sábado, 13 de dezembro de 2008

SE VOCÊ USA DROGAS É MELHOR LER ISSO.

EM MEMORIA DE PATRICIA



'Nada no mundo é bonito e nem feio, somos nós que
vestimos de beleza as coisas que julgamos belas..'
Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento
quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dane minha
amiga escrever esta carta que será endereçada aos jovens
de todo o Brasil, antes que seja tarde demais.
Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente família de
classe média alta Florianópolis. Meu pai é Engenheiro
Eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre para mim
e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem de
melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.

Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e
manequim para a Agência Kasting e fui até o final do
concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da
Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência
Elite em São Paulo. Sempre me destaquei pela minha beleza
física, chamava a atenção por onde passava.
Estudava no melhor colégio de 'Floripa', Coração de Jesus.
Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés. Nos finais
de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com
minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer
às pessoas saradas, física e mentalmente. Porém, como a
vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a
mudar em outubro de 1994.
Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau. Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal,
fizemos um esquenta no 'Bude', famoso barzinho na
Rua XV.
À noite fomos ao 'PROEB' e no 'Pavilhão Galego' tinha um show maneiro da Banda
Cavalinho Branco. Aquela movimentação de gente era trimaneira''. Eu já tinha experimentado algumas
bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas
nunca tinha ficado bêbada.
Na quinta feira, primeiro dia e OKTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP. Que sensação
legal curti a noite inteira 'doidona', beijei uns 10
carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa
mamadeira misturado com guaraná para enganar os
'meganha', porque menor não podia beber; mas a
gente bebeu a noite inteira e os otários' não
percebiam.
Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto
Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros.

Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando
fui ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o
meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela
dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão
pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de SP, que
alugaram um ap' no mesmo prédio. Nem imaginava que
naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro
assassino. Bebi um pouco no sábado, a festa não estava
legal, mas lá pelas 5:30 h da manhã fomos ao 'ap'
dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e
fui apresentada ao famoso baseado 'Cigarro de
Maconha', que me ofereceram.
No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina careta', mexeram com
nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma
sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte
antes de ir embora experimentei novamente.
O garoto mais velho da turma o 'Marcos', fazia carreirinho e
cheirava um pó branco que descobri ser cocaína.

Ofereceram-me, mas não tive coragem "naquele dia".
Retornamos a 'Floripa' mas percebi que alguma coisa tinha
mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas
experiências, e não demorou muito para eu novamente
deparar-me com meu assassino 'DRUGS'
.
Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me
envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já
era uma dependente química, a partir do momento que a droga
começou a fazer parte do meu cotidiano.
Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo,
experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria. Eu
e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o
efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não
compartilhávamos a seringa e sim, o sangue que cada um
cedia para diluir o pó.
No início a minha mesada cobria os
meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o
preço era acessível. Comecei a comprar a 'branca'
a R$ 7,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir
somente a R$ 15,00 a boa, e eu precisava no minimo 5 doses
diárias. Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com
meus 'novos amigos'..
Às vezes a gente conseguia o 'extasy', dançávamos nos 'Points' a noite
inteira e depois... farra!
O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava
e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida...

Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou
trocar por drogas... Aos poucos o dinheiro foi faltando e
para conseguir grana fazia programas com uns velhos que
pagavam bem. Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era
necessário para conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha
família foi se desestruturando. Fui internada diversas
vezes em Clínicas de Recuperação.
Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar reverter o quadro.
Quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas logo
estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons
amigos e família..
Em dezembro de 1997 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus
da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações
sexuais muitas vezes sem camisinha. Devo ter passado o
vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais
para transar sem camisinha.
Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família,amigos,pais,
religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo. Meu
pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de
amá-los. Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e
eu a joguei pelo ralo.
Estou internada, com 24 kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me
ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do
coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem
maluca...
Você com certeza vai se arrepender assim como eu,mas percebo que é tarde demais pra mim.
OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de
Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de
Patrícia, veio a comunicar que Patrícia veio a falecer 14
horas mais tarde depois que escreveram essa carta, de parada
cardíaca respiratória em conseqüência da AIDS..
Por favor, repassem esta carta. Este era o último desejo de
Patrícia.
POR FAVOR AMIGOS, PEÇO-LHES ENCARECIDAMENTE QUE
ENVIEM ESSA CARTA A TODOS... SE ELA CHEGOU A SUA MÃO NÃO
É POR ACASO! SIGNIFICA QUE VOCÊ FOI ESCOLHIDO PARA AJUDAR
ALGUÉM!!!!

E-MAIL.

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