O município de São João da Barra está participando do processo eleitoral do Comitê de Bacia Hidrográfica Baixo Paraíba, cuja eleição acontece nesta quinta-feira (12), a partir das 13h no auditório do Hospital Veterinário da UENF. Todos os municípios da região Norte/Noroeste, assim como o poder público, os usuários e a sociedade civil estão na lista da competição.
Enquanto isso, o subsecretário de Meio Ambiente e Serviços Públicos de São João da Barra, Sidney Salgado, representou o município sanjoanense, na 2ª Reunião Ordinária do CEIVAP (Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul) no final de agosto na cidade de Resende. O encontro mostrou uma breve apresentação do resultado do estudo "Novas Transposições", expondo várias alternativas de transposição, inclusive do Rio Paraíba do Sul, para abastecimento do estado de São Paulo.
Segundo Sidney os estudos de como ficaria o rio depois de realizada a transposição, em direção a foz, apontam o resultado de que os impactos na qualidade da água averiguados são relevantes para os casos de ocorrência de vazões mínimas em todos os trechos estudados.
“A ocorrência de vazões extremas baixas em todos os trechos estudados poderão acarretar situações desfavoráveis de qualidade da água, e mesmo condições para eutrofização (crescimento desordenado da vegetação aquática) e mesmo para o surgimento de algas”, disse.
“O estudo apontou ainda que as condições encontradas para as vazões simuladas com os cenários com e sem a transposição de vazões mostram situações indesejáveis para qualidade da água e a aprovação de novas transposições só deve piorar as condições de qualidade da água nesses trechos, e só um pesado investimento em saneamento básico e tratamento de efluentes pode mudar esse quadro atual e o futuro”, comentou.
Em todos os trechos, para vazões baixas, nota-se que há trechos relativamente longos (de 2 a 3 km) com velocidades bastante baixas (chegando a 0,05 m/s), para os quais o tempo de percurso é bastante longo (4 h). Certamente, podem ocorrer em pontos específicos velocidades ainda menores, o que pode levar a uma situação de boom de algas, em função das condições meteorológicas e de concentração de nutrientes existentes nesses trechos, comprometendo o abastecimento.
A transposição pode representar em torno de R$ 20 milhões anuais de prejuízo para as geradoras com as usinas com potência maior que 30MW instaladas na bacia, sem levar em conta as perdas pelo acionamento de térmicas e as perdas nas PCHs de Queluz, Lavrinhas e da futura usina de Itaocara.
“Ao ser perguntado, o representante da empresa contratada para a realização dos estudos declarou que será necessário realizar estudos complementares sobre o processo erosivo e o assoreamento da foz do rio, porém a demanda de água para o complexo portuário e industrial do porto do Açu foi incluído no primeiro estudo”, finalizou o subsecretário.
Fonte: Assecom da Prefeitura de SJB
Um comentário:
Prezado Clauidio, não será eleição do CEIVAP e sim do CBH BPS (Comitê de Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul), que faz parte do CEIVAP também.
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