terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

DEM e PR juntos no Estado do Rio de Janeiro: 'o diabo mora nos detalhes'.



O deputado federal Anthony Garotinho e o ex-prefeito da cidade do Rio de Janeiro César Maia alinhavaram um acordo político partidário visando inicialmente às eleições municipais em todo o estado. Em alguns municípios o PR vai como cabeça de chapa e em outros o DEM. 

Todavia, existe um ditado que diz:” o diabo mora nos detalhes”. Ontem durante a cerimônia de alinhamento entre os dois partidos, existia na platéia um grupo de manifestantes que entoavam o seguinte canto: “diárias nunca mais” que era uma referência a questões inerentes aos taxistas. 

Todos nós sabemos que em reunião consensual entre partidos, ninguém em sã consciência deixa um grupo contrário aos líderes presentes exercer manifestação que possa causar desconforto a quem quer que seja. Trata-se de um evento apenas de chancela, tanto é verdade que diversos colaboradores patrocinam caravanas de partidários para irem aos eventos para fazer número e aplaudirem seus ‘líderes’. 

Pois bem: quando o deputado federal Rodrigo Maia foi discursar, foi vaiado conforme relatos de jornalistas do jornal O Globo por este grupo denominado “diárias nunca mais”, ao passo que no momento em que Clarissa Garotinho, deputada estadual do PR se pronunciou nada ocorreu, inclusive, segundo fontes ela cumprimentou os opositores de Rodrigo Maia. 

O parlamentar Rodrigo já assumiu de forma pública a sua pré candidatura a prefeitura carioca como cabeça de chapa, contudo a filha do casal Garotinho, a parlamentar Clarissa não fechou questão acerca de sua pré candidatura a vice. Adivinhem os motivos? 

Na minha humilde opinião, o nobre Garotinho aposta no desgaste do nome de Rodrigo Maia antes da convenção e não fará força para que isso não ocorra. Isso se efetivando ele adquire motivos para tentar inverter o pólo na chapa, colocando Clarissa como cabeça e Rodrigo como vice. 

Garotinho pensa com isso, na minha opinião, em duas coisas. A primeira delas é ter a filha como prefeita do Rio no ano das olimpíadas de 2014 que, por óbvio estaria conferindo a ele mesmo um palanque fenomenal para quem deseja disputar o governo do estado, holofotes esses que os maias não lhe darão de forma alguma sendo controladores da chefia do executivo municipal. 

O segundo motivo é ter a Prefeitura do Rio nas mãos em uma eventual disputa com o candidato de Sérgio Cabral ao governo estadual, pois teria uma máquina administrativa neutralizada e nas mãos de sua filha. Um obstáculo considerável a menos e devidamente anulado. 

Por fim, acreditar que Garotinho se contentou com essa chapa para a prefeitura do Rio é ser inocente demais. Isso o ex-governador não é.

Um comentário:

Anônimo disse...

Estamos Juntos Cabral.