MÃE.

Domingo é dia das mães. Não posso cometer o erro de homenagear apenas a minha mãe. Eu, particularmente tenho duas, pois considero a minha avó, minha segunda mãe.

Tenho um pensamento meio diferente acerca de datas comemorativas apelativas. O dia das mães deve ser costurado durante todo o ano e não apenas no dia comercial de sua comemoração.

O espaço a mim concedido nesse periódico é pequeno para citar quais seriam os agradecimentos devidos à mãe. Vou me atentar a gratidão. Esse agradecimento é importante demais.

Ela te colocou no mundo, luta pelo seu sucesso, ora por você e chora as mesmas lágrimas que ti. Mesmo quando erramos feio, ela aparece para fingir que nos perdoa.

Em qualquer relacionamento existem conflitos. Na relação das mães com os seus filhos não é diferente, afinal ser filho dela não quer dizer pensar da mesma forma que ela. Mesmo assim, os limites entre a divergência e o desrespeito devem ser claros e fortalecidos a cada dia. Trata-se de um sinal de gratidão.

Escrevo esse artigo a todas as mães e aproveito, o ensejo, para agradecer a minha, por ser uma mãe no sentido clássico da palavra. Forte, desafiadora, amável e lutadora ao extremo.

Sei bem que muitos não poderão comemorar a data ao lado de suas mães. São mães falecidas, presidiárias, desaparecidas ou apenas distantes de ti. A todos vocês que não podem contemplar essa dádiva da companhia, desejo paz espiritual. Paz que acalenta e nos faz sorrir mesmo nos momentos de sofrimento.

O mundo em que vivemos nos empurra para um violento individualismo. Sem notarmos ficamos distantes do melhor colo, da melhor palavra e da verdadeira confidente. A mãe.

Somos seres humanos passíveis de erros e isso nos faz cometer uma grande falha. Achamos que a nossa mãe é eterna e que sempre as encontraremos sentadas no sofá aguardando nossas visitas.

Não! Isso um dia vai acabar e nós ficaremos pensando: a mesa do bar, o cinema, o trabalho, as brigas, as agressões, enfim, trocaria tudo por um beijo de minha mãe.

Pense nisso. Quem sabe só falta uma visita.

Artigo de minha autoria publicado hoje no jornal O Diário

Cláudio Andrade