o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu criar regras mais rigorosas para a contratação de novos magistrados. A medida foi tomada depois de dezenas de denúncias de desvio de conduta de juízes e fraudes em concursos para a carreira chegaram à instituição. A partir de agora, mesmo depois de aprovados em concurso público os candidatos serão obrigados a frequentar um curso preparatório para a profissão e só poderão tomar posse no cargo se forem aprovados nas avaliações com média seis, no mínimo.
A medida visa a unificar o processo de seleção de novos juízes em todo o Brasil. O curso será a última das seis fases do concurso - que, além de mais extenso, será mais difícil. Atualmente, cada estado e cada ramo do Judiciário tem regras próprias para a realização de concursos. A falta de unificação vem gerando denúncias de fraudes nos processos de seleção. O último concurso para o Tribunal de Justiça do Rio, por exemplo, foi alvo de investigações do CNJ, com suspeita de vazamento de gabarito e de facilitação na aprovação de parentes de desembargadores.
A resolução com as medidas será publicada segunda-feira e submetida a consulta pública até 7 de abril. Até junho, o texto final entrará em vigor.
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