sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O EFEITO WAL-MART NO COMÉRCIO CAMPISTA.

Fiz o que grande parte dos campistas estão fazendo nesse momento. Indo ou vindo da grande rede varejista Wal-Mart. Constatei que os preços realmente são mais baratos. Gêneros de primeira necessidade e alimentícios com preços 50% menores que no comércio local.

Bem! Nesse momento é que 'mora' o perigo. Com a definição da dispensa dos 6.099 terceirizados, o comércio de Campos ficou fragilizado e os comerciantes estão arcando com inúmeros inadimplementos. Faziam fé no Natal. Pois é, faziam.

Para piorar a situação, o Wal-Mart abre às suas portas as vésperas do Natal. Um dos maiores Símbolos do consumismo mundial. Acho que o CDL não soube proteger bem nossos comerciantes quanto a vinda do Wal-Mart. Trata-se de um duro golpe em nossos tradicionais comerciantes.

No Wal-Mart vende-se de tudo. A competição com o comércio local é desleal. inclusive na possibilidade de suportar um possível inadimplemento.

Quem tem mais chances de suportar um cheque sem fundos? Um comércio varejista de Guarús, do Cidade Luz ou o Wal-Mart? Não sou contra a vinda para nossa cidade de um progressista empreendimento, mas o CDL tinha por obrigação, preparar alguma forma de redução de danos dos impactos de uma grande empresa no comércio local.

Será com certeza um final de ano difícil. O desemprego e a inadimplência de nossa cidade recebe de presente, ao contrário de soluções, um gigante consumista que, por meio de uma política ilusória de crédito irá 'amarrar' muitos e condenará outros tantos de nossos comerciantes à falência.

Com a palavra os internautas.

Cláudio Andrade.

14 comentários:

Paulo Lopes disse...

E parece até que virou atração turística.
LOTADO

Igor disse...

Sinceramente, Cláudio, não entendi o seu post.

O que a CDL deveria ter feito? Impedido o Wal-Mart de se estabelecer aqui? Com que direito? Com que objetivo?

Por acaso a CDL supriria os empregos gerados pelo supermercado? Ou custearia todos os serviços que vão girar em torno do novo empreendimento?

A abertura de empresas como o Wal-Mart nunca é um mal. Quem fizer o melhor serviço pelo melhor preço, triunfará - e isso não quer dizer que grupos que entram no mercado deve, obrigatoriamente, excluir os que já existem.

O triunfo daquele que presta um melhor serviço por um menor custo não deve, jamais, ser considerado uma perda. Pois é através destes mecanismos que hoje temos uma qualidade de vida muito superior aos dos nossos pais; é através destes mecanismos que mais empregos são gerados; é através deste mecanismo que a população mundial enriquece.

Viva o Wal-Mart!

Anônimo disse...

INCRÍVEL SEU COMENTÁRIO. COMO PODES ATRIBUIR UM ACRÉSCIMO DE CRISE A UMA VINDA DE PROGRESSO PARA CAMPOS? POIS O QUE REALMENTE INCENTIVA A CRISE LOCAL, É O FATO DE NÃO SER A INICIATIVA PRIVADA O MAIOR EMPREGADOR,(MOTIVO DA CRISE DOS TERCEIRIZADOS); É O FATO DOS POUCOS EMPRESÁRIOS, INCLUSIVE OS DO RAMO QUE CITOU, USAREM CARTÉIS, IMPONDO PREÇOS ABUSIVOS NAS MERCADORIAS. DESCULPE SE TIVER ERRADO, MAS ESSE SEU COMENTÁRIO É TOTALMENTE PLANTADO DE FORMA ABSURDAMENTE PARCIAL.
COMO FOI BOM A VINDA DE ALGUMAS DESSAS POTÊNCIAS PARA CAMPOS, ME REFIRO ÀS CASA E VÍDEO, CASAS BAHIA, PONTO FRIO, ITAPUÃ, ENTRE OUTRAS, POIS PROPORCIONARAM UM MAIOR PODER DE COMPRA DE UMA POPULAÇÃO OUTRORA ESCRAVISADA PELOS ANTIGOS MONOPÓLIOS COMERCIAIS.
DE FORMA IMPARCIAL, REFLITA QUE SÓ É PROGRESSO, QUANDOS TODOS PROGRIDEM, NÃO APENAS UMA PARTE DA SOCIEDADE.

Imbeloni disse...

Ontem fui lá também como a grande maioria que estva em nossa cidade.
Fui quase que "forçado" pela minha esposa e filha, afinal todos gostam de uma novidade.
Constatei exatamente isto que o senhor está falando. Pessoas "desesperadas"por comprar produtos que estavam em promoção. Filas quilométricas para pagar e nome sendo deixado para pegar o produto depois porque já haviam esgotado os estoques. Cartões da loja sendo feitos sem a menor preocupação. Relmente é preocupante, porque as pessoas estão até se esquecendo da crise mundial. Volto a falar que nós brasileiros, sentiremos a crise mesmo, após as datas festivas e principalmente apoós o verão, onde as pessoas voltam as rotinas normais e aí sim, verão o rombo quenestará em nossa economia. Muitos desempregados, porque o próprio comércio não conseguirá manter essas pessoas, ou melhor, mal conseguirão se manter, diante desta gigante que chega a nossa cidade e diante ainda desta crise financeira que está assolando o mundo. A vinda dessa rede é excelente pra nossa cidade, no sentido de desenvolvimento, mas realmente tem que ser visto logo uma política de manter os comerciantes e comércio da nossa região, fortalecidos. Veremos se o Wal-Mart, manterá sempre esses preços e promoções como vem prometendo e está fazendo. Veremos após o momento de euforia e festividades se eles mantem e se a população conseguirá mantê-lo.

Anônimo disse...

Doutor,
por favor agora pense ao contrário do que publicou.
Se o Wal-Mart abre suas portas e há tantas e tantas pessoas comprando diversos produtos e gêneros, é sinal de que o campista estava guardando dinheiro embaixo do colchão.
Segundo, se o preço é bem menor, e a loja superou as expectativas, está na hora dos comerciantes avaliarem suas margens de lucro, diante dos consumidores de sua própria terra.
Talvez esteja aqui o problema. Os campistas não íam as compras, porque os preços estavam mais salgados, e os comerciantes não lhes davam uma oportunidade para pechinchar.
Certamente, e Deus queira que eu esteja certo, o Wal-Mart não vai acabar com o comércio local. Ele fará a mesma coisa que o Carrefour fez em Vila Velha e na Grande Vitória, no Espírito Santo.
Mudou a cabeça dos comerciantes, e os fez trabalhar diminuindo a sua margem de lucro, desse modo, o comércio torna-se mais competitivo.
Se o comerciante abrir o bico, e reclamar que não está vendendo nada, é porque egoísticamente, ele está mais preocupado em não perder a sua margem de lucro, e preferir demitir funcionários.
Se ele fizer isso, estará sim, gerando um grande problema, porque um funcionário demitido, certamente é um consumidor a menos no comércio local.
Tudo isso é uma faca de dois gumes. Nem sempre as coisas são como parecem. E por outro lado, a relação comercial de uma empresa, com um empregado é uma "roda-viva". Se você tem um empregado trabalhando, certamente você terá um consumidor. Se tem consumidor aumenta seu capital e mercadoria de giro, e isso faz com que aumente o número de produtos a serem comprados, e produtos a serem produzidos.
Enfim, não necessito ser formado em economia para entender tudo isso. Basta apenas observar as coisas pelo outro lado da moeda.
Um grande abraço....

Anônimo disse...

Só um detalhe: pelo visto o Dr. está fazendo postagens e colocando uma palavra-chave, no final da postagem. Tudo bem, mas há um detalhe, o Dr. esqueceu-se de um "i".
Tens publicado "notícas". Falta o "i" de ..."cias".
Sem mais....

Anônimo disse...

Claudio,

Não concordo com vc, quando vc diz que há possibilidade dos comerciantes de Campos (empresários) sairem prejudicados e que a CDL não protegeu os mesmos..
Pois,para cada produto existe um consumidor, como por exemplo, roupas.Vão existir várias pessoas que comprariam as roupas vendidas no Wal- Mart, outras somente vão comprar de griffe, etc.
E, posso afirmar que Campos tem concorrência sim para as roupas vendidas no Wal- Mart. Exitsem varias lojas no centro com preço em conta.
Se fosse assim, a Líder teria quebrado os comerciantes de roupas baratas, pois as roupas vendidas na Líder são do estilo do Wal Mart.
Em um ponto, tenho que concordar com vc, no que diz respeito aos alimentos. Os donos de supermercados vão sentir no bolso.
Porém, isso faz com que os mesmos baixem também alguns de seus produtos para fazer concorrência.Será a lei da oferta e da procura.Inclusive jé teve um supermercado hj que abaixou o preço da carne.
Logo, na minha opinião o Walt mart so vai trazer crescimento para Campos.
Quanto aos terceirizados, concordo com vc que vai haver uma queda nas vendas,mas não muita já que o povo em época de Natal, compra no cartão, no cheuqe, etc, mas ninguenm fica sem comprar um presentinho e uma roupa nova para o Natal e o Ano Novo e osb ingerdientes da ceia.
Ademáis, grande parte dos terceirizados são de classe média, estavam com o emprego do Município como um complemento de suas rendas, ja que existem os fantasmas, os apadrinhados e aqueles que tinham como so um emprego a mais.Agora, os que ganhavam de 400,00 a 700,00 esses sim não vão poder gastar tanto, já que são pessoas que realmente precisam trabalhar e o dinheiro é unica e exclusivamente para o seu sustento e de sua família, mas o restante vc pode estar certo que não são coitadinhos não.

Anônimo disse...

Cláudio, parabéns pelo seu comentário !!!
Ao contrário do que as pessoas pensam, Wal Mart não é sinônimo de progresso para a cidade.
Para os mal informados que queiram conhecer mais da política desses grandes empreendimentos estrangeiros, a primeira política feita é colocar os preços abaixo do valor de custo com o intuito de levar a falência, em um primeiro momento, a concorrência local mais fraca. Depois insistem em vender ao preço de custo e assim vão fechando as outras concorrências locais que tentaram se manter por mais algum tempo. Até poderem enfim começar a ganhar lucro com o domínio total do mercado.
Não há como o comércio local competir com o bilionário que pode sustentar por meses e meses vender ao valor de custo até que finalmente seja dono do mercado.
Em várias cidades dos EUA isso ocorreu e em muitos outros países também.
Infelizmente ainda existem pessoas que acham que a lei da oferta e procura se aplica aqui, são pessoas sem grande campo de visão e sem conhecimento maior de mercado. Infelizmente essa tal "lei" somente se aplica quando as condições são justas e igualitárias para todos.
E coitado daquele que acha que o comerciante local trabalha com uma margem de lucro grande e pode sustentar uma queda em seus preços. O comerciante campista já sofre em muito em ter que concorrer com o comércio de outras cidades, como o comércio do Rio, que fazendo parte de uma grande cidade pode ter uma margem bem menor porque vende muito. Os comerciantes aqui têm sim uma margem um pouco maior que a margem de lucro usada em grandes cidades porque o seu movimento de comércio é bem menor.
Se o campista pudesse enxergar de uma forma bem mais global com o que acontecerá com o comércio local, ele não teria dado tanta atenção para o lançamento do Wal-Mart, ele teria enxergado o perigo que ele representa para a nossa economia a longo prazo. Se o campista enxergasse que o dinheiro investido aqui gera riqueza aqui ele pararia de mandar seu salário para investidores que não são daqui, também parariam de levar sua grana para fora para comprar por um mísero desconto, se soubessem o quanto essa saída de dinheiro traz prejuízos para o nosso bolso aqui.
Para aqueles que viram o Wal-Mart como uma fonte de emprego também se enganaram, porque ele poderá exterminar todas as lojas de eletrônicos, supermercados, informática e outros negócios locais, tirando o emprego de 100 pessoas para dar para 10 no lugar.

Se vocês acham que o que eu escrevo é apenas minha opinião, façam uma pesquisa em sites estrangeiros sobre o impacto que grandes empreendimentos como o Wal-Mart trouxeram para as cidades onde foram abertos.

Anônimo disse...

Claudio

Agora, caso vc concorde com alguns pontos dos comentários que foram postados, publique uma síntese das diversas opiniões, inclusive corrigindo alguns pontos mencionados por vc.

Bruno Lindolfo disse...

"Infelizmente ainda existem pessoas que acham que a lei da oferta e procura se aplica aqui, são pessoas sem grande campo de visão e sem conhecimento maior de mercado."

Nossa! Que pérola. Infelizmente existem pessoas que sem qualquer conhecimento de mercado ousam querer suplantar aquilo que dele sublima de maneira espontânea e indissociável: oferta e procura.

O que o anônimo propõe, em linhas gerais, é que o governo local expurgue, incontinenti, o tal comércio faraônico.

O povo não pode consumir por menor preço, pois sua compra, além de onerada pela descarga final de toda elevada carga tributária brasileira deve ter, ainda, finalidade social: a de sustentar o comerciante local que parou no tempo, é amador e não consegue caminhar com as próprias pernas, sempre chiando e clamando migalhas e socorro do poder público.

Vai além: enxerga no poderio econômico do gigante internacional certa tendência ao masoquismo: "suportaria preço de custo até que pudesse dominar o mercado".

Nem sempre é o preço que define a compra. Existem múltiplos fatores que levam ao consumo. É a praticidade, atendimento de qualidade, acesso ao local da compra etc. Hoje mesmo acordei e me dirigi ao Super Bom para comprar pão, o preço é bom e não precisaria enfrentar toda sanha tosca do Campista com essa nova "atração internacional".

Mercadinhos de bairro conseguem praticar preços muitas vezes inferiores ao gigante campista Super Bom. Sempre há lugar para quem sabe trabalhar.

Campos vive um tempo de quebra de falácias, paradigmas e lendas urbanas. Essa será mais uma.
As outras, já destroçadas, eram a quebra do comércio local por conta das demissões e o Natal pobre e miserável dos demitidos, tudo contrastado pelo sucesso do consumismo desenfreado no próprio Wal-Mart.

O Wal-Mart existe no Rio e por lá também tem o Mundial, supermercado de porte médio que vende com um precinho de dar inveja. Nem por isso morreu ou sucumbiu, pelo contrário: faz sucesso.

Vida longa ao Wal-Mart que, ironicamente, será também a salvação do empreendedor campista bitolado. Vai aprender a trabalhar nem que seja na marra.

Ganha o consumidor.

Imbeloni disse...

Espero que realmente o poder aquisitivo do povo de Campos, seja tudo isso realmente. Continuemos então a comparar Campos /
Rio de Janeiro.

Anônimo disse...

Seu comentário é pertinente porém, radical demais. Quando chega uma rede desse porte em Campos incomoda aos supermercados, acougues existentes que exploram nos preços. Creio que o Wal Mart até segure um bom prejuízo abaixando muito os seus preços porém, é de propósito a sua intenção em "afligir" o comércio local. Depois..., ele também sendo o dono do espaço fará o que quiser com o consumidor. Não sou economista por formação mas, observadora de muitas coisas. O campista tbém por si só é muito de novidade.E que fique de olho porque estamos diante de uma crise mundial muito séria.

Anônimo disse...

vc falou que constatou que os preços são até 50% mais baratos e ainda reclama

Anônimo disse...

e um progresso para a cidade de campos´.por que ta gerando emprego para as pessoas que moram aqui e ja um avanço.foi uma boa oportunidade para cidade de campos a cdl nao poder fazer nada quem e a cdl de campos .ainda falam em crise eu nao acredito nessa crise .