Hoje estava ouvindo um determinado programa de rádio e notei quando o radialista referiu-se a um político da seguinte forma: "ele era honesto, pois morreu pobre".
De forma imediata pensei: desde quando pobreza e honestidade são palavras sinônimas ou significam uma a consequência da outra?
Desde já, não conheço uma alma sequer que gostaria de morrer pobre. Até o próprio conceito de pobreza também é relativo.
No âmbito político brasileiro, morrer pobre é sinal de uma vida pública ilibada. Ao meu sentir, a vinculação é demagógica e dotada de falsidade. Entendo que, na política, só deveríamos lembrar daqueles que exerceram a função conferida por nós com ética, trabalho, honestidade e lisura no trato da coisa pública.
Ocultar patrimônio ou mesmo fingir que é povo pobre para aproximar os desesperados por uma vida mais digna é pura demagogia.
Nossos homens públicos precisam reconhecer que exercer mandatos é bom, abre portas, traz prestígio, imunidades e dinheiro. Qual o problema?
Nossos homens públicos precisam reconhecer que exercer mandatos é bom, abre portas, traz prestígio, imunidades e dinheiro. Qual o problema?
A péssima mania da vitimização exercida pelos políticos é vergonhosa e não engana mais ninguém. Precisamos de homens autênticos, com projetos e que sintam orgulho de sua própria evolução na seara que escolheram como meio de vida.
Quem deseja ser honesto na vida pública não precisa fazer voto de pobreza extrema. Os eleitores gostam de saber que os cargos ocupados, via voto, não significam fardos carregados e, sim, anos de conquistas e felicidades para os nossos representantes.
O falso sofrimento gera uma desconfiança desnecessária que beira ao ridículo em alguns casos. Adquirir casas, automóveis, fazendas dentre outros bens de consumo é um direito que não deve ser ocultado pelos eleitos pelos simples e vil intuíto de angariar mais votos.
Niguém mais acredita nisso.
Cláudio Andrade
6 comentários:
Desde de quando popreza é sinônimo de autenticidade? e riqueza de mau caratismo. Tudo é muito relativo.
Certíssimo, Edimar, quando eu morrer meu caixão sai da Lapa, meu inventário terá 1 casa e 80.000 no banco
é isso aí!
Pois é Cláudio, mas me orgulho de dizer que o meu avô ex-prefeito por duas vezes de São João da Barra, entrou na política rico e saiu dela pobre e sempre foi honesto. A ele é computado o calçamento das primeiras ruas de São João da Barra e a construção da Prefeitura.
Morreu de câncer e pobre e afirmou para mim no seu leito, minha filha nesse mundo não há mais lugar para um politico como eu, hoje a política é feita pelo dinheiro, o idealismo, o romantismo na política, isso não existe mais...
É isso, Jéssica. Também creio nisso.
E parabéns pelo seu vovõ.
Político q morre pobre, na verdade ñ é honesto, é burro mesmo!
Como pode uma pessoa ganhando, por exemplo, 20 mil reais por mês
morrer pobre? Na verdade ele é um péssimo administrador de seus recursos.
Pois eu estou cheio de grana, sou político e quero muito mais ainda! Voto de pobreza é o cacete!!! Quero mais é que o povo expluda!!!
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