O ALVO DO MP ELEITORAL NÃO É A PESQUISA DO INSTITUTO PRECISÃO

Os aliados da Prefeita Rosinha Garotinho estão com dificuldade de interpretação de texto. Afirmam que a investidura ministerial é pautada na pesquisa eleitoral que será divulgada amanhã no jornal O Diário, oriunda do instituto Precisão e realizada a pedido do PR municipal. Não é.

A pesquisa que gerou a pedido de informações do Promotor Vítor Queiroz refere-se à publicada pelo jornalista Carlos Cunha no seguinte endereço http://odiariorj.com/carloscunha/entrevista-coletiva.2/

Nela, o nobre jornalista republica o seguinte:

“’Nesse momento Garotinho disse que queria desmistificar alguns comentários em blogs locais de que uma pesquisa mostrava que havia empate técnico de Rosinha com Arnaldo Vianna e o deputado estadual, Roberto Henriques, que iria apresentar os verdadeiros números da última pesquisa, em que Rosinha Garotinho aparece com 61%, Arnaldo com 14%, Roberto Henriques com 6%, Odete com 3% e para surpresa de todos, Odisséia aparece com 1%.”

Essa é a pesquisa objeto do Procedimento Administrativo Investigatório e não a realizada pelo instituto Precisão, pelo simples fato: As pesquisas não batem.

Se a pesquisa fosse à mesma ela deveria estar idêntica a divulgada hoje pelo Garotinho em seu Blog e que leva o timbre do Instituto Precisão. Lá, Rosinha parece com 58%, Arnaldo 16%, Odete 09% e Roberto Henriques 03%. e Odisséia aparece com 01%.

http://www.blogdogarotinho.com.br/MostraFoto.aspx?nome=20110723_rosinhacenario2011.jpg

Assim sendo, vamos deixar as coisas bem claras para que o eleitor não fique em dúvida. Não sou advogado eleitoral, mas até o Ministério Público entendeu que há necessidade de mais averiguações.


Cláudio Andrade

Atualização importante

A Portaria de instauração do procedimento investigatório é clara no sentido de dizer que o objetivo das investigações é apurar se houve propaganda eleitoral antecipada, em violação ao artigo 36 da Lei das Eleições, e não se houve registro da pesquisa. A pesquisa ali mencionada pode ter servido como mero instrumento para a propaganda eleitoral proibida (se ao final restar comprovado que houve mesmo a propaganda antecipada). 

Assim, não é importante saber se a pesquisa foi registrada ou não. E eventuais relações indevidas entre o Poder Público municipal e o instituto de pesquisa deve ser apurada pelas Promotorias de Tutela Coletiva.

A referida Portaria está afixada no mural do MP e a ela todos podem ter acesso, como determina a Resolução 23/2007 do CNMP, mesmo porque não há informações protegidas por sigilo.