quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

OS DIÁLOGOS COMEÇARAM.

Meu filho mais velho vai completar quatro anos de idade. O tempo passa rápido. Com o seu crescimento, algumas coisas vão se perdendo no dia-a-dia e outras vão tendo o seu marco inicial. Um processo natural da vida.

Em relação ao meu querido Vítor, os diálogos começaram. Os gestos involuntários, aos poucos, são substituídos por perguntas e mais perguntas. Por que isso? Onde? Quando?

A variedade de questionamentos me impressiona. São assuntos desencontrados que, na maioria das vezes, me pega de surpresa. Vítor oscila entre a pergunta madura e a infantil. É capaz de perguntar sobre o mouse do computador e um minuto depois, pedir a chupeta. Nós, os pais, no meio desse interrogatório, digno dos melhores agentes da Polícia Federal, ficamos completamente atônitos.

Os pais (pelo menos eu sou assim), nunca esperamos nada grandioso. Achamos sempre que as crianças continuarão no reino do faz-de-conta. Ledo engano! Eles já fizeram a passagem para outros mundos do cotidiano; enquanto nós, ainda estamos na fase embrionária.

Paramos no tempo, pois enquanto as perguntas ‘chovem’, continuamos a folhear o álbum das fotos do nascimento e do batizado. Por falar nisto, alguém já assistiu ao vídeo do nascimento do filho mais de uma vez?

Vítor cresce e com ele, também a minha responsabilidade. Seu andar, seu vestir, seus gestos, tudo vem acompanhado de uma assustadora progressão física e psicológica. O menino está crescendo.

Dias desses, fui ao seu quarto, durante a ronda noturna e parei por uns instantes para constatar como ele desenvolveu. Acreditem! Ele já teve cinqüenta e um centímetros!

A cena é impressionante e a sua evolução contínua estará sempre ligada a minha estabilidade emocional. Ele deve ter um norte a seguir e, enquanto não puder fazer escolhas, é no meu ‘leme’ que ele se sentirá seguro.

Filho nunca cresce para os pais. Frase famosa, não? Frase extremamente equivocada na minha concepção. Crescem e muito! O problema é que, às vezes, acreditamos, por puro comodismo, que nossos filhos vão retardar as suas evoluções enquanto decidimos se iremos ou não acompanhá-los.

Artigo de minha autoria publicado no Jornal O Diário desta Quinta-feira.

Cláudio Andrade

Um comentário:

Gabi disse...

ESSA FRASE DE QUE OS FILHOS NUNCA CRESCEM PARA OS PAIS É VERDADE SÓ COMEÇAMOS A ACREDITAR DEPOIS QUE SOMO PAIS E POR MUITAS VEZES RECLAMO DISSO, E SEMPRE OUÇO DA MINHA RAZÃO DE VIVER MINHA MÃE QUE EU SÓ SABEREI DISSO QUANDO EU FOR MÃE.
PARABÉNS CLAUDINHO NÓS QUE SOMOS AMIGOS PARTICULAR SABEMOS O GRANDE PAI QUE VOCÊ É.

BJU GRANDE DA AMIGA GABY BAIÃO.