Esses dados nos levam a constatar que a educação ainda é o melhor caminho a ser seguido por todos. O grande problema é o acesso, pois no Brasil querer não é poder, no que concerne ao Direito Constitucional de estudar.
Outra realidade que não podemos deixar de relatar é a situação dos bancos escolares públicos. No Brasil vinculamos o que é público à má prestação de serviços e ao sucateamento estrutural. A Educação também se inclui.
Enquanto alguns demagogos do meio educacional defendem a cota nas Universidades, os jovens são cada vez mais afastados das escolas, sendo que uma grande ‘fatia’ deles ingressa no mundo do crime.
Existem analfabetos que não são criminosos, bem como há uma parcela considerável de pessoas com alto nível escolar que cometem crimes. O problema é que os privados de ensino, mais cedo ou mais tarde, ficam diante de um quadro aterrador composto pela fome, pelo desemprego e por inúmeras enfermidades.
Essa situação faz o cidadão buscar no crime a estrutura negada a si pela sociedade organizada e excludente.
A educação é com certeza o principal pilar estrutural da autoestima. A educação faz o jovem lidar melhor com os problemas do cotidiano. Educado, ele vai buscar alternativas para as suas frustrações sem correr riscos de ser ‘tocado’ pela criminalidade.
Segundo alguns criminalistas, todos nós somos criminosos em potencial. Tal afirmativa não pode servir de justificativa para termos um contingente vergonhoso de analfabetos. Esse aberrante quadro traz à tona inúmeras outras mazelas que servem de ‘mola’ propulsora para o crime.
Temos um manancial de jovens à espera de educação. Não podemos negá-lo o Direito ao aprendizado, pois só se constroem países fortes com educação de qualidade. Importante lembrar que entram e saem governos e governantes e, a única coisa que não podemos deixar que ceifem de nós é o nosso conhecimento.
Cláudio Andrade.
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