quarta-feira, 7 de julho de 2010

CASO BRUNO: O RELATO DOS FATOS

O goleiro Bruno Souza, do Flamengo, pode ser preso a qualquer momento. Nesta terça-feira, o coordenador da 1ª Central de Inquéritos, promotor Homero das Neves Freitas Filho, pediu à Justiça a decretação da prisão temporária do jogador e de seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. O pedido está sendo analisado pelo juiz de plantão do Fórum da capital.

Nesta terça-feira, o menor X., de 17 anos, primo de Bruno, confessou à Divisão de Homicídios do Rio, num depoimento que durou mais de oito horas, ter sequestrado, em companhia de mais duas pessoas — entre elas, Macarrão — a modelo Eliza Samudio. Durante uma discussão, ele teria agredido Eliza com duas coronhadas. Mãe de uma criança de 4 meses, que seria filha do goleiro, Eliza, segundo depoimento do menor, foi levada para um cativeiro em Minas Gerais e, depois, morta.

O adolescente contou à polícia que levou Eliza à força de um hotel na Barra para Minas. Para isso, ele teria contado com a ajuda de Macarrão, amigo do goleiro, e de uma terceira pessoa, identificada apenas como Sérgio. Este último estava dirigindo o Ranger Rover de propriedade de Bruno, enquanto X. permanecia escondido, com uma pistola, no banco traseiro do carro.

O jovem contou que, como Eliza tentou resistir, levou duas coronhadas. Ela foi levada para o sítio de Bruno, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O local teria servido de cativeiro da modelo.

‘Resolvam isso aí’

O menor contou ainda que o filho de Eliza estava no carro quando a mãe levou as coronhadas. Segundo o depoimento do menor, Bruno viu Eliza no sítio e teria dito a ele e a Macarrão a seguinte frase:

— Vocês resolvam isso aí.

A denúncia da participação do menor no crime surgiu da entrevista de um homem, morador de São Gonçalo, dada à Rádio Tupi. Ele revelou à radio carioca detalhes sobre o desaparecimento da ex-namorada do goleiro Bruno.

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