O boato é mais forte do que o serviço prestado? No cenário administrativo dos entes federativos estamos vivenciando um momento de extrema boataria. A forma mais eficaz de acabar com carreiras promissoras tem sido a utilização da ‘indústria do boato’.
As diversas formas de ingresso no serviço público sem concurso fazem com que muitos profissionais, mesmo sendo bons em seu labor, sucumbam aos boatos. Aquele que ingressou mediante concurso possui, pelo menos, o benefício da dúvida.
Não podemos ser hipócritas ao ponto de achar que todos os boatos são infundados. Entretanto, o grande problema está na solidez dos boatos que, muitas vezes, são indestrutíveis e penalizam pessoas que, pela ausência do oferecimento do contraditório, são afastadas de suas funções.
Entendo que os chefes do poder executivo necessitam de profissionais particulares no exercício das diversas funções públicas existentes. Trata-se da fidúcia administrativa, ou seja, a relação de cumplicidade entre o chefe e aquela pessoa delegada para uma determinada função de confiança.
Mesmo assim, existem pessoas que trabalham na ‘surdina’ da administração pública difamando pessoas, destruindo serviços prestados e desqualificando profissionais. O intuito é de vingança ou de propiciar a substituição de comando.
Pior do que isso é saber que em diversas áreas da administração pública existem pessoas que prestam ao papel de delatores. Na maioria das vezes, as delações são direcionadas a determinados pontos setoriais produtivos, com a única intenção de brecar a visibilidade de uns que causam ciúmes políticos em outros.
No cenário político, essa guerra traz prejuízos particulares e públicos. O agente detonado, que acreditou em um trabalho político e administrativo, perde de forma individual, pois acreditou em um projeto de governo. No cenário público, a sua perda também é considerável, afinal, aos olhos da sociedade, o motivo apresentado para a sua saída, na maioria das vezes não causa uma boa impressão.
Enquanto isso, ordenadas ou não, determinadas pessoas vão deteriorando valiosos profissionais que, devido a sua experiência profissional, tinha muito a dar. Quem sofre com tudo isso é a sociedade que continua refém de serviços públicos vergonhosos.
Cláudio Andrade
Um comentário:
Concordo com o senhor...
Parabéns pela postagem.
Um abraço.
Eduardo Prudêncio
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