Na última semana, Nelson Nahim (ex-presidente da Câmara Municipal de Campos e atual presidente da Fenorte) foi apontado, em Plenário, pelo vereador e presidente do PTC, Thiago Virgílio, como aquele que permitiu que alguns servidores da Câmara assinassem o ponto sem efetivamente terem trabalhado para tanto, segundo apuração do ex-chefe de Gerência de Pessoal, Márcio Gonçalves de Freitas.
Tiago, que também é membro da Mesa Diretora, procedeu à leitura de um requerimento, solicitando a instauração de uma sindicância para fiscalizar tal notícia. Tiago entregou uma cópia desse requerimento ao presidente do Legislativo, Edson Batista.
O nobre chefe do Legislativo, por sua vez, afirmou que tomaria até hoje (segunda-feira) providências para instauração da sindicância, a fim de se averiguar a descoberta do ex-chefe de Gerência de Pessoal, Márcio Gonçalves.
Trata-se de mais uma novela política, envolvendo quase sempre o mesmo elenco. Dessa vez: cenas da gestão presidida por Nelson Nahim e da atual cujo presidente é o médico Edson Batista.
A título de lembrança, registre-se que Nelson Nahim é irmão do deputado federal Garotinho e, consequentemente, cunhado da prefeita de Campos Rosinha Garotinho.
Curioso que tais especulações só vieram à tona após o rompimento de Nahim com o grupo político liderado pelo casal de ex-governadores. Ao que parece, o pedido de sindicância objetiva desgastar a imagem política de Nahim por ser ele pré-candidato a deputado federal.
Inegável que qualquer irregularidade em uma gestão deve ser averiguada, notadamente quando se trata de administração do dinheiro público.
Todavia, não deve haver por trás de uma averiguação dessa natureza, qualquer outra intenção intimidativa, sob pena de o foco não ser a moralização do serviço público e, sim, o desgaste de um político na iminência de se lançar candidato.
Nota-se que a revelação ocasional de que servidores assinaram ponto sem trabalhar e de ter sido o ex-vereador Nelson Nahim o permissor de tal conduta, indica ser fruto de uma determinada orientação política.
Em entrevista ao Programa “A Polêmica”, no canal 25 da Terceira Via TV, Nelson Nahim aduziu que acredita que as investidas contra sua gestão vêm de uma ordem ‘superior’.
Isso porque o caso em questão, que supõe haver servidores ‘fantasmas’ nos quadros da Casa do Povo, nasceu de declarações feitas pelo ex-chefe de Gerência de Pessoal do Poder Legislativo, Márcio Gonçalves de Freitas.
De fato, trata-se de declarações sérias e que devem ser averiguadas. Por outro lado, há respostas a serem dadas pela Administração à população e que até o momento não foram dadas. Como exemplo: quem noticiou a declaração feita por Marcio Gonçalves de que haveria servidores fantasmas na Câmara foi o próprio Tiago Virgílio que, por sua vez, disse à imprensa que a avaliação acerca da viabilidade da convocação dos aprovados no concurso da Câmara seria entregue, em trinta de março do corrente ano, o que ainda não ocorreu!
Nota-se que os supostos vacilos de uma Administração Pública somente vêm à tona quando há conflitos de interesses políticos e rompimento de parcerias oportunistas. Dessa forma, a população só tem acesso ao que, no momento político atual, é conveniente que se tenha ciência. Há uma nítida conotação político-partidária nas declarações feitas a respeito de uma determinada gestão pública e no caso em questão, não parece ser diferente.
Será que as declarações contra a Administração de Nahim estão orquestradas para inviabilização de sua candidatura e desgaste de sua imagem de forma a desestabilizá-lo?
Se assim não o for, ou seja, se a notícia de que existiam possíveis servidores ‘fantasmas’ na Casa do Povo, que a averiguação seja rigorosa e que tenha início, meio e fim.
O que não deve mais acontecer é noticiar a população campista acerca de algum deslize de uma gestão por pura conveniência política e, após o imediatismo desgastador, não se dar mais qualquer satisfação à sociedade, por conta de os laços rompidos terem se reconstituído, as parcerias refeitas e os interesses terem rumado para outra gestão ser a próxima vítima de uma notícia de irregularidade.
Ao que parece, estamos diante de uma orientação obedecida pelos vereadores do Grupo de Garotinho, deputado HOJE desafeto político de seu próprio irmão, o advogado e ex-presidente da Câmara, Nelson Nahim. E AMANHÃ?
Então. Caros políticos, antes de iniciarem mais uma novelinha em período pré- eleitoral, podemos ver o making-off do capítulo que os ilustres deixaram ir ao ar?
Cláudio Andrade
3 comentários:
O que me estranha nesta reportagem é o fato de que Edson Batista tirou Marcio Freitas da chefia da Gerência de Pessoal, cuja função exercia há 25 anos. Eles hoje, são inimigos de morte. Como Márcio poderia ter dado essas informações? Edson Batista colocou uma tal de Margarete no lugar de Márcio que não conhecia nenhum funcionário da Casa, enquanto Márcio sabe a vida de cada um, ano que entrou, que foi efetivado, seus direitos, conquistas, licenças prêmio, enfim...tudo. Será que a mudança de partido de Nahim e o fato dele querer vir a ser candidato a deputado estadual deixou Garotinho irritado? Ele continua querendo prejudicar o irmão? Estão usando Thiago Virgílio para essa atitude nojenta? Essa política de Campos dá nojo.
Sobre este caso, informo que faço parte do setor jurídico do SIPROSEP(Sindicato dos profissionais servidores públicos Municipais) e fui acionado pelo Presidente SR. Sergio Almeida. Informo que que o Sindicato irá a fundo no interesse dos servidores ora citados, pois deverá haver provas cabais e concretas sobre qualquer irregularidade levantada sobre os servidores da Câmara Municipal. Jamais poderá ser arranhada a imagem dos servidores do Legislativo por questões meramente políticas.
Att. DR. Wagner Lyra
OAB/RJ 155754
Tem funcionário fantasma sim.
Só que estão voando há mais de uma década porque têm pai que já foi ´residente de lá, conheço o Márcio e se ele nunca comentou é porque era prescionado a ficar calado ou poderia ter até um processo administrativo com a perda de seu trabalho, isso vêm não é de agora, se verificarm mesmo vão ver que vêm desde outros governos ececutivos, pois os funcionários ficam a disposição de gabinetes de vereadores e secretarias municipais, se mexer com isso vai sobrar pra muita gente, inclusive gente que hoje está no governo atual, cuidado quem telhado de vidro não joga pedra pra cima.
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