domingo, 22 de março de 2009

A POLÊMICA DA CPI...

“É muito estranho eu, autor do pedido de CPI contra a administração Mocaiber, não estar presidindo a comissão”. A desconfiança do vereador Jorge Magal (PMDB), acende uma chama de desavença entre ele e o presidente da Câmara Municipal de Campos, Nelson Nahim, também peemedebista, que, no entanto, segundo os dois, não terá nenhum reflexo no governo de Rosinha Garotinho. A discórdia é provocada pelo fato de Magal não estar presidindo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), proposta por ele, para apurar denúncias de corrupção no período em que Sivaldo Abílio presidia Campos Luz, no governo de Alexandre Mocaiber, presidente do PSB, partido do bloco de apoio à administração de Rosinha, no Legislativo.

Houve critério - Nahim garante que tanto para instalação da CPI da Fundação Zumbi dos Palmares, na quinta, quanto no caso da Campos Luz, obedeceu-se ao critério da proporcionalidade. “Fizemos tudo de forma criteriosa e se Magal não é o presidente da comissão proposta por ele é porque, disputou à relatoria com Jorge Rangel e perdeu de três a dois”. Magal rebate. “A coisa não é assim como está falando o Nahim. E quero deixar claro que essa discordância não tem nada a ver com o Governo Rosinha, nem significa um racha no PMDB. Acho inclusive que só fortalece o processo democrático, porque por fazermos parte do mesmo partido não somos obrigados a estarmos afinados no mesmo ideal, comungarmos de um só ponto de vista”.

Tradição - “Pretendia ser presidente da CPI sim, porque partiu de mim a iniciativa de propô-la e, tradicionalmente, quem a propõe automaticamente é indicado, pelo presidente do Legislativo, para a presidência”. Magal não esconde a insatisfação, mas ameniza: “não acredito que Nahim esteja dizendo que não demonstrei interesse em presidir a CPI, o tenho na conta de uma pessoa séria”. “Pedi a CPI em virtude da grande quantidade de denúncias feitas pela imprensa, dando conta de que poderia haver irregularidades na Campos Luz no governo Mocaiber, além de documentos que recebemos na Câmara que também faziam denúncias contra o órgão”. Mas Magal está na CPI, da qual Jorge Rangel (PSB) é relator, juntamente com Dante Lucas (PDT), Marcos Bacellar (PT do B).

Nahim afirma que não tem interesse em alimentar a discussão

“Entendo que a crítica de Magal não tem fundamento, mas respeito o direito dele se posicionar. Não acredito que essa discordância seja um fato que possa rachar o partido. O PMDB é um partido aberto a discussões, mas, embora o processo democrático nos dê essa abertura, não tenho o menor interesse em alimentar essa polêmica criada pela insatisfação do meu colega vereador”, rechaça Nahim. O presidente da Câmara acredita que Magal “já deva estar refletindo melhor sobre o equívoco que comete”. Quanto às insinuações de que as CPIs instaladas esta semana possam “terminar em pizza”, Nahim aposta no contrário. “Estamos empenhados no processo de moralidade pública e acreditamos que o tempo mostrará a seriedade do trabalho que começa a ser desenvolvido pelas duas comissões. Como diz a sabedoria popular: o tempo é o senhor da razão.

Fonte- O Diário.

2 comentários:

Frederico Cezar disse...

Pizza com certeza !!!!!!!

Anônimo disse...

Acho que tem vereador (es) querendo se auto promover, com essa situação, para as eleições de 2010, para deputado estadual, aqui em CAMPOS/RJ, fiquemos de olho.