Sob suspeita de corrupção, o ex-presidente da Fifa, João Havelange, de 95 anos, pediu sua renúncia como membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ameaçado de ser condenado e expulso da entidade, Havelange optou por enviar uma carta anunciando que estava se retirando de suas funções por "problemas de saúde".
O COI passou a investigar Havelange por denúncias envolvendo a extinta empresa ISL, que vendia os direitos de TV da Fifa. Conclusões sobre o caso deveriam ser divulgadas nesta semana e um tribunal suíço teria concluído, segundo a rede britânica BBC, que Havelange teria recebido suborno. Pelas regras do Comitê Olímpico Internacional, a saída do dirigente brasileiro encerra o caso e a investigação é obrigada a ser abandonada.
Ao pedir sua renúncia do comitê olímpico, o cartola, um dos mais poderosos da história do futebol mundial, consegue evitar uma mancha em sua trajetória, com a constatação pública de corrupção nos anos em que ele comandou a Fifa com braço de ferro. Ele foi eleito presidente da Fifa em 1974, posto que ocupou até 1998 - ainda é o presidente de honra.
Mais antigo membro do Comitê Oímpico Internacional, o brasileiro passou a fazer parte da entidade em 1963, depois de ser nadador olímpico nos Jogos Olímpicos de 1936. . Mais recentemente, teve papel importante na eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016.
(Com agência Estado)
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