terça-feira, 18 de maio de 2010

SOBROU PARA A MULHER INVISÍVEL





Hoje estive na Câmara dos Vereadores e assisti ao nobre parlamentar Abdu Nemme apresentar  sua versão acerca da famosa ligação feita por ele,  para o programa municipal "Emergência em casa". 

Antes de apresentar a sua tese, o vereador divulgou para os presentes o vídeo da sessão, buscando com isso, provar que a sua ação não tratou-se de um trote e sim de uma averiguação da qualidade do serviço prestado.

A versão que o nobre edil apresentou e que foi  chancelada por grande parte dos vereadores da situação, inclusive o Presidente da Casa e o líder do governo, não cola.

Vamos lá: a linha telefônica da Presidência da Câmara é utilizada por um vereador de oposição para a efetuar uma ligação para um programa de atendimento de saúde, onde o mesmo informa que se encontra em um distrito, quando na verdade estava na Câmara.

Além disso, informa que está passando mal, quando na verdade está em plena saúde e prestes a ingressar no plenário, para participar de mais uma sessão da Câmara. Isso não é trote?

O mais curioso disso tudo é que o 'morde e assopra' entre alguns vereadores confirma uma tese: quando o 'bicho pega', para a maioria dos parlamentares, não há lado político. Todos formam um bloco único, em defesa própria e em detrimento à busca de responsabilidades.

Gostaria de saber, se a referida ação fosse realizada por um servidor público ou por um cidadão do povo, qual seria a nomenclatura utilizada para a ação? Também seria averiguação da qualidade do serviço prestado?

Ao meu sentir, a unica  pessoa que arcará com a culpabilidade do ato será a telefonista do programa. Que tal descobrirmos a vilã do programa "Emergência em casa"?

Cláudio Andrade

5 comentários:

douglas da mata disse...

Pois é Cláudio,

Esse tipo de "molecagem"(no meu tempo se chamava assim)só é possível quando os vereadores, na verdade, encaram o ato de fiscalizar o executivo como uma "brincadeira".

Ora, há meios institucionais, jurídicos e políticos para averiguar a proeficiência do serviço público prestado ao cidadão/contribuinte.
O "trote" além de criminoso, é uma demonstração explícita da falta de noção dos vereadores das atribuições do cargo o qual ocupam.

Mas há gente pior que os vereadores: somos nós, que os elegemos!

Um abraço.

Anônimo disse...

Te vi hj lá Cláudio, quetinho, no canto, só observando.
Hj ficou claro que em breve o Abdu voltará aos braços do casal.
Alguém mais reparou a fritura que estão fazendo do secretário de saúde? Fraquinho por sinal, como boa parte do secretariado.

Anônimo disse...

O vereador foi extremamente infeliz nesse caso. Ele sabia q o programa ainda ñ atende em Morro do
Côco, e a atendente respondeu o q qualquer um responderia, q ele deveria procurar o posto de saude mais próximo. Más a corda sempre arrebenta do lado mais fraco!

Eduardo Prudêncio disse...

Dr.,
Não vejo como uma falta de noção.
Acho falta o governo dizer que esta tudo bem, qdo na verdade temos problemas pipocando para todos os lados. Os governantes tem de parar com o mesmo discurso de que o governos esta recente, pois o mesmo ja não é mais tão recente assim. Ainda lhe digo que se fosse o contrário nosso ex governador estaria no sabdo na rádio metralhando isso... mas como não é...
Um abraço

Carlos Faria Café disse...

Me lembro que uma vez, quando era vereador, através do telefone de meu gabinete, liguei para uma emissora de radio da cidade e fiz criticas sérias aos colegas vereadores da época em que eu detinha mandato, pois os mesmos não aprovaram um pedido de informação no plenário. Me lembro que o pedido era muito polêmico, pois solicitava informações do governo, ....“ porque os contratados como serviços prestado da PMCG, não recebiam contra-cheques, junto a PMCG e ao Banerj, quando recebiam pagamento, onde os mesmo não conseguiam comprovar rendimentos para contrairem crédito em estabelecimentos comerciais”. Era uma caixa preta. Causou um tumulto nos nichos da Secretaria de Fazenda na época. Fui repreendido em plenário, e pelo fato de externar meu pensamento e direito, fui informado em plenário que havia faltado com o decoro parlamentar, pelo fato apenas de ter utilizado o telefone do gabinete e que roupa suja deveria ser lavada dentro de casa. Esdte foi o termo verdadeiro que foi usado na época. Entendia que estava prestando contas de meu trabalho e de meu mandato. Mas também entendi que naquela época foi uma forma de intimidação, votava muito contra ao governo. Conscidência ou não mas o lider do governo da época que me repreendeu é o atual presidente da Camara hoje, onde o telefone de seu gabinete, como diz a materia deste blog, foi utilizado para o trote do programa municipal "Emergência em Casa". O regimento da casa mudou ? Onde está a coerência ? Ou coerência hoje em dia é só coisa de jogador do Dunga? Nada pessoal contra ninguém, mas fatos deve ser lembrados e se aconteceram tem que vir a público. Olha que tenho uma boa memória. Qualquer conscidência é pura semelhança.
Para reflexão, nada mais a declarar.
Em tempo, por falar em trote não há lei especifica para ele, mas se os casos se encaixarem no CODIGO PENAL BRASILEIRO em seu Artigo. 266, ai é contigo Claudio, que é advogado.