Todos envolvidos nessa 'máquina de matar'. Até quando as drogas irão sepultar sonhos, destruir lares e arruinar com as pessoas? Acho que sempre. Sempre perderemos para as drogas.
As famigeradas drogas encontradas nas farmácias, nos bares e nos lares. Consumidas pelo nariz, aplicadas na veia ou ingeridas pela boca. Pequenas, grandes, brancas e pretas. Ácidas, Químicas, ou naturais. Enganam a consciência e sepultam seres humanos.
São entregues junto à pizza, na moto, à domicílio, na entrada do morro ou no reluzente asfalto das famosas avenidas.
Estrelas do passado como Elis Regina e Nelson Gonçalves, misturam-se às do presente como Vera Fischer, Felipe Camargo e Cássia Eller. Todos vítimas implacáveis das drogas; uns mortos e outros sobreviventes detentores de profundas cicatrizes.
Não há antídoto para evitá-la. Ações governamentais e sociais fazem o possível, mas acabam na frustrante tarefa de 'enxugar gelos'. O manancial da droga é o dependente.
O Livro e o filme de nome "Tropa de Elite" reproduz bem como o vício nutre o tráfico. Demonstra a falência dos Estados, onde inúmeros jovens são perdidos para as drogas, enquanto inúmeras escolas públicas ficam vazias ou são fechadas por ordem dos traficantes.
Dentro das famílias ela é ainda mais aterrorizante. Calada e traiçoeira, a droga começa devagar, representando euforia e felicidade. Oferece a oportunidade da força e da vibração inicial. Uma brincadeira perigosa considerada por muitos 'recreativa' e para outros, 'inspiradora'.
Por meio dela o casal se separa, o filho morre, a economia familiar 'desaba' e o mundo se perde. Essa droga é a ponta de um ice berg de problemas sem solução para alguns. Trata-se de uma perita em matar.
Lutar contra ela somente com palavras e artigos é pouco. Quem está viciado não lê; cheira. Quem está sob os efeitos das drogas não procura palavras e sim, Delírio.
Somos todos responsáveis. Somos nós que 'fechamos os olhos' para o vício alheio. Para as crises de abstinência do filho do vizinho e da esposa do seu amigo. Somos nós que achamos natural o pedinte que não trabalha e o faminto da esquina.
Somos nós que ficamos inertes às ações vazias dos Poderes Constituídos,. Somos nós que não evitamos que as drogas continuem preenchendo grande parte dos leitos hospitalares e proporcionando a demissão em massa de trabalhadores. Todos drogados e sem expectativa.
Elas matam 200.000 mil pessoas por ano. No Brasil existem 870.000 usuários de drogas segundo levantamento da ONU.
Tenho dois filhos e pretendo ser um guardião. A liberdade que o mundo oferece hoje, aos jovens iniciantes na vida, deve ser equilibrada com uma educação forte e representativa. Refiro-me aos diálogos e a própria atitude severa quando necessário. Tudo para conter o 'toque' das drogas.
Quando temos filhos passamos a entender uma frase dita pelos mais velhos e tão desprezada pelos mais novos: "Quando tiveres filhos, você vai pensar diferente". Essa frase não tem autor e sim autores. Sai da boca de milhares de pais anônimos que explicam aos seus filhos os perigos da vida. Aquelas que ontem pareciam palavras retrógradas, hoje são tão atuais e cheias de razão.
Que Deus nos abençoe!
Cláudio Andrade.
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