domingo, 16 de agosto de 2009

NADA A VER COM A FÉ.

O assunto que foi destaque durante toda a semana, trata-se das denúncias apresentadas pela Rede Globo de Televisão, pautadas em um parecer do Ministério Público de São Paulo ,contra a Rede Record de televisão.
Segundo reportagens publicadas pelas organizações Globo, a Igreja Universal vinculada à Record e alguns de seus diretores, são denunciados por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A luta da Rede Globo contra a Record já teve outros fatos marcantes. No ano de 1992, Brasília estava em polvorosa e no ápice da crise do governo Collor. No dia exato da prisão de Edir Macedo, foi as bancas uma edição da revista Veja, em que Pedro Collor de Mello fazia inúmeras revelações contra Paulo César Faria. Mesmo assim, na segunda-feira, 25 de maio, a manchete era a prisão do Bispo.
Segundo especialistas, naquele momento, a Globo adotaria uma linha editorial contrária a Edir Macedo e que perdura até os dias de hoje.
A Rede Globo sempre foi uma potência em comunicação. Sua força como veículo informativo se deve em grande parte, a dependência do brasileiro em relação à televisão.
O Brasil é um país com raízes de dependência fortíssima com a televisão. As novelas retratam bem isso. O brasileiro é um povo que nunca foi incentivado na busca por meios diversificados de cultura. Cinemas e teatros por exemplo, não são procurados pela massa. Isso se deve a falta de cultura, bem como na inviabilidade econômica. Nesse ponto, as novelas ditam as condutas sociais e éticas de seus telespectadores.
A luta entre a Globo e a Record não tem nada haver com Deus, Jesus ou com a fé de cada brasileiro. Ela se funda no desejo quase mórbido de supremacia de comunicação.
O grande receio da Globo é ter inviabilizada posições nunca dantes estremecidas em seu sistema. Uma das posições passíveis de serem abaladas, é a política. A Rede Globo sabe bem que a delegação ou título de mandatário de estruturas eclesiáticas é de suma importância na composição do capital político dos atores evengélicos.
Na legislatura 1997/2000 para vereador do Rio de Janeiro, pode-se observar o fenômeno da Iurd.

Verônica Costa do PL- 36.961 votos- IURD
Jorge Brás PPB- 29.275 votos- IURD
Liliam Sá de Paula- 26.081 votos- IURD
Aloíso Freitas PTB-25.446 votos- IURD
Paulo Mello- PMDB- 21.271 votos- IURD
Monteiro de Castro- PPB- 20.983- IURD
Edmilson Dias- PT- 13.063-IURD

A Rede Globo também possui seus agentes políticos nas diversas casas legislativas entretanto, não utiliza a religião. Patrocina sua velada rede política, através da informação direcionada. A força televisiva é a sua maior fonte de barganha.
Processos judiciais não são exclusividade da Rede Record. Todos os meios de comunicação possuem as suas lides, entretanto, não há que se confundir procedimentos judiciais de apuração com condenação. Coisas distintas.
Os evangélicos devem manter distância dessa luta mercadológica. Os índices televisivos dos mais importantes canais abertos do país não deve repercurtir na fé de seus seguidores.

Cláudio Andrade.

6 comentários:

Carlos Cunha disse...

O fato é:
O tiro da globo saiu pela culatra, hoje durante cultos em todo país podemos ver que o modo com que ela agrediu a Record respingou em todos evangélicos, e já está claro qual o interesse da Globo.
Só que ela além de mexer com quem não devia, mexeu com a fé de milhões de pessoas que falam claramente em boicote ao canal.

Anônimo disse...

Fala sério. Eu detesto a Rede Record, há anos que ela imita a Globo em tudo. Todos os programas são "clones" da Globo. Claro que a Globo se sente ameaçada e não quer perder a audiência, mas falar que a Globo ataca os Evangélicos, isso é mentira. A Record está apelando e pedindo que seus fiéis (da Universal) boicotem, isso sim.

Anônimo disse...

A Rede Globo mexeu com a pico-de-jaca

Thiago Viana disse...

...
A luta entre a Globo e a Record não tem nada haver com Deus, Jesus ou com a fé de cada brasileiro. Ela se funda no desejo quase mórbido de supremacia de comunicação....
....
Os evangélicos devem manter distância dessa luta mercadológica. Os índices televisivos dos mais importantes canais abertos do país não deve repercurtir na fé de seus seguidores...


Nesses últimos dias não consegui achar nas conversas ou na internet tanta sabedoria como esse post.

Dr. Cláudio, com certeza você conseguiu ir no epicentro do problema, pois a questão é puramente guerra de mercado.

Evangélico que se preza prega Jesus Cristo, o Salvador do Mundo, e coloca a guerra entre globo e record nas mãos de DEUS, que é quem vai julgar a atitude tanto de globais como dos líderes da IURD/Record.

Parabéns!!! Que Deus honre sua vida e seus projetos!!!!

Thiago Viana disse...

...
A luta entre a Globo e a Record não tem nada haver com Deus, Jesus ou com a fé de cada brasileiro. Ela se funda no desejo quase mórbido de supremacia de comunicação....
....
Os evangélicos devem manter distância dessa luta mercadológica. Os índices televisivos dos mais importantes canais abertos do país não deve repercurtir na fé de seus seguidores...


Nesses últimos dias não consegui achar nas conversas ou na internet tanta sabedoria como esse post.

Dr. Cláudio, com certeza você conseguiu ir no epicentro do problema, pois a questão é puramente guerra de mercado.

Evangélico que se preza prega Jesus Cristo, o Salvador do Mundo, e coloca a guerra entre globo e record nas mãos de DEUS, que é quem vai julgar a atitude tanto de globais como dos líderes da IURD/Record.

Parabéns!!! Que Deus honre sua vida e seus projetos!!!!

Anônimo disse...

O problema realmente é financeiro, e trata-se de uma guerra comercial.
O capital que a Record possui hoje, pode tirar da Globo, além de alguns eventos que eram tidos como de exclusividade, mas também os seus patrocinadores, como por exemplo o Campeonato Carioca, Paulista, um Brasileiro, ou Libertadores, e até mesmo a Fórmula Um. Isso sem falar de outros esportes.
O índice de audiência da Globo, faz com que ela determine o preço e as empresas paguem. Mas ela também exige exclusividade, desse modo, não sobraria nada ou grande coisa para as emissoras concorrentes. Isso é uma briga antiga de mercado. E já foi matéria da Revista Publicidade e Propaganda, de muitos anos atrás.