis pela direção ilegal de seus filhos menores de idade. Alegar desconhecimento ou dizer que muitas atitudes de seus filhos são difíceis de serem controladas é pura balela. Explique isto aos pais que tiveram que reconhecer os corpos de seus filhos mortos e estirados no asfalto!O crescimento desordenado de Campos tem surtido efeitos nefastos no trânsito. Um dos piores é essa indecente estatística de mortes por acidentes automobilísticos. Temos que distribuir essa falta de responsabilidade entre todos os atores desse enredo nefasto. Prefeitura enquanto poder executor; guardas municipais, pais e motoristas. As mortes, quando constatadas, nos envergonham como cidadão e dilaceram o coração dos pais que presenciaram a vida de seus filhos sendo ceifadas por um destino perfeitamente possível de ser evitado.
Artigo de minha autoria publicado no Jornal O Diário no dia 18/09/08.
Cláudio Andrade.

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