Fontes que testemunharam esta semana a eleição para o cargo de 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro revelam detalhes da inusitada derrota do desembargador Edson Scisínio Queiroz Dias. Por ser o mais velho a pleitear o cargo, ele concorreu sozinho. Para vencer, bastaria receber a maioria simples dos votos.
Mas não foi o que ocorreu. Dos 130 votos possíveis de seus pares, Scisínio foi rejeitado por 93 – que anularam ou deixaram em branco. Ele recebeu somente 37 votos. Diante da flagrante rejeição, não restou ao tribunal outra opção senão apresentar o nome de Sérgio Lúcio de Oliveira e Cruz que foi facilmente aprovado com 97 votos e 32 contra.
No mês passado, Scisinio era candidato único, mas os magistrados se articularam e adiaram a eleição. O artifício foi para impedir a eleição do presidente da 14ª Câmara Cível para cargo de tanto prestígio. Segundo o jornal O Globo, ao longo de 2012, a 14ª Câmara Cível – formada por cinco magistrados – foi denunciada por excluir e boicotar seu quinto integrante, o experiente desembargador Ronaldo Assed Machado.
Diante de tal esquisitice, o procurador do Ministério Público Estadual, Cláudio Henrique Viana, pediu ao Conselho Nacional de Justiça uma inspeção ordinária na 14ª Câmara. Também o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, instaurou um procedimento administrativo. Por essa e outras atitudes, a 14ª ganhou o apelido de “Câmara de gás”.
O desembargador Sérgio Lúcio ocupará a vaga decorrente da aposentadoria do colega Nametala Machado Jorge, que deixará o Judiciário fluminense em maio deste ano. “Eu queria agradecer a confiança. São 31 anos de carreira que estão sendo coroados neste momento. Para mim, é uma honra ser eleito 2º vice-presidente deste tribunal”, declarou.
As informações são do jornal Terceira Via.
Um comentário:
isso é justiça!
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