Foto Terceira Via
Professores da rede municipal de ensino de Campos estão revoltados com a situação precária em várias escolas da cidade. Indignados, eles já estão em estado de greve e a qualquer momento vão paralisar as atividades.
Nas fotos obtidas com exclusividade pelo jornal Terceira Via, é possível ver um verdadeiro abandono em muitas instituições de ensino. Problemas como infiltração, depredação, cadeiras e carteiras em mau estado de conservação são apenas alguns listados pelos cerca de 80% dos professores que já aderiram ao estado de greve.
De acordo com um professor que, com medo de sofrer represálias da prefeitura, não quis ser identificado, além da falta de infraestrutura existente em toda a rede municipal, a classe ainda é obrigada a se conformar com reajustes salariais irrisórios, conforme os 10% de gratificação salarial aprovada pela Câmara de Vereadores na última semana. “É uma verdadeira pouca vergonha o que este governo está fazendo. Não temos a menor motivação para trabalhar. Além de ganharmos muito pouco, temos que viver trabalhando no improviso, pois, em algumas escolas, não tem sequer cadeira decentes para os alunos estudarem”, desabafou.
Em algumas creches, como evidenciam as fotos, diretores expõe crianças a um verdadeiro risco, colocando baldes debaixo das goteiras. “Para não molhar o chão, muitos professores e profissionais da limpeza colocam baldes para conter a água em dias de chuva. Só que os baldes enchem e as crianças ficam vulneráveis a se afogarem”, relatou a mãe de uma criança de apenas seis meses.
Por causa destes e de uma infinidade de outros problemas insustentáveis pelos educadores, eles convocam a todos os professores da prefeitura de Campos a comparecer no Instituto Federal Fluminense (IFF), na próxima terça-feira (1º de outubro), às 18h, para decidirem os novos rumos do movimento.
“Nesta assembleia geral iremos decidir, de fato, o que vamos fazer. Uma coisa a gente já sabe: do jeito que está não vai continuar. Ou a prefeitura negocia com os professores ou paralisaremos, por tempo indeterminado, as atividades”, ameaça uma das centenas de professoras envolvidas nos protestos.
A equipe de reportagem do jornal Terceira Via entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura, mas, até o momento, não obtivemos retorno.
Fonte: Terceira Via
5 comentários:
Enquanto isso, não falta recursos para o prefeito, desculpa, para o marido da prefeita, fazer campanha política.Será que é por isso que as obras da cidade estão paradas também ?
É uma pena que as pessoas tenham medo de se expôr, mas o que devemos fazer é isso mesmo, fotografar e denunciar.Não só em Blogs idôneos com este, mas principalmente deve-se denunciar no Ministério Público Estadual.Hoje é muito fácil, basta fotografar e anexar, pode ser feita de casa mesmo pela internet.Eu mesma já fiz.É super fácil! Depois de acessar o site do M.P e só explicar o caso a ouvidoria e anexar as fotos. Receberá um email posteriormente com o número do processo e o denunciante poderá ficar acompanhando o trâmite do caso em questão.CONCLAMO QUE ASSIM O FAÇAMOS! BASTA DE MOROSIDADE, A LUTA É DE TODOS NÓS!!
E aí senhora Marinéa Abud vai continuar dizendo que as nossas escolas são modelos???? Vai continuar insinuando que estamos loucas dizendo coisas que não existem???? Cansamos de tentar dialogar, agora vamos denunciar!!!!!
Isso sem falar na falta de educação de algumas diretoras indicadas que tratam o pessoal de apoio como se fossem empregados dela. Isso acontece em Farol de São Tomé.
Na reunião agora na SMECE a secretária de educação chamou os professores de "baderneiros e grupo de desocupados que só fazem barulho".
Anunciou a eleição para diretores que será mais uma forma de acabar com a educação oferecida nesta cidade. O candidato não precisará ser concursado. Ou seja, indicação por debaixo dos panos. O índice do IDEB está mais do que justificado.
Postar um comentário