segunda-feira, 9 de agosto de 2010

AS MOSCAS E A ÁGUIA

Não restam dúvidas de que nós devíamos nascer para sermos Águia. Possuímos características próprias; morais, éticas e de conduta. Assim nossa formação nos destinou.

Partindo dessa premissa, na maioria das vezes, seguimos nossas vidas pautados no que achamos que seja mais correto para o desenvolvimento de nossa trajetória terrena.

Porém, é claro que a vida não é feita somente de vitórias. Os dissabores são inúmeros, mas o que nos entristece é que a maioria deles são causados pelos próprios seres humanos, travestidos de moscas parasitárias e de cunho retrógado.

Isso tem uma explicação lógica. As características essenciais ao convívio social e laborativo vêm se extinguindo em muitas pessoas, fazendo com que a relações invejosas e sem cunho coletivo façam as moscas proliferarem.

Hoje, dizer que uma pessoa vale pelo que tem é relativo, pois dependendo de com quem se relaciona, às vezes você se torna uma pessoa ‘interessante’ somente se não possuir atributos, qualidades e muito dinamismo.

Os homens-moscas possuem uma grande dificuldade em aceitar o sucesso e o progresso alheios (das Águias), como se isso fosse um afronto a sua dignidade ou a sua própria capacidade parasitária de evoluir.

Um grande exemplo disso é quando nos acontece algo de ruim. Nesse momento, não precisamos esperar muito para que os telefonemas, e-mails e cartas nos cheguem dando pêsames ou um cínico: valeu, você tentou!

Já se você obtém êxito profissional, familiar ou financeiro, as moscas começam a ‘caça às bruxas’ para saber se o acontecido tem alguma relação com o sobrenatural ou com algum apadrinhamento.

Na vida, não há nada mais forte do que o desejo. Os desejos passam pela dedicação, pelo trabalho e amor ao que se faz. Quando nos deparamos com as moscas de plantão, não devemos exterminá-las e sim, dar-lhes o que elas mais odeiam: o simples prazer de viver e laborar.

Essas moscas têm como cotidiano natural a desinformação, a mesquinharia e a desqualificação. Quando alguma Águia alcança um diferencial profissional, surge a clássica pergunta: como ela conseguiu?

Caras moscas, isso ocorre por um simples motivo: enquanto vocês, ínfimos insetos, estavam posando nos bares, nas boites, nas rodas de intrigas e nas tocas, esperando um reconhecimento divino, a Águia estava em seu ninho, tomando conta de suas idéias, de sua cultura e aprimorando a sua laboração.

Cláudio Andrade

7 comentários:

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

NOta 10, professor!
É isso aí!

Lindo!

Anônimo disse...

Prezado Cláudio

Viva como a formiga surda.

Por que formiga surda? Porque ela chega no destino que trilhou, ou seja, não consegue escutar quaisquer dos avisos dos "amigos" (você não devia ir por aí; vá por lá; por cá, etc...).

Aos moscas: que se fodam!!



Forte abraço.

Anônimo disse...

Por que você não fala claramente quem são "as moscas" e quem são as "águias" em questão?

Anônimo disse...

Adorei o texto. Parabéns. Você é inteligente...

Anônimo disse...

Belíssimo texto. Sabedoria caracteristica dos grandes mestres!!
Parabéns nobre CAUSÍDICO

Roberto disse...

Senhor Dr. Cláudio Andrade,
Gostaria de parabenizar pela produção do texto "As moscas e a águia" que demonstra a realidade de Campos dos Goytacazes!
Avenida Pelinca...principalmente na rua da lagoa... acima da ione podemos encontrar um mosquedo!

Anônimo disse...

Por falar em moscas (seres abjetos, indispensáveis à cadeia alimentar, que povoam o território físico e a sensível imaginação das pessoas) já é tempo, nobre e valoroso causídico, das autoridades locais enfrentarem com efetividade e eficácia a questão que envolve uma das principais causas de proliferação de um “voador” próximo (tão parasitário e tão inseto quanto aqueles de sua postagem, embora não tão indispensável à cadeia alimentar): o aedes aegypti. O momento atual exige que a representação jurídica local, a quem se empresta o nome de Procuradoria Municipal, mobilize a Justiça num grande MUTIRÃO, justamente para que as áreas abandonadas (terrenos e construções), onde os conhecidos transmissores fazem ninho, em berço esplêndido (e são inúmeras estas áreas, dentro e fora do perímetro urbano), sejam expostas, franqueadas e verdadeiramente atendidas pelos laboriosos agentes da saúde. O MUTIRÃO deve ser acordado com os dirigentes do Poder Judiciário (lá na Capital), como meio de enfrentar, sem intermediários (os donos desses locais abandonados), essa calamidade que se abate sobre todos, inclusive sobre aqueles que podem e devem promover as soluções cabíveis e indispensáveis. QUEM SABE ASSIM, AS LIMINARES, TÃO VULGARIZADAS E BANALIZADAS NOS CORREDORES PRETORIANOS, NÃO POSSAM TER A UTILIDADE E A DESTINAÇÃO QUE A LEI VERDADEIRAMENTE LHES EMPRESTA ? Abraço forte, e não fique preocupado com as moscas ! Elas existem, na forma de fósseis; em suspensão, nos frascos de formol; espetadas, nas amostras que noticiam a evolução da espécie, e, também, muito vivas e robustas a sobrevoar excrementos e fezes. Um fato, porém, é indiscutível, não percamos de vista que esses serem existirão sempre em todo e qualquer lugar onde estivermos e para onde formos, com um detalhe : deles jamais conseguiremos nos livrar se não decidirmos o contrário...