sábado, 9 de maio de 2009

MEMBROS DA JUSTIÇA DO TRABALHO PARTICIPAM DE CONGRESSO BANCADO PELA FEBRABAN.

Li estarrecido na Folha de São Paulo que 42 juízes do trabalho e ministros do TST tiveram passagens e hospedagens pagas pela Febraban (Federação dos Bancos).

Não sou advogado trabalhista, mas posso afirmar que existem pelo país centenas de ações judiciais tramitando em primeira instância ou em grau de recurso, onde os Bancos figuram no polo passivo.

A despesas foram pagas para que os magistrados participassem de um congresso em um resort na Praia do Forte na Bahia. Pasmem!!! As esposas também foram de graça.

Queridos leitores! Trata-se de um absurdo para não dizer uma vergonha. Nós advogados não podemos achar normal uma notícia dessas. Lutamos diariamente pela moralidade no Judiciário e muitas vezes somos vistos com desconfiança por magistrados e serventuários.

Entretanto, dia após dia, alguns membros do Judiciário brasileiro dão exemplos negativos de conduta. Uma pergunta que não quer calar: esses magistrados serão julgados impedidos de atuarem nos autos em que os bancos figurem de forma ativa ou passiva? Será que alguns desses magistrados já presidem algum processo em que algum banco esteja lutando para postergar decisões condenatórias?

Alguns magistrados clamam por justiça, celeridade, isonomia, mas não perdem uma oportunidade de usufruirem das benesses oferecidas de forma aberta pelos poderosos banqueiros.

Em qualquer país com uma sociedade forte e representativa, esses magistrados responderiam de forma firme perante a sociedade. Caso a Febraban bancasse o referido mimo a um grupo de advogados, tenho certeza que a grita seria geral.

Mas.... a toga ainda é muito forte no país.....

Cláudio Andrade.

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