sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Filha relata via crucis do pai até a morte em Campos




Olá Cláudio. 

Aqui é a Karoliny Gonçalves Vianna, filha de Aluizio Vianna que faleceu nesta terça-feira na Fundação Santa Casa de Misericórdia em Campos dos Goytacazes. Pois bem, resolvi entrar em contato com seu blog hoje pois fiquei bastante abalada com o que aconteceu com o meu pai. 

E ele era diabético e estava com pneumonia. Foi atendido no SANDÚ de Guarús dia 20 de janeiro e como os remédios em casa já não faziam mais efeito e com os exames descobriram que meu pai tinha água na pleura, decidiram que o melhor seria a internação. Ele passou a noite no SANDÚ para fazer alguns exames: exame de sangue, radiografia e eletrocardiograma. O encaminhamento foi feito para o HGG (Hospital Geral de Guarús) , meu pai ficou em péssimas condições por 2 dias, mas logo foi feito mais um pedido de transferência para a Fundação Santa Casa de Misericórdia. Ao primeiro momento estava certo que meu pai iria permanecer na pneumologia. 

Chegando ao local, de ambulância e com estado nítido de incapacidade de respirar, meu pai é mandado de volta para o HGG, sendo que tudo estava certo para a permanência de dele. Chegando de volta ao HGG, as pessoas que estavam no local, antes do meu pai ir para a Santa Casa, ainda permaneciam la, sendo assim, muita gente foi tentar entender o que havia acontecido, quando minha mãe, Tarcila Gonçalves Viana, relatou o fato. 

Foi quando as próprias pessoas do local, reivindicaram de várias formas, inclusive dizendo que já iriam para a televisão. Pois bem, conseguiram a transferência de novo no mesmo dia. Chegando na Santa Casa, não houve vaga na pneumologia, meu pai teria que ficar na clínica médica. Nos primeiros 2 dias, meu pai estava bem. Apenas com pouca falta de ar, pelo fato de ter a água na pleura e uma cólica normal de se sentir, afinal meu pai não evacuava a dias. 

A medida que os dias iam passando meu pai piorava, começou a vomitar mais, a sentir mais dores e a glicose do meu pai aumentou muito porque meu pai não tomava os remédios do diabetes dele no hospital, não havia remédio. Passaram a aplicar insulina nele, sendo que o diabete do tipo II, o que ele tinha, não precisava. Com isso, a taxa subiu. Ele também começou a ficar com os pés inchados, pelos antibióticos. Meu pai chegou a Santa Casa dia 7 de fevereiro, numa quinta-feira e o carnaval começou na mesma semana. 

Simplesmente os médios sumiram. Ele passou 13 dias num hospital onde ele nem conheceu o médico que iria tratá-lo. Gostaria da de uma opinião e/ou uma sugestão para isso tudo. Porque assim como aconteceu com meu pai, pode acontecer com qualquer pessoa e pior, pode até está acontecendo agora. E estou bastante indignada com a morte do meu pai. 

Agradeço desde já.

Karolliny Vianna

6 comentários:

Anônimo disse...

cade o gov.saude 0 em campos.

Anônimo disse...

cúmulo é isso. Sou sobrinha do Aluizio e minha família hoje se encontra em estado de choque e indignação. Eu sinceramente não consigo entender o tamanho da frieza desses médicos. Sabemos que quando chega a hora, nada impede, mas talvez se meu tio tivesse recebido pelo menos 1 assistência médica talvez não teria chegado a esse estado. Hoje estamos todos com uma dor profunda pq era uma pessoa maravilhosa e perdemos por incopetência. Sabemos que nada mais vai trazer ele de volta, incentivamos a filha dele postar nesse blog pra ver se isso não venha mais acontecer, já que no dia do sepultamento dele, descobrimos que não foi a primeira vez que aconteceu este fato..

Anônimo disse...

faça esta denuncia na delegacia, na justiça federal, na vara do idoso. e ainda, manda para a rede globo.

Cris disse...

Não conheço a filha,mas conheci o Aluizio, era uma pessoa alegre, maravilhosa, trabalhou durante muitos anos na loja "A Noiva", fiquei indignada ao saber dessa história, e do falecimento dele. É essa a Minha Cidade Meu Amor... e a coisa tá muito feia no que se refere a Saúde em Campos, e o proprio secretário de saúde desconhece a verdade... a falta de remédios nos postos e os médicos nos seus locais de trabalho.

Anônimo disse...

Esta é a nossa cidade e a "administração" pública que temos.Pagam fortunas para o "circo" do povo, ilude-se com "tudo a 1 real" e o povão vai na onda.
Enquanto isso, a Saúde está em estado de choque, mesmo antes da perda gradativa (e inexorável) dos royalties. Não há respeito ao cidadão-contribuinte.
Usam os impostos à bel prazer, como se fossem donos do dinheiro público.

É a vida do cidadão campista ao preço irrisório de "1 real" enquanto os que gozam do Poder ostentam sua opulência perversa.É lastimável!

Anônimo disse...

Porque não postou o meu comentário?
Não entendi relatei uma parte dos momentos difíceis que passi com meu PAI no HFM e H. Plantadores, a falta de respeito e proficionalismo e não foi patado !!!!
Ass. Elizete