O
V Circuito Estadual das Artes traz para São João da Barra a peça teatral “Rosa”
que será exibida neste sábado, dia 10, às 19h, no Cine Teatro São João, onde o
ingresso será 1Kg de alimento não perecível. Com uma programação diversificada,
O Circuito Estadual das Artes busca promover o acesso do público a espetáculos
de teatro, dança, música e circo, exibindo produções de reconhecida relevância
cultural.
Ao
criar o Circuito Estadual das Artes, o Governo do Estado do Rio de Janeiro aponta
para a importância da participação dos municípios no processo de construção de
políticas públicas de longo prazo para a difusão da cultura. “Acessibilidade é a palavra-chave para resumir
os objetivos do projeto. Fazemos a arte circular através de espetáculos de
grande relevância para os municípios, aos quais eles talvez não tivessem
acesso”, explica Marilda Samico, Coordenadora de Artes Cênicas.
A peça - Rosa é uma senhora
judia de aproximadamente 80 anos que, durante o período de luto judaico, relembra
sua vida, como sua infância em Yultishka (cidadezinha perdida no meio da
Ucrânia, de estradas de terra batida e de casinhas minúsculas) até seus dias
atuais, em Miami Beach, na América que lhe acolheu.
Rosa também se recorda de vários outros
momentos marcantes, como sua mudança para Varsóvia, a invasão da Polônia pelos
nazistas, o sonho da Palestina, a tyerra dos antepassados, que Deus havia
prometido, sua passagem por Jerusalém, Atlantic City e Connecticut. Clandestina
num navio, em Sete, na França, Rosa também viu o mar pela primeira vez e achou
que era uma alucinação. Com leveza, emoção e uma pitada de ironia, a personagem
nos conduz para quase um século de histórias, suas e do mundo.
A diretora Ana Paz se torna invisível na
cena, deixando à atriz o papel definitivo de elaborar a idosa, com os recursos
disponíveis da atriz. Essa discreta participação, é a prova do eficiente
trabalho da diretoria diante de um monólogo, que além de seu caráter
psicológico, abrange realidades políticas e culturais mais abrangentes.
A encenação tem ainda no cenário de Hélio
Eichbauer, com sua discreta exposição de
objetos e símbolos, e na iluminação sutil de Paulo Cesar Medeiros, os
eficientes complementos da montagem em cartaz no Teatro do Leblon. Débora
Oliveiri, absoluta e íntegra no palco, se reveste da mulher judia com detalhes
que transformam a personagem em verdadeira feixe memorialístico. Num trabalho
de composição, elaborado em mínimos matizes, do desenho físico ao sotaque, Débora
costura atuação minuciosa, mas acima de tudo, sincera.
As informações são da Assecom da Prefeitura de SJB.
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