domingo, 20 de março de 2011

SEGURANÇA, OURO NEGRO E ONU



Os Brasileiros acompanharam com atenção a visita do Presidente Bacak Obama ao Brasil. Trata-se por si só, de um mega evento, afinal, o havaiano é o mais importante chefe de Estado do planeta.

Deixando de lado o efeito cinematográfico da estada de Obama em nosso território, não podemos deixar de focar nos interesses comerciais privados e governamentais do país do Tio Sam.

A vinda do atual residente da Casa Branca ao país possui duas grandes metas. A Primeira está diretamente ligada a dois grandes eventos que irão ocorrer no país. Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016.

Os empresários americanos da área de infra-estrutura, energia e segurança tiveram a oportunidade de fechar vários acordos nessas respectivas áreas, garantindo assim, uma exportação para o Brasil significativa na área de logística para grandes eventos. No que tange a contrapartida, promessas duvidosas.

O governo americano, dentre os inúmeros acordos bilaterais de interesse, deu atenção especial ao Petróleo do Brasil, principalmente aquele oriundo da camada do pré-sal e a energia renovável.

 Obama e sua administração sabem muito bem que uma relação comercial petrolífera com o Brasil é de suma importância, pois abre um caminho alternativo às transações com os produtores do Oriente Médio.

O Presidente sabe muito bem que aqui, não há instabilidade política, guerra civil ou governos ditadores que possam inviabilizar o cumprimento responsável de contratos bilaterais.

Insta salientar, que os dez acordos assinados entre as duas Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno precisam ser apreciados pela Comissão de Relações Exteriores e votados na Câmara dos Deputados Federais e no Senado para terem validade.

Por outro lado, a Presidente Dilma deixou claro o interesse do Brasil em tornar-se membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Entretanto, o máximo que a nossa chefe obteve do líder do norte-americano foi uma manifestação de apreço pela idéia.

O gesto esperado pelo lado brasileiro era uma indicação pública de apoio, da mesma forma feita por Obama na Índia, em discurso realizado ano passado na cidade de Nova Déli.

Ao meu sentir, a visita do primeiro negro a ocupar a Presidência dos Estados Unidos foi muito mais proveitosa para eles do que para nós. Um sentimento de vácuo, onde a satisfação nas negociações, diante de minha leitura, foi desigual.

Cláudio Andrade.

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