quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

PADRE OU PARLAMENTAR....

Marcello Casal/ABr

Até esta quarta-feira (25), o deputado federal Luiz Couto (PT-PB) dividia-se entre o exercício do mandato parlamentar e o sacerdócio.

Padre desde 1976, Couto celebrava missas aos sábados e domingos na paróquia de São José Operário, em João Pessoa. Porém...

Porém, Dom Aldo di Cillo Pagotto, arcebispo da Paraíba, cassou de Couto o direito de atuar como sacerdote da Igreja.

Além das missas, o deputado está agora formalmente proibido de celebrar batizados, casamentos ou qualquer outra atividade própria de um padre.

A mão de ferro do arcebispo paraibano pesou sobre Luiz Couto depois que o deputado concedeu uma entrevista.

Falou ao sítio brasiliense "Congresso em Foco". E teve as declarações reproduzidas num jornal da Paraíba: "O Norte".

Na boca de um deputado, as palavras de Couto soaram sensatas. Nos lábios de um padre, ecoaram polêmicas.

O deputado-padre declarou-se contrário ao celibato –"Não tem fundamentação bíblica. Deveria ser optativo"...

Manifestou-se a favor dos preservativos –"Defendo o uso da camisinha como uma questão de saúde pública..."

Atacou a discriminação aos homossexuais –"Devemos lutar no dia-a-dia contra o preconceito e a intolerância".

Não produziu nenhuma ofensa ao senso comum. Longe disso. Mas buliu com uma trinca de dogmas da Igreja.

O Vaticano, como se sabe, tem sólidas e divergentes posições sobre o casamento de padres, a contracepção e a união de seres humanos do mesmo sexo.

Para devolver ao deputado petista as atribuições de padre, Dom Aldo di Cillo Pagotto exige "retratação". Eis o que escreveu o arcebispo, em nota:

“Preposto à Arquidiocese da Paraíba, vejo-me na grave obrigação de suspender o referido sacerdote do uso de Ordem em nossa circunscrição eclesiástica...”

“...Porquanto, por suas afirmações sumárias, e enquanto perdurem sem retratação explícita, provoca confusão entre os fiéis cristãos...”

“...E contraria ‘in noce’ as orientações doutrinais, éticas e morais sustentadas pela Igreja Católica".

Como deputado, Luiz Couto rendeu homenagens ao bom senso. Como padre, frangou um sábio mandamento de Carlos Heitor Cony.

Ex-seminarista, Cony ensinou: "Ser católico não é para quem quer, é para quem pode".

2 comentários:

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Esses que fizeram isso ai co padre NÃO CONHECEM JESUS!!! JESUS NÃO OBRIGA NINGUÉM A NADA. NÃO DISCRIMINA. Cada um vai dar conta do seus atos. JESUS é a VERDADE. MANSIDÃO.
As coisas, fora dos principios e leis , que os homens fazem, só prejudicam a eles mesmos, só isso. E tem sim , uma força oculta que desencadeia tudo isso.
Esse padre aí ama JESUS e deve ser um Jumentinho... é dos meus heheehehe rsrsrsrrs

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Religião só presta para botar povo rebelde para fora... Jesus não fazia isso. Jesus ensinava o certo... conversava... expulsava forças ocultas opressoras... e as pessoas saiam livres. Eu quero ser uma jumentinha como Jesus...