segunda-feira, 18 de agosto de 2008

MORTE NÃO DIVULGADA: UBIRATAN ÍNDIO BRASILEIRO.

Ubiratan Índio Brasileiro marcou época na política-partidária no município de Campos, onde foi vereador e um dos fiéis escudeiros do saudoso deputado federal, Alair Ferreira. Ele acaba de falecer e o fato passa praticamente em branco. Sua missa de sétimo dia aconteceu neste domingo, às 19h, na Catedral.

FONTE: JORNAL O DIÁRIO.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quero crer que "saudoso Alair Ferreira" seja apenas uma repetição do que escreveu alguém de O Diário e não sua opinião pessoal. Alair foi um câncer na vida pública de Campos. Conseguiu amalgamar sua vida de empresário com sua vida política. Com isso, parte da população não distingüia uma ação empresarial de uma ação política. E ele sabia aproveitar-se da situação. Tanto que muita gente acredita que ele, como deputado, fez muita coisa por Campos. Sabemos que deputado faz leis, usa a tribuna nacional para a defesa de alguma coisa, de sua região. Isso Alair nunca fez. Dizia, inclusive, que palavrório não levava a nada. Por isso, usava, na sua opinião sabiamente, a conversa de pé de ouvido com quem tinha o poder. Como empresário, fez obras no Brasil inteiro. Em Campos, fez o cais, jogou pedras no Paraíba, ali próximo à foz, jogou pedras no mar, na Barra do Furado. Ganhou muito dinheiro, ficou milionário como empreiteiro. Como sua empresa fazia a obra (ele sempre foi defensor dos militares), propagandeava dizendo que estava fazendo. Como era deputado, como eu disse acima, as pessoas achavam que era o deputado que estava fazendo. José Maurício Linhares e Walter Silva, por exemplo, não faziam nada por Campos. Acabou o regime militar, o dinheiro de Alair foi minguando. Seu prestígio também, porque já não tinha como vender seus "projetos". A sua empresa em Campos, a Cobráulica, faliu. A sua pedreira, quase. Sua TV e suas rádios perderam dinheiro e crédito. Tudo foi ruindo, mofando. Aí ele quase perdeu a eleição e morreu logo depois. Era "amigo dos amigos", pois, como Arnaldo hoje, ajudava um aqui, outro ali e acabava agradando a todos que gozavam de sua intimidade. Acabou o poder, acabou o dinheiro. E acabaram-se os votos e prestígio. Hoje, querem (seus favorecidos do passado) prestar homenagens a Alair Ferreira e ninguém fala nada porque o sujeito está morto. Mas isso é menosprezar a memória histórica. É tratar um sujeito como Alair melhor do que tratamos Adão Pereira Nunes, José Alves de Azevedo, Walter Silva. Uma mentira que está virando verdade. Meu amigo (e amigo de Alair) Celso Cordeiro, está escrevendo sobre Alair, mas duvido que diga quem realmente Alair foi. Portanto, meu caro Cláudio, "saudoso" é só para quem confundiu Alair político, homem público, com o empresário, empreiteiro. Daqui a pouco alguém vai propor o nome de Ari "Mãozinha" para o Liceu de Humanidades. Chegaram até a propor o nome de Alair para a Universidade!

Avelino Ferreira