Acredito que os melhores textos são criados após algum fato relevante. Não importa tratar-se de uma experiência triste ou feliz, saudosista ou melancólica. Quando recebemos de Deus a dávida de sermos pais, passamos a aceitar gradativamente todas as mudanças em nossas vidas.
As mudanças são sentidas diariamente. No adormecer, no trabalho, nas relações amorosas e familiares, enfim, tudo muda...
Quando efetivamente exercemos a nossa paternidade, passamos a estar diante de uma difícil tarefa. Criá-los.
Nascidos e detentores de uma mistura incalculável de genes, nossos anjos começam uma luta titânica para se fazerem entender e ocuparem seus espaços. Uma luta natural e que exige dos pais muita paciência.
O sim e o não dado como resposta aos nossos filhos é sempre um ponto delicado nas relações paternas. A vontade de darmos tudo 'do bom e do melhor' aos nossos filhos, forma neles uma comodidade infantil que, com o passar dos tempos, criam em suas consciências, uma impossibilidade de aceitar o não. Esse não necessário e as vezes a única opção.
Esse embate deve ser trabalhado para que não passe a ser um constante conflito de interesses. O não ocasional paterno e o eterno sim infantil.
Os pais erram, ao meu sentir, quando delegam algumas funções de criação à terceiros. Quando me refiro à delegação, estou fazendo referência aos simples atos da vida infantil que, por comodidade paterna, passam a ser exercidos por babas, madrastas, avós e tias.
As vezes pode parecer insignificante, mas não é. Quando delegamos as referidas funções paternas, damos autorização implícita, para que terceiros, possam delinear o norte a ser seguido por nossos filhos, mesmo que sejam nortes razoáveis e passíveis de aceitação.
O 'espelho' dos filhos devem ser os seus pais, mesmo existindo outras figuras protetivas e merecedoras de respeito no âmbito familiar e escolar. Isso deve ser uma questão de honra para os pais.
Trata-se do legado da criação e da formação ética e moral de nossos filhos concedido por Deus e que não podemos nos dar ao luxo, na qualidade de pais, de não exercê-los.
Cláudio Andrade.
As mudanças são sentidas diariamente. No adormecer, no trabalho, nas relações amorosas e familiares, enfim, tudo muda...
Quando efetivamente exercemos a nossa paternidade, passamos a estar diante de uma difícil tarefa. Criá-los.
Nascidos e detentores de uma mistura incalculável de genes, nossos anjos começam uma luta titânica para se fazerem entender e ocuparem seus espaços. Uma luta natural e que exige dos pais muita paciência.
O sim e o não dado como resposta aos nossos filhos é sempre um ponto delicado nas relações paternas. A vontade de darmos tudo 'do bom e do melhor' aos nossos filhos, forma neles uma comodidade infantil que, com o passar dos tempos, criam em suas consciências, uma impossibilidade de aceitar o não. Esse não necessário e as vezes a única opção.
Esse embate deve ser trabalhado para que não passe a ser um constante conflito de interesses. O não ocasional paterno e o eterno sim infantil.
Os pais erram, ao meu sentir, quando delegam algumas funções de criação à terceiros. Quando me refiro à delegação, estou fazendo referência aos simples atos da vida infantil que, por comodidade paterna, passam a ser exercidos por babas, madrastas, avós e tias.
As vezes pode parecer insignificante, mas não é. Quando delegamos as referidas funções paternas, damos autorização implícita, para que terceiros, possam delinear o norte a ser seguido por nossos filhos, mesmo que sejam nortes razoáveis e passíveis de aceitação.
O 'espelho' dos filhos devem ser os seus pais, mesmo existindo outras figuras protetivas e merecedoras de respeito no âmbito familiar e escolar. Isso deve ser uma questão de honra para os pais.
Trata-se do legado da criação e da formação ética e moral de nossos filhos concedido por Deus e que não podemos nos dar ao luxo, na qualidade de pais, de não exercê-los.
Cláudio Andrade.
3 comentários:
Parabéns Claudio pelo belo texto que explicita bem a dicotomia do sim e do não na educação de nossos filhos e gostaria de ressaltar o ¨perigo¨ de não saber dizer um não na hora certa ou de satisfazer todos os desejos dos filhos achando que esta se fazendo o melhor por ele. Como bem diz uma frase escrita no muro do présídio: "eduquem as crianças de hoje para não punir os homens de amanhã.¨
Valeu. leossmota
Princípios e Regras
Achei bem interessante a leitura que alguns internautas fizeram do texto em que falo a respeito de princípios e de regras. Parece que princípios, no entendimento deles, são conceitos que só podem ser passados por palavras ou palestras, como disse um deles. Não: eles devem ser ensinados por atos junto com as palavras e são eles que originam as regras.. Já as regras que não são relacionadas a princípios, logo elas perdem sua importância e eficácia para as crianças e adolescentes.
Claro que crianças, principalmente as pequenas, precisam de regras. Aliás, todos nós precisamos de algumas delas. Mas, se elas não estiverem vinculadas a princípios e à autoridade de quem as estabelece, serão respeitadas por pouco tempo e não serão encaradas como um valor.
Além disso, sabemos que se há regras, há transgressão, não é mesmo? Tanto que, em qualquer tipo de jogo esportivo em que há regras, as penalidades para as faltas – transgressões – que possam ser cometidas já são previamente elaboradas. E mais: sabemos que tanto as transgressões quanto as penalidades fazem parte do jogo. Por que seria diferente no “jogo da educação” ou, no “jogo da vida”?
Vamos tomar como exemplo o princípio do respeito. Cada família irá estabelecer algumas regras baseadas nesse principio para que a convivência entre todos possa ocorrer com consideração. Exemplos: não pode bater no irmão (regra), não pode falar determinados palavrões aos pais (regras) etc. Se, desde cedo, os pais explicam que a existência de tais regras está ligada ao respeito e, mais importante, façam com que o filho as obedeça, a criança vai, aos poucos, internalizar o princípio e aprender a se comportar de acordo com a moral da família e, mais tarde, da sociedade. Já se as regras não são relacionadas ao princípio que as rege, logo se tornam vazias e limitadas.
Outro exemplo é o do cuidado consigo mesmo. Regras como hora para dormir, banho diário, escovação dos dentes etc. são todas relacionadas a esse princípio. Se elas não forem associadas ao auto-cuidado, na adolescência não terão consistência.
A escola é um ótimo exemplo de como as regras a serem cumpridas pelos alunos não são ligadas aos princípios e, assim, estimulam a transgressão. Os alunos precisam respeitar os horários, por exemplo. Será que eles sabem – ou seja, foi explicado e continuamente contratado – que o motivo é que uma atividade coletiva não pode ocorrer se cada pessoa chega num horário diferente, ou seja, que o que rege a escola é o princípio da coletividade? Em geral, isso não acontece: os alunos sabem apenas que há regra para horário, para usar uniforme etc.
Educar desde cedo com base em princípios visa à construção da autonomia; educar na base de regras produz infantilização. Conclusão: precisamos mais dos princípios do que das regras.
(Rosely Sayão)
__________________ Atenção para a expressão "no meu sentir"...
Abraço,
Roxanne
Doutor cláudio,
na verdade, não concordo mto com a sua postagem, pois na verdade esses terceiros q vc cita aí, na maioria da vezes, ou melhor, sempre são muito úteis,pq pra tomarem conta, darem mamadeira, trocarem fraldas, levar pra passear, darem educação quando o papai e a mamãe estão trabalhando, passeando ou simplesmente em casa "descansando" aí esses terceiros são ótimas pessoas, mas qdo se sentem aptos a darem palpites e orientação, aí que a porca "torçe o rabo", ou seja, vou ser mais claro, aí esses terceiros caem pra "segunda divisão" e perdem totalmente o posto de companheiros, amigos, pacientes, carinhosos, receptivos, fiéis, amorosos...
uffaaaaaa
ficaria uma eternidade aqui para qualificá-los e dizerem que:
ESSES TERCEIROS COMO VC DISSE SÃO SIM DIGNOS DE HONRA E MEUS SINCEROS
PARABÉNS TERCEIROS!!!
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