Dados divulgos nesta quinta (26) pelo BC indicam que continua subindo a inadimplência no crédito bancário.
O calote nos empréstimos subiu de 4,4% em dezembro de 2008 para 4,6% em janeiro de 2009. É o maior patamar desde agosto de 2007 (4,7%).
Quem mais passou os financiamentos no beiço foram as pessoas físicas. Nesse segmento, as operações com atraso de mais de 90 dias subiram de 8% para 8,3%.
É o mais vistoso índice de inadimplência em empréstimos pessoais desde maio de 2002, mês em que se havia anotado um de 8,4%.
Entre as empresas, a inadimplência subiu de 1,8% para 2% --pouco abaixo dos 2,2% anotados em novembro de 2007.
O BC também informou que, em janeiro, os empréstimos bancários atingiram a impressionante marca de R$ 1,229 trilhão.
Uma pendura que corresponde a 41,2% do PIB brasileiro. Há um ano, o total de empréstimos somava 34,2% do PIB.
Juntando-se as duas pontas, tem-se o pior dos mundos: para uma dívida cada vez maior, o brasileiro exibe capacidade de pagamento cada vez menor.
Num cenário assim, não resta aos bancos senão abrir uma gigantesca mesa de negociação.
Sabem que, sob crise, se puxarem demasiado a borracha do estilingue, acabam matando a galinha dos ovos de barro.
De resto, a inadimplência não conspurcou o otimismo oficial. Ouça-se o ministro Guido Mantega (Fazenda): "Eu não vi a inadimplência super alta. Eu vi uma pequena elevação. É normal que em janeiro e fevereiro haja isso...” “...Você tem vencimentos de pagamentos de IPTU, IPVA. Isso não significa nenhuma deterioração importante da economia brasileira". Moral: nos olhos dos outros, falta de dinheiro é refresco. Fonte- Blog do Josias.
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