A política é realmente uma ‘caixa’ de surpresas. Até o presente momento, o Partido dos Trabalhadores tem sob controle os caminhos que levam a eleição de Dilma Roussef. Lula, após o desastre do ‘mensalão’ construiu um nome para a sua sucessão e consegue, mesmo diante de mais uma crise institucional da Casa Civil, manter a sua candidata ilesa.
O Presidente da República buscou na origem do PDT, uma ex-militante para ser a sua sucessora. Temos a convicção que Dilma sem Lula não é um nome de expressão, mas com o apoio dele, é muito forte e as pesquisas de opinião revelam isso. Trata-se então de uma invenção lulista, para suprir a ausência de um nome original de dentro do PT.
O efeito mulher não deixa de ser outro ingrediente. Em vários países do mundo, as mulheres estão ocupando cargos de relevância, sendo que algumas, já chegaram a Presidência de seus respectivos países. Todavia, a política é a arte das oportunidades e pautado nisso, o Partido Verde, mesmo sendo um componente do baixo clero, ofereceu a Marina Silva, a vaga de candidata à Presidência da República, bem como, a chance de discutir em níveis relevantes, temas importantes como o Meio Ambiente e o futuro econômico e social do Brasil.
Para quem consegue visualizar pontos distantes, a ida de Marina para o PV possui muito mais ingredientes do que a relevância ambiental de seu discurso que tem sido discreto, diga-se de passagem. Marina tem um histórico no PT muito maior do que o de Dilma. Isso é fato. A primeira com experiência no atacado enquanto a outra no varejo.
A ex-ministra tem origem pobre, filha de doméstica, analfabeta até a fase adulta e possui um histórico de lutas sindicais idêntico ou quase similar, ao de nosso Presidente. São ingredientes de vida que não influenciam o meu voto, mas é de suma relevância para a escolha de milhões de outros eleitores. Nesse momento, surge uma indagação: a escolha de Marina não seria mais apropriada ao PT do que a de Dilma?
Entendo que viabilizar um nome não é coisa fácil, entretanto, Lula, ao meu sentir, tinha em seu próprio canteiro, uma mulher com infinitas qualidades e que, aos ‘olhos’ da nação seria viável.
O texto em epígrafe não é um panfleto em favor da candidatura de Marina e sim o reconhecimento público de minha frustração em não vê-la dentro de uma estrutura capaz de viabilizar para si, a faixa presidencial.
Boa sorte a todos.
Cláudio Andrade
9 comentários:
Acho que determinados políticos (um local) querem é ter um sucessor manipulável e a Marina (não Maria como está escrito) não se encaixaria no perfil desejado.
Perfeito o texto e ainda entendo que um 2º Turno entre as duas serviria para aumentar o debate sobre assuntos sérios, o que até agora pouco ocorreu, por motivos simples.
1º Dilma se esconde e sua campanha quem faz é o Lula.
2º O planejamento de campanha do Serra parece que foi feito pelo PT, para acabar com as chances do tucano.
3º Pouco tempo de Marina e demais candidatos.
Concordo com vc, mas tentarei assim mesmo elegê-la para o segundo turno, uma pessoa que não se vendeu ao poder para permanecer no cargo, isso tratando de políticos, podemos contar no dedo de uma só mão. Já está na hora de DILMAscarar o PT. Meu voto é da MARINA.
Cláudio: Muito oportuna a sua avaliação. É , certamene, pelo desapego ao poder e pela coerência ideológica demonstrada até agora, que mesmo com uma campanha de poucos recursos e usando um discurso de pouca abrangência, Marina tem contado com a simpatia de milhões de eleitores.
Gosto de sua crítica bonita sem levar para o lado pessoal e sem descaracterizar as pessoas, como muitos petistas odiosos fazem. Não tem algo concreto apelam para "carimbação de figurinha", querendo deixar marca negativa debochenta nas pessoas tidas como adversárias. Infantil, né?
Parabéns por sua crítica sensata.
Pela COERENCIA,pela TRANSPARENCIA e por um programa de governo compatível com o século XXI:
MARINA.
Chega de 16 anos do mesmo, já fizeram a transição para que um outro paradigma possa surgir.
Eu vou de #Marina43
Tambem voto em Marina.
MARINA!
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