terça-feira, 18 de março de 2014

Vem aí o “Campos Folia”


O “Verão da Família” chegou ao fim e a Prefeitura de Campos gastou aproximadamente R$ 4 milhões entre cachês, alimentação, transporte e demais estruturas que nortearam os shows.

Não bastasse isso, com o fim do verão, a Prefeitura se prepara para organizar o “Campos Folia”, um evento caracterizado como um carnaval fora de época em Campos, instituído na gestão Rosinha, como “compensação” por uma enchente no nosso município que impossibilitou a realização da festa carnavalesca na data tradicional.

No “Campos Folia” de 2013, a Prefeitura de Campos pagou para a Escola Vila Isabel cerca de R$ 100 mil; R$ 90 mil para Acadêmicos do Grande Rio e R$ 80 mil para Unidos da Tijuca.

Vale informar que as referidas agremiações não trouxeram ao Cepop (Centro de Eventos Populares Osório Peixoto) sequer 30% dos seus integrantes, o que, por si só, já seria motivo para não fazer jus à tamanha remuneração.

Enquanto isso, as escolas de samba e blocos de nossa cidade receberam apenas entre R$ 40 mil e R$ 80 mil para colocar a escola/bloco inteiros na avenida para seus desfiles, fantasias, bateria, entre outras providências.

A meu ver, definitivamente o ‘Campos Folia’ não gera lucro que justifique tamanho investimento para sua realização. O primeiro ponto é o público reduzido, levando-se em consideração a magnitude da estrutura do evento. Segundo alguns profissionais da mídia - que cobriram o evento em 2013 – com exceção do sábado, os outros dois dias não foram prestigiados a contento. Havia enormes clarões nas arquibancadas, indicando
a falta de quórum.

O segundo ponto é o retorno para os investidores e para a área que circunda o Cepop. Em qualquer local onde se construam áreas para grandes festividades, as cercanias sempre são revitalizadas com a estrutura que as circunda por meio do comércio, das vias de acesso, da rede hoteleira e gastronômica dentre outras implicações positivas.

No entanto, ao redor do Cepop ainda não se vê qualquer melhoria substancial e considerável, uma vez que a estrutura viária e econômica ainda é de pequeno porte.

Discutir Carnaval é muito mais do que dar nota a fantasias e alegorias. A sua funcionalidade - em época não habitual como no caso do “Campos Folia”- precisa ser questionada. Afinal, qual é a contraprestação sócio-econômica? Será que os comerciantes e investidores reconhecem o “Campos Folia” como um acontecimento atrativo?

A única certeza é de que teremos mais um evento popular sem a garantia de que nos trará benefícios satisfatórios.

É preciso que a sociedade campista seja mais atuante e cobre do Governo ações taxativas no sentido de se angariar benefícios financeiros e culturais de grande porte e no curto prazo.

Até quando aceitaremos ações paliativas e impulsionadas por modismo? Se assim for, acabaremos por ver o bloco passar e não somente fora de época e sim, a qualquer momento.

Cláudio Andrade

Um comentário:

Anônimo disse...

O QUE A PREFEITA MAIS GOSTA É DE FAZER OS CAMPISTAS DE TROCHAS COMO ELA SEMPRE FAZ, E A GASTANÇA CONTINUA, E A CIDADE COMPLETAMENTE PARADA AS TRAÇAS, ATÉ QUANDO VAMOS ASSISTIR ISSO TUDO. A FICA MUITO TRISTE EM MORAR NUMA CIDADE COMO ESSA ONDE SÓ TEM ESPERTOS PASSANDO A PERNA EM POBRES.