domingo, 2 de maio de 2010

ACADÊMICOS DE MEDICINA RESOLVEM PARARLIZAR SERVIÇOS

Em Reunião Extraordinária realizada no dia 28/04/2010 (quarta-feira) no Anfiteatro Jair Araújo Júnior, na Faculdade de Medicina de Campos, nós, alunos de Medicina, decidimos por unanimidade, realizar uma paralisação por tempo indeterminado dos estágios extra-curriculares realizados em todos os hospitais e postos de saúde da Prefeitura de Campos. Ficou-se decidido que, somente através da Normatização por parte do município baseada em resoluções do CREMERJ (158/00, por exemplo) e do MEC, teremos respaldo jurídico para exercer os estágios práticos de forma legal e harmônica nos estabelecimentos de saúde que desejam receber alunos de Medicina.
É importante ressaltar que nós, Acadêmicos, estamos conscientes que o estágio prático sempre deve ter uma orientação e acompanhamento de um profissional habilitado. De acordo com o art. 2º da resolução N. 158/00 do CREMERJ. “Os médicos responsáveis pelo acompanhamento dos estágios terão a denominação de acompanhadores, sendo indispensável a sua presença permanente nos locais das atividades.”
Chegamos à conclusão de que, o DECRETO Nº 078/2010, divulgado no Diário Oficial da Prefeitura Municipal de Campos no dia 19 de Abril de 2010, e que
Regulamenta atuação de acadêmicos de medicina, em estágio ou atividades extracurriculares e curriculares, nos hospitais, postos de urgência e unidades básicas de saúde do Município, não foi baseado em resoluções do CREMERJ e/ou do MEC sobre os estágios extra-curriculares do curso de Medicina.
A paralisação servirá não apenas para ressaltar a importância Bilateral da relação Acadêmico-paciente, mas também para reinvindicar que a normatização e decretos que porventura venham a ser publicados sejam feitos de forma mais clara, com uma maior discussão com toda a sociedade e órgãos responsáveis pela saúde.
Vale a pena ressaltar que demonstramos solidariedade ao acadêmico envolvido numa denúncia de exercício ilegal da profissão uma vez que o mesmo encontrava-se perfeitamente assistido no Posto de Saúde, tendo, inclusive, uma carteirinha confeccionada pela Fundação João Barcelos Martins autorizando o estágio em seu poder no momento.
Além disso, ressaltamos que somos veementemente contra qualquer tipo de atitude por parte de acadêmicos que porventura atendam em locais sem a presença de um orientador médico.
Nós não somos acadêmicos. Nós ESTAMOS acadêmicos.
Christiano Manta de Carvalho Barreto– Presidente do Diretório Acadêmico Luiz Sobral da Faculdade de medicina de Campos (Gestão 2010)
Fonte: Blog Herval Jr

5 comentários:

Anônimo disse...

Ao aluno Christiano Manta de Carvalho Barreto– Presidente do Diretório Acadêmico Luiz Sobral da Faculdade de Medicina de Campos.

Com a permissão do Dr. Claudio Andrade, homem público do BEM tento falar-lhe alguma coisa sabendo ser você porta-voz de seus colegas.
A atitude dos acadêmicos pararem suas atividades a meu ver não consegue sensibilizar Governo , nem a Classe médica e nem a própria faculdade, onde são oriundos( a consquência pior recairá sobre os pacientes). Entendo a revolta dos universitários por uma série de acusações da comunidade porém,o serviço que vocês prestam são fundamentais e o "feed back " oportuno no processo ensino aprendizagem.Talvez, o que precise é uma ajuste nas concepções de atendimento e, para os próprios acadêmicos a não "obrigatoriedade" de tirar plantões para os médicos escalados nos hospitais e postos de atendimentos. Se houver algo errado no resultado dos procedimentos feitos nos pacientes, com certeza, o acadêmico levará a culpa, muito embora para se justificar erros médicos nada "melhor" do que atestar causa mortis: insuficiência respiratória,parada cardíaca, falência múltipla dos órgãos. É grave a situação mas, é pertinente. Gostaria de sugeri-los um encontro coletivo desde a Direção de sua Faculdade, com o Governo Municipal( e que esse arque com seus erros graves também, como falta de material, infraestrutura, alimentação etc), as Direções dos Hospitais públicos e postos de atendimento para que se chegue a um denominador comum. Sou da área médica e espero que tudo isso fique resolvido o mais rápido possível porque o doente é quem sofre, é quem agoniza e, quem menos recebe em momentos tão drásticos de suas vidas.

Anônimo disse...

Ao aluno Christiano Manta de Carvalho Barreto– Presidente do Diretório Acadêmico Luiz Sobral da Faculdade de Medicina de Campos.

Com a permissão do Dr. Claudio Andrade, homem público do BEM tento falar-lhe alguma coisa sabendo ser você porta-voz de seus colegas.
A atitude dos acadêmicos pararem suas atividades a meu ver não consegue sensibilizar Governo , nem a Classe médica e nem a própria faculdade, onde são oriundos( a consquência pior recairá sobre os pacientes). Entendo a revolta dos universitários por uma série de acusações da comunidade porém,o serviço que vocês prestam são fundamentais e o "feed back " oportuno no processo ensino aprendizagem.Talvez, o que precise é um ajuste nas concepções de atendimento e, para os próprios acadêmicos a não "obrigatoriedade" de tirar plantões para os médicos escalados nos hospitais e postos de atendimentos. Se houver algo errado no resultado dos procedimentos feitos nos pacientes, com certeza, o acadêmico levará a culpa, muito embora para se justificar erros médicos nada "melhor" do que atestar causa mortis: insuficiência respiratória,parada cardíaca, falência múltipla dos órgãos. É grave a situação mas, é pertinente. Gostaria de sugeri-los um encontro coletivo desde a Direção de sua Faculdade, com o Governo Municipal( e que esse arque com seus erros graves também, como falta de material, infraestrutura, alimentação etc), as Direções dos Hospitais públicos e postos de atendimento para que se chegue a um denominador comum. Sou da área médica e espero que tudo isso fique resolvido o mais rápido possível porque o doente é quem sofre, é quem agoniza é , quem menos recebe em momentos tão drásticos de suas vidas.

Unknown disse...

Olá. Peço desculpas pela demora em postar meu comentário, mas como vcs devem saber, ando muito atarefado tentando resolver esse imblógio que se tornou esse assunto de paralisação e normatização. Inclusive não ando tendo tempo nem de fazer o que mais gosto, que é frequentar minhas aulas do internato e estudar minha grande paixão que é a Ortopedia-traumatologia.A questão sobre a paralisação se fez, principalmente depois do risco que nós, internos, estamos passando após a resolução da prefeitura (e que cito em minha Nota no site do DALS). O risco é de prisão! É de sofrermos um processo na justiça antes mesmo de termos o nosso CRM. Acompanhar/atender com supervisão um atendimento nos hospitais municipais de Campos, hoje, significa ter medo! A paralisação não foi motivada para prejudicar ninguém. Ela foi proposta para nos precaver de possíveis punições e processos judiciais. Cremos que o diálogo sempre é a melhor saída. Estamos à procura desse diálogo. Mas, não é nada fácil! Só com a mobilização e discussão democrática chegaremos a um denominador comum. E, desde já, digo que somos, talvez, os maiores interessados em resolver a questão.
Estamos Acadêmicos hoje. Seremos Médicos amanhã. Nossa postura hoje pode significar não só um melhor apredizado prático futuro, mas também uma maior conscientização de uma profissão que se caracteriza por lidar com todos os tipos de questões éticas, biológicas e sociais, que é a medicina.
Espero ter deixado claro o porquê desse tipo de atitude. Estou à disposição! Um grande Abraços!
CHRISTIANO MANTA DE CARVALHO BARRETO- Presidente do DALS gestão 2010

Anônimo disse...

Oi, Christiano, não tenha receio de que vocês não terão suas carreiras manchadas e nenhum de vocês será preso porque antes disso tem muito médico que deverá ser arrolado.Sabemos que os erros médicos, as omissões de socorro e outras situações mais são acobertados de toda maneira mas, não há como esconder quando o caso é gritante e de domínio público. Voltem para os hospitais, se imponham mais e, deixe o Governo ser sacudido pela inoperância e desinteresse.

Anônimo disse...

Concordo plenamente com o Christiano.
Estamos em busca do que nos deveria ser oferecido por direito: o conhecimento prático, o manejo do paciente na emergência, coisas que só aprendemos praticando a medicina. E ninguém aprende sozinho, precisamos realmente dos nossos tutores médicos que nos auxiliam nessa busca do conhecimento prático.Porém a nossa autonomia no atendimento(sempre sob supervisão), deve ser considerada. Só observar não adianta, precisamos aprender como estabelecer uma relação médico paciente adequada, sendo assim a nossa prática torna-se algo fundamental. Foge do meu entendimento situações como essa onde é preciso reivindicar pra se ter conhecimento, estamos lutando por nosso aprendizado. Pelo menos uma coisa estão nos ensinando muito bem, como não se deve administrar uma cidade.É mt fácil querer mostrar serviço, através dessa "preocupação" com a população. Se alguém tivesse o mínimo de consideração pela saúde da população estaria promovendo melhorias para os hospitais. Os materiais não são suficientes, os que têm geralmente são de péssima qualidade.Os Hospitais estão sucateados.O atendimento ambulatorial é cada vez mais precário, os pacientes não conseguem marcar suas consultas.Isso leva há um maior fluxo se pacientes na emergência.Nossa atuação além de aprendizado, tb visa o bem estar do paciente,da população que procura o serviço de emergência.Mas somos vilões por querer ajudar.Realmente nossos governantes estão muito "preocupados" com a saúde e a população!!