Secretário de Rosinha omite informações sobre pacto feito com o Governo do Estado

O texto abaixo reflete bem a que ponto a saúde é negociada. Quantas pesssoas nesse momento se encontram nos corredores dos hospitais aguardando um leito? Quantos contribuintes esperam  junto aos seus familiares uma vaga para serem atendidos com o mínimo de dignidade possível? 

A postagem da jornalista Jane Nunes nos faz refletir o que realmente desejamos para a nossa sociedade. Será que seremos obrigados a sucumbir aos interesses político-partidários em detrimento a um tratamento humano básico para a sobrevivência daqueles que utilizam diariamente o serviço público de saúde?

Atas e deliberações

"O secretário de Saúde do governo Rosinha, Paulo Hirano postou em seu Blog(aqui) que não procedem as informações divulgadas de que o Governo do Estado implantaria, ainda este mês, 10 leitos no HFM e oito no HGG, porém ressaltou que: “ será de grande valia se o Estado ou o Ministério da Saúde nos ajudarem com aparelhos, mas a Prefeitura está investindo recursos próprios, como os royalties, para bancar esses leitos, que fazem parte do projeto de governo da prefeita Rosinha”.

O secretário, no entanto não informou que desde o mês de novembro do ano passado, ele participou de uma reunião da Comissão Intergestora Bipartite, da qual é membro efetivo e que tal “ajuda” foi pactuada desde que cumprida certas exigências Confira( aqui)(aqui) e( aqui )

Então por que não procede? Teria a Prefeitura deixado de cumprir alguma dessas exigências? O Conselho Municipal de Saúde e o Governo do Estado foram informado de que o município não dispõe ainda de espaço físico para abrigar os equipamentos? Não temos nós cidadãos campistas o direito de ser informados sobre essas questões?

A informação de que o governo municipal está utilizando recursos próprios para construção do espaço que permitirá a ampliação das vagas nas UTIs não é contraditória a de que o governo do Estao estaria pronto para implantar 18 delas ainda este mês, afinal desde a pactuação até a presente data já se vão 10 meses, tempo mais que suficientes para que as obras estivessem concluídas ou não?

A cada esfera de poder desnto do Sistema Único de Saúde cabe uma parcela, uma contrapartida. No programa em questão a disponibilização do espaço físico seria de competência dos municípios segundo foi pactuado.

Não há como negar a carência de leitos em UTI, se assim o fosse o governo não estaria realizando obras para criar mais 44 delas na rede pública que atualmente dispõe de 36(isso fazendo as contas com base nas informações do secretário em seu blog e no jornal O Diário) que passará sabe-se lá quando a contar com 90, que serão somadas as 80 vagas também anunciadas pelo secretário contratadas da rede privada. Sabemos que a demanda é grande porque Campos atende também diversos municípios da região e muitos deles inclusive poderiam ter se habilitado e não o fizeram.

O que não se pode é deixar que a população continue peregrinando em busca de vaga em UTI, que continue sendo atendida em corredores enquanto aguarda uma dessas vagas que muitas vezes só aparecem com o falecimento de outro paciente.

Não nos basta não ter registro de óbitos por falta de leito. Quantos estariam vivos se tivessem recebido o atendimento adequado na hora certa? Morrer dentro ou fora de uma Unidade de Terapia Intensiva pode servir à estatística que gera a propaganda , mas não elimina o sofrimento a que a população vem sendo exposta.

Não se pode admitir que a população pague pela falta de planejamento de um governo que anuncia sempre o macro, mas que não faz o micro para assegurar o mínimo à população que certamente necessitaria de muito menos vagas em leito de UTI se o governículo tivesse posto em funcionamento um programa sério de atenção básica . Assim como é vergonhoso que se ignore questões técnicas em detrimento das político- partidárias".

http://www.estouprocurandooquefazer.com/2011/09/secretario-de-rosinha-omite-informacoes.html