quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

SOMOS TODOS PASSÍVEIS DE ERROS.

"... sobram advogados sem condições de participarem de uma audiência ou incapazes de redigir uma petição, quanto mais de disputar um concurso público para a magistratura" A infeliz frase acima transcrita é do colunista Rogério Gentile, da Folha de São Paulo, ao analisar a dificuldade na aprovação nos concursos para a magistratura estadual carioca e para a paulista.

Bem, sou advogado militante e professor universitário há sete anos. Ministro aulas em uma tradicional universidade de nossa cidade, compromissada em formar profissionais para o exercício da profissão de advogado.

Caso os alunos, no transcorrer do curso ou ao final dele, optem pelo concurso público, devemos respeitar. Estarão utilizando, ao meu sentir, o curso de Direito para outra finalidade.

A profissão de advogado é a mais importante do cenário nacional. Profissionais pouco preparados existem em todas as áreas, inclusive na magistratura. O fato de os candidatos à magistratura realizarem uma prova difícil -de até cinco fases- não os colocam em um patamar mais elevado em detrimento aos advogados.

Os ilustres causídicos, além de cursarem o mesmo tempo de faculdade dos magistrados -mínimo de cinco anos- têm por obrigação uma atualização constante. São os advogados que estão na ponta do conflito. Eles recebem os reclames populares e os convertem em Direito, quando isso é pertinente e legal.

Devemos de uma vez por todas entender que as profissões de advogado e de magistrado são nobres, mas cumprem papéis díspares no cenário jurídico. O advogado faz a delicada 'ponte' que liga o Direito postulado à resposta estatal.

As faculdades de Direito têm a responsabilidade de apresentar ao cenário social homens e mulheres com o propósito de defender e de lutar pelos direitos da sociedade; propósito esse chancelado por meio da aprovação no Exame da OAB.

Ser um magistrado é algo louvável. Entretanto, não há que se cogitar que o despreparo técnico de alguns operadores do Direito seja exclusividade do advogado. Não o é!

Advogados, Juízes, Promotores, Defensores e todos os serventuários que compõem a máquina judiciária são passíveis de erros e quanto a isso não restam dúvidas. Lembrem-se: qualificação para todos e respeito também! Afinal, somos todos passíveis de erros!

Cláudio Andrade.

Artigo de minha autoria publicado no Jornal O Diário de hoje dia 22/01/09.

Um comentário:

Anônimo disse...

ISSO AÍ CLÁUDIO!
OS MAGISTRADOS SE ACHAM
E PENASAM Q SABEM MTO
MAS NÃO É BEM ASSIM
TEM ADVOGADOS MAIS PREPARADOS E Q DÃO AULAS MELHORES QUE OS PROMOTORES, DEFENSORES..
VC ESTÁ CORRETÍSSIMO
É GRATIFICANTE SABER O QTO VC DEFENDE NOSSA CLASSE DE ADVOGADOS
QUER SABER?
É POR ISSO Q VOTO EM VC P PRESIDENCIA DA OAB