quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Os danos irreparáveis de uma escola fechada

Jornal Terceira Via


Na semana passada, a imprensa campista (notadamente o Jornal Terceira Via online) noticiou que, em nosso município, não está havendo aula na Creche Professora Olga Linhares Corrêa, bem como na Escola de Coqueiros de Tocos. Quanto à Creche, o período sem aulas seria de aproximadamente cinco meses e quanto à Escola, data do início do corrente ano letivo.

Certo que a Educação, em nosso município, apresenta índices surreais como o do IDEB (Índice de desenvolvimento da educação básica), o que já foi exposto, nesse espaço, em outra oportunidade. Tal fato, por si só, já foi o bastante para que houvesse uma atenção prioritária na área educacional em Campos, o que infelizmente ainda não ocorreu.

Não restam dúvidas de que a Gestão Rosinha Garotinho vem inaugurando uma série de escolas modelos; projetos esses orçados cada qual em mais de um milhão de reais. No entanto, um verdadeiro contrassenso essa magnitude educacional, enquanto uma creche e uma escola municipais estão com as portas fechadas e com alunos regularmente matriculados.

A situação é muito complexa, pois já nos encontramos na segunda parte de um ano letivo e muitas crianças e adolescentes campistas sequer abriram um livro escolar, em que pese ser esse um dos atos mais básicos e corriqueiros de um aprendizado.

Em resposta, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte enviou nota ao Jornal Terceira Via, informando que a carência de professores está sendo resolvida. Surgem as perguntas: quais os métodos? Qual o prazo para definição?

Sou professor universitário e conheço dificuldades na área de Educação, como cumprir integralmente uma grade curricular. No caso em questão, o quadro ainda é pior uma vez que já se passou meio ano letivo, e uma creche e uma escola de portas fechadas, estão com a grade curricular longe de ser cumprida.

O mau planejamento da Secretaria de Educação de Campos acarreta danos irreparáveis, já que a Educação é um bem indisponível e sanear os males já ocasionados pode ser quase impossível.

Como ficam as crianças e adolescentes sedentos de aprendizado, do saber e da experiência nos bancos escolares?

Retardar, interromper, ou suspender a Educação de uma criança é como deixar o aprendizado em estado de coma, até que um fato novo venha a ocorrer.

E quanto ao tempo perdido? Quem responde por isso? Provavelmente, quando essa pergunta for feita a quem de direito, ele fatalmente fechará as portas!

O ex-governador do Estado do Rio de Janeiro Leonel Brizola já declarava que a educação é o único caminho para emancipar o homem. Desenvolvimento sem educação é criação de riquezas apenas para alguns.

A educação é algo que precisa ser levado a sério sob pena de comprometermos o futuro de homens e mulheres que almejam uma vida segura e estável.

Como bem dizia a poetisa e contista Cora Coralina: ”feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.

Cláudio Andrade

2 comentários:

Anônimo disse...

A história dessa unidade é um pouco mais complicada do que se imagina, é a quarta casa que é alugada, desmembraram a escola da creche a 10 anos, todas são interditadas por não comportarem o movimento de uma creche.
O provisório vira definitivo nesse governo que transformou as creches em meros depósitos de crianças.
A promessa de uma creche modelo no bairro, não passa apenas de uma eterna promessa eleitoreira.
http://www.robertomoraes.com.br/2010/06/leitora-reclama-utilizacao-de-espaco-de.html
http://dignidadecampos.blogspot.com.br/2011/07/revoltante-professora-desabafa-e-conta.html

Anônimo disse...

Concordo plenamente com esta opinião e isto é apenas uma amostrinha de como a educação é tratada neste município,mas uma coisa tem me intrigado há tempo,o porquê da smec, o verdadeiro motivo da smec estar agora vinculada ao esporte.Repito,o verdadeiro motivo,pois as escolas ou não tem quadra esportiva,ou não tem professor de Educação Física,ou a quadra não tem cobertura.