domingo, 1 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO DE SAÚDE DE CAMPOS.



Folha da Manhã - Antes de entrarmos na Saúde, falemos sobre sua composição na chapa de Rosinha, que acabou não ocorrendo por decisão do DEM. Como foi isso?

Paulo Hirano - Nós éramos ligados ao antigo PFL, o DEM, e naquele momento tivemos o honroso convite da governadora Rosinha para que compuséssemos com ela a chapa. Muito honrosamente, nós aceitamos, mas por interesse da executiva nacional, o diretório municipal foi destituído e houve um impedimento legal da nossa participação. Seria o momento de resgatar o partido até em nível estadual, o que infelizmente não houve. Mas assumimos um compromisso moral com a governadora: continuar na sua campanha, mesmo sem ser nada. Naquele momento eu me desliguei do partido...

Folha - E continua sem partido?
Hirano - Eu não tenho partido político nenhum, desde a época que me desfiliei para seguir na campanha, em julho, agosto...

Folha - Até que Garotinho defina se vai para o PSDB ou PTB?
Hirano - (Risos) Quem sabe? Vamos ver o que vai acontecer, PTB, PSDB. Ou até vai ficar mesmo no PMDB.

Folha - No PMDB, não há cacique demais?
Hirano - O PMDB tem essas característica. Você vê tem o PMDB do Nordeste, o PMDB de São Paulo, o PMDB de Brasília, do Quércia, do Cabral, do Garotinho, do Sarney. Não se pode desprezar, hoje, a figura do governador, que é realmente um político...

Folha - O governador Sérgio Cabral?
Hirano - O governador Garotinho, ex-governador Garotinho. É que a gente acostuma a chamar de governador, como eu chamo Rosinha até hoje, nossa prefeita, de governadora.

Folha - Algumas pessoas, como você, Chicão (o vice-prefeito Francisco de Oliveira), Eraldo (Bacelar, secretário de Desenvolvimento Econômico) foram escolhidos para tentar aproximar o grupo de Garotinho da classe média, mais concentrada na 98ª e 99ª zonas eleitorais, onde a diferença de 2004 e 2006 caiu, mas ainda com vitória de Arnaldo em 2008. Acha que, na próxima eleição, vocês conseguem ganhar?
Hirano - Eu acho que o que norteia toda a nossa atuação é aquela vontade de fazer e são todos que vem da iniciativa privada; nunca atuamos na área pública. Mas, primeiro: existe um norte do governo. Nós ficamos, durante duas semanas, discutindo exaustivamente o planejamento estratégico do nosso governo.

Folha - Tanto o Orávio, quanto o Eraldo já falaram desse plano estratégico, em entrevistas anteriores. O Eraldo disse que ficaria pronto no fim de janeiro, início de fevereiro. Estamos no dia 28 (quando a entrevista foi feita). Já está pronto?
Hirano - Já está pronto, só falta ser impresso. Acho que no início do mês, agora, ele sai. Existem alguns ajustes apenas nos prazos de alguns projetos. Por exemplo, a gente imaginava que no início do governo, iríamos implementar o PSF, o que não aconteceu por questões legais e do próprio governo federal, já que o ministério da Saúde não veio para intervir, como nós solicitamos.

Folha - Antes da entrevista, você disse que teve uma reunião, em dezembro, no ministério da Saúde, em Brasília, e que deveria ter outra, em 12 de fevereiro, novamente lá, acompanhando Rosinha num encontro de prefeitos.
Hirano - Tive uma, no período de transição, em dezembro. Estamos tentando agora, em fevereiro, na reunião de Rosinha. A gente está tentando um agendamento.

Folha - O que você propôs nessa primeira reunião e o que vai propor, caso consiga essa outra?
Hirano - Eu propus uma intervenção do governo federal, primeiro para romper com o bloqueio da Justiça, com a dificuldade em relação à questão judicial. Porque assim, ele estaria isento, vamos dizer assim, das mazelas da estrutura anterior, das supostas manipulações. Nós vamos precisar de 70 pólos inicialmente, queremos atingir 100 daqui a um, dois anos.

Folha - Quantos pólos tem o PSF, hoje?
Hirano - São 56 pólos do PSF. Está tudo parado, todos fechados, sendo arrombados, dilapidados. Vamos reativar inicialmente os que já existem, fazer um deslocamento necessário dentro dessa nova logística de distribuição. Alguns não vão retornar, aqueles que estão com postos de saúde próximos, então a gente vai capilarizar mais isso aí. Começamos com esse número já existente e ampliaremos conforme as necessidades e as estratégias definidas na seqüência do governo.

Folha - Assim que o PSF for reativado, quem seriam as pessoas que começariam a trabalhar? As que já estavam?
Hirano - Temos que fazer uma reavaliação do modelo, que foi suspenso por irregularidade. Nós temos que regularizar todos os procedimentos. O modelo estava distorcido.

Folha - Em relação às denúncias de irregularidades no governo passado, não só quanto ao PSF, mas as que todo dia vêm sendo feitas, numa dosagem homeopática aparentemente pensada, não acha que chegou a hora do governo Rosinha fazer, no lugar de denunciar? Não que as denúncias não tenham que ser apuradas, mas, após um mês, não já caiu a ficha de que vocês agora são governo, não mais oposição?
Hirano - Eu digo a você que a ficha caiu no dia 1º de janeiro. Nós saímos da posse, pegamos um momento da enchente, com Três Vendas embaixo d’água. Saímos da praça do Liceu, a prefeita disse: "Olha eu quero agora convocar o Dr. Paulo Hirano, o Tom Zé (José Carlos Petrucci), de Obras, a Joilza (Abreu), da Ação Social. Nós vamos agora a Três Vendas, porque eles estão no desespero". Nós fomos pra lá, à noite, para ver o que era preciso ser feito naquele momento, com todo mundo sem luz, sem comida, sem nada. No outro dia, já tinha equipe médica lá, alimentação e água para o pessoal. Quer dizer, foi todo mundo. Esse foi o start.

Folha - A presença física da prefeita é uma mudança positiva em relação a Mocaiber. Basta?
Hirano - Não só a presença, mas eu diria a ação; a ação, mesmo.

Folha - Mas a noção geral é de que é um governo muito mais voltado às denúncias, inclusive estimulando-as, do que às ações.
Hirano - Eu diria a você outra coisa. Eu daria a você uma outra leitura disso. Com toda sinceridade, não é porque estou participando do governo, estou falando das ações propositivas, eficazes que estão acontecendo em todos os níveis. Pegamos um momento crítico da nossa cidade, em que está tudo dilapidado. Se você entrar nos postos de saúde, você fica horrorizado. A gente reabriu um posto lá em Sapucaia, fechado há mais de seis meses. Reabrimos em 48 horas, por determinação dela. Montamos uma força-tarefa e reabrimos.

Folha - Você disse, como Eraldo e Orávio, que o plano estratégico vai definir prazos. Porém, alguns estão estabelecidos já no programa de governo. Sobre os postos de saúde, por exemplo, está prometido que "a curto prazo farão a coleta do exame laboratorial básico (sangue, fezes e urina), que será realizado num laboratório central". Após um mês, a promessa de "curto prazo" já foi cumprida?
Hirano - Em alguns pontos. A gente tem unidades básicas, unidades básicas que são 24 horas e as unidades centrais que são os dois grandes hospitais (Hospital Ferreira Machado e Geral de Guarus). O que nós temos de projetos aí? De criar os pólos de coletas de sangue, mas não em todos os postos. Em princípio a gente vai criar pólos regionais, à distancia. Por exemplo, vamos colher lá em São José, pegando a Baixada, ou então vamos colher lá no Farol. Então a gente já está mapeando isso e tenho certeza que, dentro de 30 dias, vamos estar colhendo sangue nos postos.

Folha - Mas como no projeto não há nenhuma distinção na promessa, ela não teria que ser cumprida em todos?
Hirano - Não, até porque não há necessidade. Veja só, primeiro que isso se torna operacionalmente in-viável. Pra colher em 75 postos, a questão de logística de transporte disso tudo é complicada.

Folha - Se é complicada, então porque foi prometida? E que "laboratório central" será esse?
Hirano - Será o Hospital Geral de Guarus, que tem melhor laboratório do estado do Rio de Janeiro instalado, não operante.

Folha - Não funciona?
Hirano - Opera com 30% da sua capacidade. Mesmo com as infiltrações que estão comprometendo toda a estrutura do hospital, ele tem uma capacidade instalada muito alta, só que faltam insumos, por exemplo. A gente está aí, frente a uma epidemia de dengue, que cria a demanda de uma bateria de exames que é feita num paciente com suspeita de dengue. Então, eu teria que ter lá o kit da sorologia, mas não tenho. Estamos tendo que adquirir isso tudo, mas aí você entra na questão pública, que torna a licitação necessária. Isso vai emperrar um pouco as ações de curto prazo.

Folha - Distinto da promessa, quantos desses 75 postos, então, vão fazer a coleta?
Hirano - Devemos começar com a coleta em 10 postos, agora, no início.

Folha - E a meta é de se chegar a quantos?
Hirano - Se pudermos a 50% no primeiro ano, no máximo em um ano e meio.

Folha - E quantos ao fim dos quatro anos?
Hirano - No mínimo 80% deles. A gente quer chegar a 80% de atendimento pleno na Saúde. Mas isso vai depender dessa necessidade efetiva, porque na verdade o que a gente quer é transformar em pólo, nós queremos ter pólos regionais.

Folha - Serão os distritos sanitários que também estão no projeto, com promessa de terem laboratórios próprios "em médio prazo"?
Hirano - Exatamente. Em primeira instância a gente teria quatro pólos.

Folha - Onde?
Hirano - Um para a região norte, outro na região da Baixada, um terceiro para o Farol e o último em Ururaí.

Folha - E quando esses laboratórios serão instalados?
Hirano - Diria que em cerca de seis meses a gente vai estar criando a coleta, com os distritos sanitéiros funcionando já com laboratórios próprios em dois anos.

Folha - E a rede de saúde, com meta projetada em 70 equipes até 2010 e 100 até 2012, cobrindo "toda a população do município"?
Hirano - Isso depende do PSF. É imperativo ter o PSF em pleno funcionamento para a gente poder montar essa rede comunitária de saúde.

Folha - Com competência, a campanha de Rosinha identificou na Saúde uma das principais demandas do campista. Agora, prometer "cobrir, num prazo máximo de dois anos, 100% da população no atendimento primário e secundário e acesso imediato ao terciário, de alta complexidade" não é ousado demais? Falando sinceramente, é exeqüível?
Hirano - É ousado, e só ousadando é que a gente pode realizar os sonhos, os desejos. Essa que é a condição do grupo todo. Mas, veja bem, nem no melhor hospital particular do mundo, nós nunca vamos conseguir a satisfação plena do paciente.

Folha - Mas satisfação é algo subjetivo, variável de pessoa a pessoa. A promessa objetiva não é pela satisfação, mas pelo atendimento pleno de toda a população, no prazo de dois anos. Dá para cumprir?
Hirano - Eu acho que conseguimos, muito embora eu volte a repetir que o PSF terá uma importância muito grande nisso aí, pois o trabalho de prevenção diminui a demanda do nível secundário e terciário.

4 comentários:

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Eitaaaaaaaaaaaa Seu dotô Hirano!!!! É disso que o povo gosta!

Apesar das ironias da Folha, podemos ver que você não caiu no buraco.
É isso aí!!!!
Seu, meu e nosso dotô Hirano!!!!
Ouviram? Viram o que ele falou?

"IMPEDIMENTO LEGAL DA NOSSA PARTICIPAÇÃO."

"Mas assumimos um compromisso moral com a governadora: continuar na sua campanha, MESMO SEM SER NADA. NAQUELE MOMENTO EU ME DESLIGUEI do partido..."

Gente!!!! Esse é o segredo, mas os governantes soberbos preferem ser burros( jogar outro no buraco)a serem jumentos ( para servir).

Tô cum ocês Hirano!
Para onde ocês forem eu vou também.
E não quero ganhar nada. Podem crer. Estou aqui para ser uma jumenta para Campos.

E não tem "manha" não!"Diariamente" estarei mostrando que "Campista" não é burro. É jumento. hehehe


Partido Político só serve para partir o BRasl num pedaço para cada burro.

Mas temos que ter partido. Então que tenhamo um "Partido Inteiro" mais voltado para jumentice que para burrice, ora! Tô nessa. Pode me chamar. E não quero cargo. Sò quero ajudar a levar a carga de vocês.

"Até que Garotinho defina se vai para o PSDB ou PTB?
Hirano - (Risos) Quem sabe? Vamos ver o que vai acontecer, PTB, PSDB. Ou até vai ficar mesmo no PMDB."

Eu, se fosse Garotinho, fugia do PMDB. Não sei como é isso, mas como não devo nada a ninguém e nem tenho vínculo com ninguém, se eu fosse ele ia para outro... Mas sairia do PMDB. PMDB é burro, adora jogar outro no buraco. E Garotinho então...
E olha...já vou declarando: para onde Garotinho for, tô indo.
Que partido que nada!!! O negócio é ser jumento e não burro.
Vamu que vamu!!


""Folha - O governador Sérgio Cabral?
Hirano - O governador Garotinho, ex-governador Garotinho. É que a gente acostuma a chamar de governador, como eu chamo Rosinha até hoje, nossa prefeita, de governadora."

Gente, será que ninguém vê que Garotinho tá mais para jumento que para burro???? Ora, burro é quem não quer ver... hehe


""Folha - Algumas pessoas, como você, Chicão (o vice-prefeito Francisco de Oliveira), Eraldo (Bacelar, secretário de Desenvolvimento Econômico) foram escolhidos para tentar aproximar o grupo de Garotinho da classe média, mais concentrada na 98ª e 99ª zonas eleitorais, onde a diferença de 2004 e 2006 caiu, mas ainda com vitória de Arnaldo em 2008. Acha que, na próxima eleição, vocês conseguem ganhar?"

OLha, eu não sei o que se passaou na cabeça da Folha quando fez esta perguntona, não. Mas uma coisa eu digo: eu sei o que se passa no coração dos Campistas!
Os Campistas querem jumentos e não burros no governo.
Esta pergunta reflete justamente o pesamento da oposição. Ela faria isto, sabia?

E olha, que perguntinha boba, hein? : " Acha que, na próxima eleição, vocês conseguem ganhar?"( pergunta de burro)

Cara, em vez de perguntar: "Acha que na próxima eleição o povo vai se arrepender de ter votado em vocês?" ( pergunta de jumento)


"Folha - Tanto o Orávio, quanto o Eraldo já falaram desse plano estratégico, em entrevistas anteriores. O Eraldo disse que ficaria pronto no fim de janeiro, início de fevereiro. Estamos no dia 28 (quando a entrevista foi feita). Já está pronto?"

Vou responder por ele:

Não, FoLha da Manhã! Não vai ficar pronto tão cedo, porque em vez de vocês judarem não atrapalhando, vocês ficam oprimindo, inventando mentiras, manipulando, debochando e isto mexe um pouco com o nosso emocional e temos que administrar cérebro e coração. Afinal ganhamos com o cérebro e com o coração. E quer saber, FOlha da Manhã, você não quer ajudar Campos a Crescer. Por você todos seriam burros e cairiam no buraco. Só você ficaria ali em cima...
Campos Meu AMor é de todos nós.
Dá licença e deixa este povo simples e verdadeiro trabalhar.

Nem vou responder mais.
EStá muito claro agora quem é a Folha da Manhã.
Mas melhor que isso: Mais que nunca, sabemos quem é Hirano e toda a equipe de Rosinha.
Nem quero saber se fulano ou siclano era do outro governo ou não. Dependendo do ambiente em que estamos tomamos a forma dele. Se tem neste governo alguém que era do governo anterior, ou vira jumento, ou continua burro e vai ser lançado fora, pelas próprias circunstâncias.

Fala sério!

Anônimo disse...

Ontem dia 31/01 as 20:40 fui no PU DE GUARUS e não tinha nenhum pediatra para atender meu filho, fora o atendimento q esta um lixo !

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Anônimo,
UM dia, eu também fui num hospital em Campos, e não tinha ortopedista para atender...apesar de ser um LUXO!!!! Ora, se eu dando o meu nome num hospital de luxo, não tinha médico, quanto mais num hospital ferido e cheio de doença do governo passado, onde um anônimo chega ja meio zangado!!!

Anônimo disse...

É preciso dar - mos um crédito de confiança, pois todo mundo já sabia que o governo anterior tinha assolado a cidade. Pois o atual governo só tem 30 dias na administração da cidade pouco tempo para mostrar serviço.
Portando, eu como cidadão campista acredito no doutor Paulo Hirano, sei que sua tarefa é quase impossível, porém, não devemos desanimar.
É preciso que os cidadãos façam denuncias das regulariedades que estão encontrandos na saúde do município ao invés de estarem reclamando vamos ajudar a mellhorar a nossa cidade, para que nós possamos sentir orgulho dela.
CAMPOS DOS GOYTACAZES ESTE É O NOME DA MINHA CIDADE É VAMOS NOS ORGULHAR DE SERMOS CAMPISTA.