Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", de 2 de fevereiro até 7 de maio, a mais alta corte do Judiciário se reuniu 24 vezes em sessão plenária. Mas em apenas seis oportunidades estavam todos os 11 ministros do STF.
"O quadro que foi revelado nos deixa decepcionados ao perceber que o Supremo vem deteriorando a qualidade do seu serviço, o que não acontecia até no passado recente. O STF era uma espécie de ilha dentro do Judiciário brasileiro", anotou Damous.
O presidente da OAB do Rio ressaltou que o Supremo exerce influência nas instâncias superiores do Judiciário, o que aumenta o grau de preocupação. "Aquele que pleiteou o cargo de ministro não pode pensar em outra coisa, e parece que não é isso que está acontecendo", lamentou Damous.
A reportagem fez um levantamento das faltas a partir das atas publicadas no Diário da Justiça, e mostra que alguns ministros têm se ausentado por estarem envolvidos em outros projetos, como é o caso da ministra Ellen Gracie, candidata a uma cadeira no Órgão de Apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC).
"A ausência de três ou quatro ministros em uma sessão pode ser decisiva em um julgamento e pode expressar falsa maioria. Isso é prejudicial", concluiu o presidente da OAB do Rio.
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