A história da demissão dos terceirizados da Prefeitura de Campos, sem definição dos direitos trabalhistas e baixa nas carteiras de trabalho, já começa a desenhar uma crise de falta de assistência que atinge familiares, incluindo filhos dos ex-funcionários.
A auxiliar de serviços gerais, Cristiana Domingos Heitor, 25 anos, que trabalhou até setembro deste ano no posto de saúde do Lagamar, em Farol de São Thomé, está sem condições financeiras para dar assistência ao seu filho de um ano e 8 meses, que tem sérios problemas de saúde e precisa de cuidados médicos especiais.
O menino Loran Francisco Heitor da Silva nasceu com Mielomelingocele, apresentando a medula óssea na parte externa das costas. A criança ficou internada durante sete meses no Hospital Ferreira Machado e também acabou desenvolveu hidrocefalia.
Segundo Cristiana, desde que foi demitida ela tentou receber um auxílio junto ao INSS, mas não conseguiu, pois sua carteira de trabalho ainda não tinha recebido baixa da empresa Facylit, uma das empresas contratadas pela prefeitura. Seu Marido é pescador e só conta com o recebimento do auxílio Defeso de um salário mínimo, com o qual tem de alimentar a ela, Loran e mais outros dois filhos do casal, com idades entre 6 e 9 anos.
— Meu filho, além de tratamento especial, com neuropediatra, fisioterapia e remédios, precisa de alimentação balanceada e especial. Os remédios consigo na secretaria de saúde, mas a neuropediatra, nunca consegui marcar pelo SUS e a fisioterapeuta que atendia meu filho no Hospital Ferreira Machado (HFM) também foi demitida. No Farol existe o serviço, mas não tem marcação aberta. Consegui uma vaga com uma neuropediatra e fisioterapia na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, no Rio de Janeiro e dependo do transporte da prefeitura, que com este problema de contratados, não estava funcionando no início desta semana — explicou a mãe.
Sem solução — Uma Comissão dos Terceirizados foi recebida pelo vice-prefeito na terça-feira para discutir a situação. Apesar do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde e na Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro e da Comissão de Funcionários Demitidos, Wallace de Oliveira, classificar a reunião de proveitosa, ainda não há uma solução para o impasse.
FONTE- FOLHA DA MANHÃ.
3 comentários:
O maior erro no caso das pessoas demitidas, foi e contunuará sendo a falta de criterios.
Só se demitiu quem realmente trabalhava.
Um absurdo e que se estendera ao proximo governo.
Direito à saúde é Constitucional. Por que um causídico de bom coração não patrocina gratuitamente uma ação em face do município requerendo que seja disposto para essa criança tudo que ela precisa para sobreviver e ter uma vida digna? Por se tratar de interesse de um menor é possível que em menos de um mês conseguisse resolver parcialmente o problema.
Aliás, esse deveria ser o foco dessa matéria canalha, apelativa que prefere ressaltar um fato que, em si, já configura o próprio resultado do sofrimento dessa criança.
O sofrimento dessa criança advém da falta de planejamento orçamentário, administrativo que torna um município tão grande ao ponto de não se sustentar, que dá vazão a terceirização desenfreada e sem critérios de atividades fim como a da fisioterapeuta demitida, e que, ao final, faz escorrer pelo ralo orçamento que poderia ser investido em infra-estrutura, educação e na saúde que falta a essa criança explorada de maneira vil pelo jornal e por sua mãe.
Cláudio!!
Olha o comentário que o professor "pilhado" fez em relação a dois comentários no post "Até aqui Deus nos ajudou..."
"Xacal disse...
caríssimos joão b.(undão) e mário teresa:
vão dar o c(´) para o capeta...
14 de Novembro de 2008 11:16"
Você deve ter consideração com os visitantes de seu blog e não postar parecer ou comentários desse infeliz, até porque só vejo você dando espaço a esse professor aloprado que com certeza é um descontrolado que não aceita críticas....por favor nos respeite e não dê espaço aqui para esse tipo de pessoa mais....
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