sexta-feira, 15 de abril de 2011

A VOZ DE PRISÃO TAMBÉM VALE PARA O MAGISTRADO



Ontem, fiquei sabendo que um companheiro de profissão, no exercício legal do seu atuar foi ameaçado por um senhor de toga de ser preso. O ato, no meu entender, draconiano, ocorreu em uma das Varas de nossa Comarca.


Ao meu sentir, todas as vezes que um magistrado deseja prender um profissional do Direito, retroagimos aos anos de chumbo. Naqueles idos, a força se sobrepunha ao diálogo e ao entendimento. 

Quando passa pela cabeça de um magistrado a intenção de conduzir um advogado para a delegacia, sinto que o desejo do mesmo, é apenas o de ver um membro da OAB passar por um dissabor perante seus clientes, companheiros de profissão e familiares. 

A intenção só pode ser essa, pois o efeito prático é o vexame, afinal a detenção não se conclui, mas a mácula fica. Notem: estamos falando de advogados e não de bandidos de terno.

Vale ressaltar, que o modus operandi de alguns magistrados deve ser combatido com 'unhas e dentes'. Entendo que da mesma forma que um Juiz pode dar voz de prisão a um advogado por um desacato a autoridade, o advogado pode dar voz de prisão ao magistrado por abuso de poder. Ambas as hipóteses pautadas em sentimentos subjetivos em princípio.

A democracia em que vivemos é feita justamente para que os homens possam aprender a tolerar e serem tolerados. Uma audiência precisar ser conduzida com harmonia, afinal está em jogo o destino de um ou mais cidadãos.   

As sessões de conciliação ou de instrução e julgamento precisam ser respeitadas por todos os integrantes do contexto julgador. Juizes, Promotores e advogados precisam estar afinados em busca de um denominador comum que conceda ao cidadão requerente o que lhe é de Direito. 

Não há hierarquia entre advogados, Promotores e Juízes. Entre todos eles, precisa-se cultivar respeito para que não tenhamos que nos pautar em matérias extra autos. 



Por fim, venho a público prestar a minha solidariedade ao profissional do Direito que, ao meu sentir, não precisa ter em seu currículo, uma voz de prisão.

Cláudio Andrade   


11 comentários:

Gianna Barcelos disse...

"Quatro coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir cortesmente, responder sensatamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente" (Sócrates)

Anônimo disse...

além dos blogueiros ,DR CLÁUDIO, tb acha os advogados intocáveis, é uma pena dr, todos são iguais perante a lei dr, advogados são pessoas comum e muitas vezes perversos .. o JUIZ tem o direito e o dever de punir a todos independente de profissão.

Amélia disse...

Claudinho, esse deve ser amigo seu( o advogado). Você entrou de sola em sua defesa. Até aí tudo bem. Que tem profissionais sem pudor, sem ética e que desconhecem hierarquia, é o que mais vemos no mundo de hoje.O Juiz, por sua vez, engalamou-se e quís mostrar autoridade. Nada disso vem ao caso. Um bom diálogo resolverá tudo.Mudemos de capítulo.

carlos puro mortal disse...

Nao sou advogado mas pertenco a sociedade no qual e frequentado pelo magistradoe pelo que conheci ele jovem eouco falar o oilustre magistrado se acha a ultima coca cola do deserto. Chinelinhos da humildade para ele, com todo respeito . Tem medico que acha que é Deus, certos juizes tem certeza.

Anônimo disse...

se fosse um magistrado, certamente teria uma opinião diferente!

mistersales disse...

SERÁ QUE A DITADURA ESTÁ DE VOLTA OU NUNCA ACABOU?
O RESPEITO ANDA PARALELO COM A LEI.
SE NÃO EXISTE RESPEITO PELO PROFISSIONAL DE DIREITO, ENTÃO PRA QUE CURSAR UMA FACULDADE E APRENDER MANUSEAR AS COISAS DO DIREITO?
UM PROFISSIONAL DE DIREITO DEFENDE SEUS CLIENTES PARA QUE AS INTERPRETAÇÕES HUMANAS NÃO O CARACTERIZE COMO CRIMINOSOS, MAS, SE O PROFISSIONAL DE DIREITO FOR CARACTERIZADO COMO UM CRIMINOSO E, EM SUA EXCELÊNCIA, O MERITÍSSIMO JUIZ DE DIREITO LHE DÁ VOZ DE PRISÃO, QUAL SERÁ O RUMO DESTA HISTÓRIA DE DIREITO?

Anônimo disse...

Claudio, existem certos comentários que dão pena, por isso relate o caso na integra sem dar nomes e veja se os mesmos comentários prevalecem.

Bárbara disse...

..., os comentários prevalecem, anônimo das 11h24min.
Eu sei de tudo...

Anônimo disse...

http://maxsuelmonteiro.blogspot.com/2011/04/agradecimento.html

Juiz: R. M. da 2° V.F.

E infelizmente a situação não é como parece, e esse juiz jáé titular e se encontra há anos em nossa comarca, é claro o seu ilibado saber jurídico e moral, com certeza o advogado afirmou algo improcedente por parte de seu cliente, que fez exaltar o magistrado.

Anônimo disse...

Existe mesmo em alguns magistrados a certeza de que são deuses, mas ainda bem que existem tantos outros que são ótimos e humildes.
NÃO EXISTE E NEM NUNCA EXISTIU HIERARQUIA ENTRE JUIZ, ADVOGADO E PROMOTOR.

Rafael Truká disse...

De Rafael Truká:
Que coisa feia esse(a) cara que fica postando asneira em anônimo, véy na boa, vc tem direito a expressão de seu pensamento, mas é uma obrigação moral e legal sua, e de qualquer um de nós, nos vincular as nossas expressões, além de ser de muito bom tom.