segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O lado B da Saúde em Campos




Vários idosos ligaram e reclamaram que estão há quatro meses sem obtenção de remédio
Sem dúvidas, o setor da Saúde é o mais delicado dentro do contexto de uma Administração Pública.

No município de Campos dos Goytacazes não é nada diferente. Há vários problemas que precisam ser debatidos à exaustão a fim de que uma prestação de serviço com qualidade seja a premissa maior.

Em que pese a grande problemática que envolve a área de Saúde, a Prefeitura de Campos destina vultosa quantia de dinheiro para o setor de comunicação. Setor esse que já pagou, desde o ano de 2010, sessenta milhões de reais a empresas de propaganda para, inclusive, divulgarem alguns dos serviços eficazes da Administração no que concerne à saúde pública.

Com todo o aparato midiático disponível ao atual Governo de Campos, é quase impossível que o ‘lado B’ da área de Saúde venha à tona. Devemos entender as deficiências existentes e não apenas nos contentar com as ações alardeadas pelas agências de publicidade que estão a serviço do Governo municipal.

Na semana passada, o Jornal Terceira Via noticiou a via crucis de uma idosa de setenta e três anos, em busca de uma vacina antitetânica. A munícipe esteve na Secretaria de Saúde, no Centro de Referência e Tratamento da Criança e do Adolescente, no Hospital Geral de Guarus e no Hospital Ferreira Machado, e a ela não foi disponibilizada a citada vacina.

Ontem, oito de Setembro, ao apresentar o meu programa ‘Conexão Cláudio Andrade’, na Rádio Continental AM, 1270, pude ouvir depoimentos impressionantes acerca do estado da Saúde em nossa cidade e que vão de encontro à propaganda oficial do Governo administrado pela Prefeita Rosinha Garotinho.

Vários idosos ligaram e reclamaram que estão há quatro meses sem obtenção de remédio. Uma das ouvintes nos deixou estarrecidos ao afirmar que possui uma irmã portadora de câncer e que desde o ano de 2008 não consegue, na farmácia da Prefeitura, o medicamento necessário para o tratamento.

Outra idosa cuja irmã é esquizofrênica não consegue manter o tratamento, diante da falta de remédios que lhe é acometida.

Além disso, segundo outros colaboradores da Rádio, o sistema de agendamento de consultas tem sido outra problemática, o que precisa ser revisto.

Vários cidadãos enfrentam horas nas filas para agendamento e muitos deles sequer são atendidos. Isso faz com que tenhamos um quadro preocupante e que necessita de uma ação urgente do Poder Público Municipal.

Casos como os relatados acima são merecedores de uma ação contundente que vise a mapear as localidades onde a população se encontra mais desamparada para que os danos sejam, ao menos, minimizados.

O Governo Municipal, em uma publicidade quase que oportunista, divulga ações governamentais dizendo serem realizadas em busca do bem estar social de nossos munícipes.

Porém, a notícia dada por nossos cidadãos diverge do que é alardeado pelo Governo, uma vez que a população se encontra passando por dificuldades onde a vida, que é o bem maior resguardado pela Constituição, não está sendo o cerne de nossa Administração.

Enfim. O outro lado da moeda deveria ser mais ostensivo já que os cidadãos contribuintes são pequenas células reivindicadoras diante de um gigante propagandista, que invade grande parte dos meios de comunicação e veda a discussão acerca do chamado’ lado B’ da Saúde em Campos.

Cláudio Andrade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Principalmente remédios para doenças crônicas tais como : Diabetes, hipertensão. Estou muito revoltado por esse motivo. A gente trabalha anos, e mais, anos, para construir esse país. Mas quando chegamos numa certa idade, somos abandonados, somos desrespeitados pelos governantes(prefeita).

Enfim,trata-se de uma verdadeira via-crucis, ter que ir aos postos de saúde, e não encontrar os medicamentos dos quais tanto necessitamos, para manter nossa qualidade de vida.

Esses gestores municipais(prefeita), não tem coração, se importam, somente com seus interesses pessoais. Já para o povão, abandono, descaso e coisas do gênero.