A Justiça de São Paulo proibiu a publicação do livro A condenação do casal Nardoni — erros e contradições periciais escrito pelo médico e perito George Sanguinetti. Na obra, o polêmico perito afirma que a menina Isabella não foi assassinada pelo pai e pela madrasta, como decidiu o Tribunal do Júri, mas por um pedófilo.
O juiz Enéas Costa Garcia, da 5ª Vara Cível de São Paulo, atendeu o pedido da mãe da menina, Ana Carolina de Oliveira, e determinou a busca e apreensão dos exemplares que, eventualmente, estiverem editados ou em circulação e previu multa de R$ 100 mil no caso de descumprimento da decisão.
No livro A condenação do casal Nardoni — erros e contradições periciais, o médico George Sanguinetti afirma que para se livrar de uma condenação e ainda omitir o crime de pedofilia, uma terceira pessoa teria jogado Isabella da janela. Ele diz também que as unhas de Isabella, Alexandre Nardoni, Anna Carolina Jatobá e de funcionários do prédio não passaram por raspagem. Exame que, segundo o médico, poderia indicar se houve ou não luta momentos antes da queda da garota.
O perito diz que o exame não foi feito porque desde o início das investigações a polícia já considerava o casal culpado pela morte da menina, descartando a possibilidade de uma terceira pessoa no crime.
Sanguinetti constatou pessoalmente que os muros do condomínio onde o edifício está localizado eram baixos e de fácil acesso. Na época, havia apenas um prédio em construção e um terreno baldio nos arredores. O médico lembra em seu livro que o policial responsável por uma busca por suspeitos na noite do crime, suicidou-se dias depois, acusado de pedofilia.
O livro diz que a esganadura apontada na necropsia não existiu. Isso porque o exame externo do corpo não apontou nenhuma lesão, escoriação ou arranhão produzido por unhas na região do pescoço. Já o exame interno, também não indica a fratura de cartilagens. O laudo aponta que houve asfixia, entretanto, para o médico, não foi por esganadura. Para Sanguinetti, ela foi produzida por uma embolia pulmonar decorrente de fragmentos ósseos.
Outro ponto rebatido pelo médico é o ferimento na cabeça da garota. Segundo ele, o sangue que escorreu do ferimento, deslizou da esquerda para a direita, o que já anularia a tese de que ele foi produzido por uma chave, dentro do carro do casal. O líquido ia escorrer para baixo, em obediência lei da gravidade, explica.
Os ferimentos na boca da menina teriam sido resultado do atendimento de primeiros socorros, o que traumatiza lábios e traqueia.
As fraturas no punho e na bacia indicadas na necropsia seriam decorrentes da queda do 6ª andar. Diferentemente do que alegou a acusação, de que a garota teria sido jogada no chão pelo pai ao entrar em casa.
O assunto mais polêmico abordado pelo médico é quando ele explica os ferimentos genitais na menina. Segundo ele, os peritos afirmam, em laudo, que os machucados foram causados também na queda na menina no assoalho de casa, porém, assinam que não havia particularidades na região.
Fonte: Conjur
3 comentários:
Que barbaridade uma pessoa se prestar para defender um casal que sob qualquer ângulo de entendimento está visível a responsabilidade sobre a autoria do crime. Perfeita a intervenção da Justiça paulista. Esse médico, podem acreditar, terá sua carreira atrapalhada , uma vez que se expos a ponto de inocentar assassinos dos mais perigosos. O caso é perfeitamente entendido quando a relação entre os dois acaba virando dependência exclusiva da imagem de uma outra relação que foi passada mas, que deixou consequência afetiva inapagável. Um filho de um casamento anterior é sempre um OBSTÁCULO para o próximo relacionamento.
médicos, advogados, promotores, desmbargadores.......... todod levam $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
Ué... para mim o nome disso era censura, mas como é pecado mortal estranhar os procedimentos adotados no caso em questão, talvez seja melhor emudecer.
É mais fácil dizer que "um filho de um casamento anterior é sempre um OBSTÁCULO para o próximo relacionamento", mas sendo tal afirmação por demais superficial: às vezes é exatamente a observação da dedicação do novo (a) companheiro (a) ao filho do casamento anterior que ajuda no novo relacionamento.
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