Fotos: Folha e DivulgaçãoO PT do Rio de Janeiro decidiu se dissociar do projeto político do PMDB do governador Sérgio Cabral.
Discute-se agora se o desembarque ocorrerá em 2014 ou se deve ser antecipado para a eleição municipal de 2012.
Empurrado por Lula para o colo de Cabral, o petismo fluminense esboça a ruptura num instante em que a popularidade do governador declina.
Para a prefeitura da cidade do Rio, o PT cogita lançar o deputado federal Alessandro Molon, contra o prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição.
Para a corrida ao governo do Estado, o partido de Lula já decidiu empinar o nome do senador petista Lindbergh Farias –apoiado, hoje, por cerca de 80% da legenda.
No exercício de seu segundo mandato, Cabral procura um nome para sucedê-lo. O preferido é seu vice-governador, Luiz Fernando de Souza (PMDB), o Pezão.
Em princípio, o PT não trabalhava com a hipótese de dissociar-se de Cabral em 2012. O partido já havia inclusive selecionado um nome para a vice de Paes.
Seria acomodado na segunda posição da chapa reeleitoral do atual prefeito o vereador petista Adilson Pires.
Súbito, farejou-se um movimento do grupo de Cabral para apear o PT da futura chapa de Paes. Trama-se a escolha de um vice do próprio PMDB.
Por quê? Na leitura do PT, Cabral deseja dispor de uma alternativa para 2014. Se o nome de Pezão não vingar, o governador lançaria Eduardo Paes à sua sucessão.
Supondo-se que Paes obtenha um segundo mandado, teria de renunciar à prefeitura, legando ao vice dois anos de gestão na prefeitura.
Daí a cogitação dos operadores de Cabral de compor para 2012 uma chapa “puro sangue”, sem o PT na posição de vice.
Diante do cheiro de queimado, o petismo reagiu. Manteve sobre a mesa o nome do vereador Adilson Pires, o escolhido para ser vice de Paes. Porém…
…Porém, o PT decidiu levar ao palco, simultaneamente, o projeto da candidatura de Alessandro Molon à prefeitura do Rio.
Com esse gesto, o PT informa a Cabral que não se dispõe a apoiar Eduardo Paes a qualquer custo. Sem a posição de vice, nada feito.
Ao PT interessa reter Paes na prefeitura. Imagina-se que o nome dele chegará a 2014 mais bem posto que o de Pezão, o preferido de Cabral.
Dito de outro modo: na visão do PT, as chances de Lindbergh triunfar na disputa pelo governo do Estado serão maiores se Pezão for o candidato de Cabral.
No cenário esboçado pelo PT, depois do escolhido de Cabral, o principal adversário de Lindbergh em 2014 será o ex-governador Anthony Garotinho (PR).
Dá-se de barato que Garotinho, cujo prestígio eleitoral mistura-se a altas taxas de rejeição, tentará retornar ao Executivo estadual.
Afora o candidato do PMDB e Garotinho, o principal adversário do PT fluminense é Lula. O ex-soberano mantém com Cabral uma relação que extrapola a política.
Imagina-se que, movido pela amizade, Lula tentará novamente impor ao PT do Rio a condição de linha auxiliar do PMDB de Cabral.
O repórter procurou Lindbergh. Perguntou: E se Lula pedir para que desista de sua candidatura? O senador petista respondeu assim:
“Serei candidato a governador. As condições são muito favoráveis para o PT. Uma eventual intervenção do Lula seria uma violência muito grande…”
“…Não haverá de minha parte nenhuma posição de passividade. A retirada de minha candidatura levaria a um cenário de terra arrasada.” As informações são do jornalista Josias de Souza.
4 comentários:
Eu tenho plena consciência de que em uma sociedade organizada, a política tem a sua importância porém, a cada dia aumenta a minha aversão, verdadeira ojeriza aos políticos brasileiros. O senador Lindbergh acabou de ser eleito por um mandato de 8 anos, como é possível já pensar em ser candidato a outro cargo? Anthony Garotinho e família estão constantemente na mídia envolvidos em mil e uma situações mal explicadas. Será que ainda há pessoas que votam neles? Cabral, Eduardo Paes.... Chega! Estou cansado desses políticos profissionais, eles só visam o marketing pessoal e o próprio bolso. Cadê as pessoas honradas de nosso estado? Cadê os homens e mulheres de bem que realmente se preocupam com o nosso povo? Eu anseio ver na política brasileira cidadãos honrados, homens e mulheres que cumpram, com rigor, o mandato eleito, que pensem na cidade e no estado além dos 4 anos. Que gastem menos em propaganda pessoal e invistam pesado na educação, saúde, infraestrutura etc..
Desculpe o desabafo
E AÍ ODISSÉIA, rsrsrsrsrsrsrsrsr
Quais os possíveis desdobramentos para Campos?
PIOR QUE VOTAM. É MTA GENTE MAMANDO. PT UMA VERGONHA CABRAL OUTRA.DUAS DESGRAÇAS JUNTAS OU SEPARADAS DÁ NO MESMO. OS POBRES É QUE SE ...
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