Hoje li no jornal O Globo, a matéria acerca da confusão armada pelo jogador Adriano na comunidade da Chatuba, no Rio de Janeiro. A confusão em si não merece muito destaque, pois trata-se de mais uma no currículo do dito "Imperador".
O que me chamou a atenção, foi a ação dos traficantes para que a noiva do craque do Flamengo deixasse o local. Tal revelação demonstra de forma clara, que a aproximidade entre grande parte dos profissionais da 'bola' e os homens do tráfico, é íntima.
Na minha opinião, o fato do integrante do Império do Amor saber que o tráfico domina a favela é uma coisa, mas dividir de forma voluntária o mesmo recinto com eles é inadmissível para estrelas que são idolatradas por milhares de crianças.
Não podemos desprezar o efeito nascimento. Muitos futebolistas famosos nasceram em localidades carentes e por consideração ou conveniência, 'alimentam' o contato, mesmo após trilharem caminhos opostos daqueles que lá ficaram.
A mídia carioca adora cultuar a imagem dos traficantes. O líderes do tráfico do Rio de Janeiro são conhecidos em todo o Brasil, pois possuem uma relação de amor e ódio com a imprensa. Alguém sabe dizer o nome de dois comandantes do tráfico paulista?
Adriano e companhia não poderiam de forma alguma estarem no mesmo espaço de traficantes. A intervenção deles, na confusão particular de Adriano, é sinal surreal de poder, relacionamento e perigosa camaradagem.
Não estou afirmando que a relação de Adriano com o seus amigos traficantes esteja relacionada a algum tipo de vício. Mesmo assim, pega mal, afinal, a sua remuneração, importância no cenário esportivo e responsabilidade como ídolo, não lhe permite um irresponsável ir e vir.
Cláudio Andrade
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