“Estou embarcado na plataforma da Bacia de Campos P-53 (a mais nova por aqui)... O problema é o seguinte: As escalas de trabalho aqui são de 14 x 21 dias e 14 x 14 dias. Só que já tem gente aqui que completou seus 14 dias em desde o dia 13/01, isto é, já estão 20 dias confinados nessa plataforma... Desde o dia 13/01 baixou uma norma que os pousos aqui na P-53 não poderiam ser com vento acima de 20 nós, vento super normal aqui na bacia de campos, 80% do tempo o vento fica acima desta velocidade... Enquanto isso ninguém nos fala nada, simplesmente ficamos aqui, todos com saudades de casa, trabalhando com nível de estresse altíssimo... Desde o dia 13/01 que não tem vôo para cá, tem pessoas aqui que completaram 14 dias no dia 13, 14, 15, 16, 17 e hoje (18) que para variar tem a previsão de 40 nós (o limite é de 20) então mais um dia que ficaremos em cárcere privado.
Vou explicar: Tenho 15 anos de Bacia de Campos e nunca fiquei tanto tempo embarcado... É bom que fique claro que esse limite de 20 nós é da P-53, em todas as outras plataformas o limite é de 40 nós, que é bem raro chegar a essa velocidade. Nos meus 15 anos de Bacia, tive apenas um vôo cancelado por conta de vento forte.
Agora a explicação: Por que a P-53 teve esse limite de 20 nós imposto pela Marinha? No projeto original do navio, o heliponto deveria ficar acima das acomodações da plataforma (como é em todas as plataformas da face da Terra), mas aqui a diretoria de Exploração e Produção (o chamado E&P da Petrobrás), para economizar, bancou que o heliponto ficasse bem mais abaixo das acomodações. Desde quando a P-53 chegou aqui na Bacia várias situações de risco aconteceram com pousos e decolagens de helicópteros, isso por que o módulo das acomodações faz uma cortina que impede que o vento chegue com a mesma intensidade ao heliponto... O que acontece? Quando o helicóptero está descendo para pousar, ele vem suportado por uma certa massa de ar, quando está bem próximo do heliponto e por sua vez, atrás das acomodações, a pressão da massa de ar fica mais baixa o que gera instabilidade nos pousos e decolagens...
Certa vez uma aeronave chegou bem perto da água,devido a tal fato houve uma reunião no dia 12/01 que culminou com a interdição do heliponto para ventos acima de 20 nós... E a gente? Como vamos fazer? desde a interdição não desceu mais ninguém pois o vento nao deu régua... Está previsto para a próxima terça,
apenas quando completaremos 20 dias a bordo, uma trégua do vento...
Não temos culpa de o Lula ter feito A PRIMEIRA PLTAFORMA BRASILEIRA e deu no que deu... Essa barbeiragem da engenharia da Petrobrás! Sabe o que é pior, para se fazer esse serviço aqui, demorará até 2 anos... Sabe por quê? O navio está produzindo e o GOVERNO LULA É RECORDISTA NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO e daqui a alguns dias ele vai anunciar O PRIMEIRO GÁS DA P-53. Lindo isso né? E os trabalhadores daqui que não vêem suas famílias e se pelo menos soubessem que exatamente tal dia iriam ver seria menos pior... Mas nem isso se sabe, quando o vento der trégua na Terça terão 167 pessoas aproximadamente para subir e 189 para descer... impossível!
Se vocês não acreditarem em mim, podem pesquisar ligando para cá: (22) 27925357. O gerente da plataforma que está embarcado é o sr. Belém. Estamos desesperados! Queremos que a P-53 pare de produzir e volte ao estaleiro para fazer essa obra de levantamento do heliponto (como mandava o projeto original)...”
Fonte- Blog do Roberto Moraes.
Vou explicar: Tenho 15 anos de Bacia de Campos e nunca fiquei tanto tempo embarcado... É bom que fique claro que esse limite de 20 nós é da P-53, em todas as outras plataformas o limite é de 40 nós, que é bem raro chegar a essa velocidade. Nos meus 15 anos de Bacia, tive apenas um vôo cancelado por conta de vento forte.
Agora a explicação: Por que a P-53 teve esse limite de 20 nós imposto pela Marinha? No projeto original do navio, o heliponto deveria ficar acima das acomodações da plataforma (como é em todas as plataformas da face da Terra), mas aqui a diretoria de Exploração e Produção (o chamado E&P da Petrobrás), para economizar, bancou que o heliponto ficasse bem mais abaixo das acomodações. Desde quando a P-53 chegou aqui na Bacia várias situações de risco aconteceram com pousos e decolagens de helicópteros, isso por que o módulo das acomodações faz uma cortina que impede que o vento chegue com a mesma intensidade ao heliponto... O que acontece? Quando o helicóptero está descendo para pousar, ele vem suportado por uma certa massa de ar, quando está bem próximo do heliponto e por sua vez, atrás das acomodações, a pressão da massa de ar fica mais baixa o que gera instabilidade nos pousos e decolagens...
Certa vez uma aeronave chegou bem perto da água,devido a tal fato houve uma reunião no dia 12/01 que culminou com a interdição do heliponto para ventos acima de 20 nós... E a gente? Como vamos fazer? desde a interdição não desceu mais ninguém pois o vento nao deu régua... Está previsto para a próxima terça,
apenas quando completaremos 20 dias a bordo, uma trégua do vento...
Não temos culpa de o Lula ter feito A PRIMEIRA PLTAFORMA BRASILEIRA e deu no que deu... Essa barbeiragem da engenharia da Petrobrás! Sabe o que é pior, para se fazer esse serviço aqui, demorará até 2 anos... Sabe por quê? O navio está produzindo e o GOVERNO LULA É RECORDISTA NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO e daqui a alguns dias ele vai anunciar O PRIMEIRO GÁS DA P-53. Lindo isso né? E os trabalhadores daqui que não vêem suas famílias e se pelo menos soubessem que exatamente tal dia iriam ver seria menos pior... Mas nem isso se sabe, quando o vento der trégua na Terça terão 167 pessoas aproximadamente para subir e 189 para descer... impossível!
Se vocês não acreditarem em mim, podem pesquisar ligando para cá: (22) 27925357. O gerente da plataforma que está embarcado é o sr. Belém. Estamos desesperados! Queremos que a P-53 pare de produzir e volte ao estaleiro para fazer essa obra de levantamento do heliponto (como mandava o projeto original)...”
Fonte- Blog do Roberto Moraes.
Um comentário:
Esta situação é gravíssima e merece ser encaminhada ao Ministério Público do Trabalho. Segue o endereço eletrônico do MPT para denúncias.
www.pgt.mpt.gov.br/pgtgc/publicacao/engine.wsp
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