segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Um líder em separações e desprovido de valores materiais



O Deputado Federal Anthony Garotinho é um político de renome nacional. Seu prazer pela política partidária e a sua reconhecida vontade de trabalhar em busca dos seus objetivos é inegável. Tal esmero pode ser constatado com os vários cargos que ocupou e também aos inúmeros candidatos que ajudou e outros que elegeu de forma literal. 

O artigo em comento possui o condão de abordar duas características, ao meu sentir, negativas do ex-governador do Estado do Rio de Janeiro. A primeira delas se refere a sua necessidade em dizer, chegando às raias do desespero algumas vezes, que é totalmente desprendido de desejos materiais. 

Para o ex-prefeito de Campos dos Goytacazes, aquele empresário, empreiteiro ou político que possui uma casa de luxo, isso mesmo, de luxo, é passível de desconfiança, como se o crescimento econômico de alguém fosse um pecado mortal aos olhos da grande massa de desvalidos existente no Brasil e óbvio em nosso município. 

O discurso anti bens é uma tática para se manter no ‘povo’. Trata-se de uma ação para demonstrar aos assalariados ou aqueles a baixo da linha da pobreza que os 'castelos', a mesa farta e a bonança é coisa dos malfeitores. Ele, político, mas desprovido, vive ali, na terra molhada, junto ao suor do trabalhador e dali, nunca sairá, mesmo avançando em seus objetivos. 

Todavia, surge uma indispensável pergunta que acho necessária: o nobre parlamentar já perguntou ao povo, seu pseudo eleitorado, se os mesmos preferem à vida que levam ou olham com desejo o conforto, o salário digno, o natal cheio de presentes e os filhos escolarizados? Preferem os programas sociais em detrimento a uma carteira de trabalho assinada? 

Partindo do princípio de que através do trabalho e dos incentivos do Poder Público podemos adquirir uma qualidade de vida melhor, qual dos seus eleitores, nobre deputado prefere a casa cheia de água nas enchentes do verão em detrimento ao conforto de um lar seguro, estável e longe dos riscos de contaminação por cólera ou dengue? 

O fato de ser um político que trabalha para atrelar-se ao menos abastados, não confere ao ex-prefeito de Campos o direito de passar a idéia inverídica de que há uma divisão intransponível entre pobres e ricos sendo o primeiro mau e opressor e o segundo desvalido e sempre oprimido. . 

Outra questão fartamente alardeada pelo nobre parlamentar se refere aos inúmeros desafetos que ele acumulou ao longo de sua carreira. Para ele não são desafetos e sim traidores. São homens e mulheres que por não seguir as suas diretrizes passam, do dia para a noite de amigo de mesa a inimigo mortal. 

Ao meu sentir, o nobre deputado já com mais de cinqüenta anos, passou da hora de explicar aos seus eleitores e ao público em geral que o que ele chama de traição, nada mais é do que a própria política em si com suas inúmeras variáveis, salvo no caso daqueles condenados com sentença transitada em julgado. Será que ao impor para alguns a sua linha de raciocínio ou diretriz política e não aceitar o contraponto, não seria ele, o agente desagregador? 

Aqueles vereadores, por exemplo, que hoje estão na base do governo Rosinha, estão ao lado do Garotinho somente por idolatria? Caso o modo de fazer política em nosso município fosse à discussão de idéias em detrimento a vinculação de apadrinhados, os nobres edis não seriam mais livres? 

Não estou aqui esgotando o assunto, mas fica a minha contribuição ao debate.

Cláudio Andrade
"Minha amiga dona de casa, meu irmão trabalhador", eu adoro Búzios.

9 comentários:

Ricardo disse...

Parabéns, por seu texto nobre advogado, é a pura verdade, realmente esta pergunta ( Você prefere programas sociais do R$ 1 ou um emprego digno para manter sua familia, com conforto, saúde, educação, etc. ? ) faço a vários campistas há muito tempo, simplesmente todos sabemos que Garotinho e sua " intéprida trupe " mantém de fato o chamado " miserável "; prática histórica do populismo hipócrita, porém, nossa população precisa acordar, lembre-se de que o mesmo na eleição de 2004 falou que elegia até um poste na cidade, é isso aí caro Cláudio Andrade, mais uma vez, parabéns por sua colocação...!

Anônimo disse...

O que você chama de vinculação de apadrinhados? Seriam os vereadores governistas bafejados com as obras e outras iniciativas da prefeita para agradá-los em suas bases eleitorais? Ora, se forem eles (os vereadores) não há nada de apadrinhameto,mas o cumprimento de compromissos programáticos entre aquele que governa e o que lhe dá sustentação através do voto na Câmara Municipal.

Anônimo disse...

Senhor Cládio Andrade, há muitos políticos em nossa cidade que já provaram pelos longos anos de militância não possuírem nenhuma densidade eleitoral, muitos destes chamados de políticos "catapora", ou seja, detentores apenas de um mandato. Uma vez no ostracismo, alimentam-se, de frustrações, recalques, ressentimentos, etc...reaproxima de Garotinho objetivando ressurgirem qual fênix. Mas tudo tem seu preço.
Sugiro ao nobre blogueiro independente lançar seu nome para prefeito de Campos. Tenho certeza que sua presença no páreo elevara o tom dos debates políticos. Talvez possas vencer sem a unção do referido parlamentar, e fazer história em nossa cidade.
Pense nisto...

Mariangela disse...

De alguns anos para cá, depois que a política virou PROFISSÃO, antes não era, essa máxima sempre estará em evidência: " EM POLÍTCA NÃO EXISTEM AMIGO; E NEM INIMIGOS, EXISTEM SIM, INTERESSE". o interesse é claro, nessa relação., o prefeito precisa de maioria na camara de vereadores para aprovar suas matérias, já os vereadores precisam, desses prefeitos, para conseguir $$$, para suas diversas finalidades. A ideologia, foi pro espaço, vemos um mercantilismo escanacarado nessa união. é o chamado: "toma lá, e me da cá"

Por isso essa grande troca de partidos, de aliados políticos, que presenciamos em nossa política local. O casal da Lapa, desde a campanha eleitoral de 2008, falou de "Deus e o mundo" s vezes com certa razão, e agora o que vemos, são todos juntos, por iniciativa desse mesmo casal da Lapa.

Agora o primeiro damo, chamar ex-aliados de traidores, é inaceitável. Pois na vida, nas relações humanas tem que existir, o contraditório, as divergências de idéias, isso estimula o debate e melhora a qualidade de tudo. Uma mente pensa bem, mas duas ou mais pensam muito mais.

Sabemos ainda que "toda unaminidade é super burra", e não devemos ser mariontes nas mãos, daquele que se acha o dono da verdade, quando na verdade tanta coisa já fez de errado, e inclusive ainda continua a fazê-lo.

Silvio disse...

Um dia, o Sr. Anthony me disse que prefere aliados que assim se portam, por ambição do que por amor. Segundo ele, os que eswtão com ele por amor, pode no futuro, deixar de amá-lo e irá abandoná-lo. Já os que estão ao seu lado por ambição, enquanto ele estiver com o poder, esses jamais o largarão. E completou: se não estiver mais no poder, para que vai precisar de aliados! Tem lógica!

Arthur Vivaqua disse...

Entendo seu ponto de vista, mas acho que seu texto perdeu a lucidez em alguns momentos.
Pareceu-me mera "forçação de barra" para edificar suas antipatias.

Anônimo disse...

Dr Claudio o garoto é vingativo, e quem com ele não ajunta, ele mata!
O problema é que enquanto o povo não adquire esclarecimento e uma formação de educação boa, vai sempre depender de esmolas destes políticos como ele para viver, pelo menos do mínimo!

Anônimo disse...

Dr Claudio, para mim, bem pior é a Prefeita Machado, de São João, que vive rondando a sociedade campista, fazendo de tudo pelo glamour. Agora ontem, no show no em Atafona estava trajada como uma popular, e pior, fazendo de tudo para aparecer em ano eleitoral. Essa tem 2 caras, tira o povo de bobo.

Anônimo disse...

Um líder mentiroso o senhor quer dizer?!